Faculdade de Ciências Médicas

Medicina Interna

Código

11159

Unidade Orgânica

NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas

Departamento

MC

Créditos

15

Professor responsável

Prof. Doutor António Sousa Guerreiro

Língua de ensino

Português

Objectivos

A UC de Medicina Interna do 3º ano do MIM representa o primeiro contato formal dos alunos com a realidade da atividade clínica hospitalar no âmbito da medicina. Pretende-se assim que conhecimentos adquiridos na UC de Introdução à Prática Clínica (2º ano do MIM - 2º semestre) possam ser aplicados em contexto clínico:

 

·      Obtenção e registo de história clínica;

·      Realização de exame objectivo;

·      Interpretação correta dos resultados a partir da história clínica e exame objectivo;

·      Gestão correta de meios complementares de diagnóstico, nomeadamente laboratoriais;

·      Identificação dos princípios de tomada de decisão clínica;

·      Comunicação com doentes e seus familiares, bem como outros profissionais envolvidos no cuidado do doente;

·      Desenvolvimento da compreensão do que significa ser médico, da identidade e responsabilidade profissional, dos valores e atitudes que os médicos devem cultivar.

 

Pré-requisitos

 

Conteúdo

Aulas teóricas:

·      Insuficiência cardíaca

·      Hipertensão arterial

·      Diabetes Melitus

·      Infeção

·      Doença Pulmonar crónica obstrutiva

·      Trombose venosa profunda (TVP)/tromboembolismo pulmonar (TEP)

·      Acidente vascular cerebral (AVC)

·      Estados confusionais no idoso

 

Aulas teórico-praticas

Baseadas em casos-problema

·      Noções gerais de profissionalismo médico

·      Insuficiência cardíaca+ Hipertensão arterial

·      Diabetes melitus+infeção

·      DPCO+TVP/TEP

·      AVC+Estados confusionais no idoso

·      Anemia+Icterícia

 

Vivência hospitalar

·      Acompanhamento supervisionado das atividades desenvolvidas nos sectores de internamento e consultas das unidades/serviços onde decorre o ensino prático da UC. Se possível, acompanhamento de atividades desenvolvidas em urgência interna/externa pelo corpo docente.

 

·      Treino de Procedimentos

De diagnóstico

-     Colheita de anamnese

-     Realização de exame objetivo

-     Determinação do índice de massa corporal

-     Determinação de risco nutricional

-     Monitorização transcutânea da saturação de oxigénio

-     Determinação da frequência do pulso e medição da pressão arterial

-     Determinação da glicémia à cabeceira do doente

-     Observação/execução de punção venosa (acesso periférico)

-     Observação/execução de punção arterial (acesso periférico)

-     Observação de outras técnicas invasivas (colocação de acessos vasculares centrais, toracocentese, paracentese, punção lombar (…)

-     Realização e interpretação de eletrocardiogramas.

-     Interpretação de telerradiografias (torax/abdómen)

-     Interpretação de exames laboratoriais

-          sangue: hematologia/bioquímica; hemoculturas; (…)

-          urina: urina tipo II, urinocultura (…)

 

De Terapêutica (observação)

-     Administração de oxigénio

-     Algaliação

-     Estabelecimento de acessos venosos periféricos e colocação de infusões

-     Aconselhamento aos doentes acerca de medicação inalada

-     Úlceras de pressão

-     Transfusões

 

·      Out ras abordagens

-     Avaliação do estado mental

-     Prevenção de infeção hospitalar

-     Vias de Nutrição, Fluidoterapia / Apoio Nutricional

-     Electrocardiografia na prática clínica

 

Bibliografia

·         Ducla Soares JL. Semiologia Médica. Princípios e métodos de interpretação. Lidel. Lisboa 2007

·         Bates`Pocket Guide to Physical Examination and History Taking. Lippincot Williams & Wilkins 13th edition 2013.

·         Harrison`s Principles of Internal Medicine 18th Edition

·         Perioperative Care, Anesthesia, Pain Management and Intensive Care – 2003 – Michael Avidan et al – Churchill Livingstone

 

Método de ensino

Nesta UC as metodologias pedagógicas a utilizar serão diversas. Os alunos terão oportunidade de assistir a AULAS TEÓRICAS (que precedem o período de vivência hospitalar) onde serão abordadas patologias de elevada prevalência na área da medicina interna. Para além destas sessões os alunos terão AULAS TEÓRICO-PRÁTICAS (em simultâneo com o período de vivência hospitalar), relacionadas maioritariamente com os temas ministrados nas aulas teóricas, sob a forma de casos clínicos.

O objetivo principal destas aulas é informar os discentes dos exames complementares, nomeadamente laboratoriais, que deverão ser requisitados em função da história clínica e do exame objetivo de doentes com as patologias acima mencionadas, com o intuito de otimizar o diagnóstico e a terapêutica.

 

As aulas teórico-práticas decorrerão, no período da tarde, 1 x semana (1º dia da semana), durante as 6 semanas de estágio prático.

Estas aulas (teóricas e teórico-práticas) fornecerão fundamentos importantes para o ESTÁGIO PRÁTICO DE VIVÊNCIA HOSPITALAR na área de medicina interna que ocorrerá durante 6 semanas consecutivas no período da manhã.

 

 

Na 1ª semana de estágio prático de vivência hospitalar (1º dia) os discentes frequentarão em simultâneo ações formativas com o objetivo de os informar acerca de noções basilares, de:

1. Vias de Nutrição, Fluidoterapia / Apoio Nutricional;

2. Prevenção de infeção hospitalar;

3. Avaliação do estado mental (estado cognitivo, indicadores de ansiedade/ depressão).

 

 

Na 2ª semana de estágio prático de vivência hospitalar (1º dia) os discentes terão em simultâneo uma ação formativa na área da eletrocardiografia, com ênfase na abordagem das disritmias mais frequentes.

Estas últimas ações formativas ocorrerão no período da manhã no horário do estágio prático, mas fora do ambiente hospitalar.

 

Durante o estágio, nas primeiras seis semanas, o acompanhamento supervisionado dos discentes tem como finalidade principal o contato com doentes (internamento, consulta, urgência) incluindo preferencialmente, aqueles com a patologia relacionada com o tema apresentado previamente sob forma teórica e teórico-prática. 

 

Assim a abordagem teórica, teórico-prática e prática pretende que os alunos adquiram e demonstrem competência (domínio dos conteúdos e conhecimentos) na abordagem de entidades clínicas com elevada prevalência no contexto hospitalar.

 

Método de avaliação

Tipos e critérios de avaliações

A avaliação final dos alunos inclui uma avaliação prática e uma avaliação teórica.

 

A avaliação prática representa 40% da classificação final (0-20 val) da UC. Inclui uma avaliação contínua em que inclui os conhecimentos demonstrados e as aptidões adquiridas durante o período correspondente ao ensino prático da área de medicina interna.

A avaliação incidirá nas 3 vertentes da vivência hospitalar acima mencionadas (vidé VII. Conteúdos/temas – Vivência hospitalar)

 

 

Quadro XIX – Avaliação Prática

 

A avaliação prática do estágio de Medicina Interna (estágio de 6 semanas) será feita com base nos seguintes parâmetros:

 

Parâmetros

Ponderação de 0 a 20 valores

Interesse pelas atividades do estágio

0 a 2

Aptidão no interrogatório do doente

0 a 5

Aptidão no exame objetivo

0 a 5

Conhecimentos demonstrados

0 a 4

Atitudes

0 a 2

Assiduidade

0 a 2

 

 

NOTA:

- Os alunos só se poderão apresentar ao teste de avaliação teórica se tiverem aproveitamento na avaliação prática (classificação superior ou igual a 9.5 val).

- A classificação obtida na avaliação prática só será válida no ano letivo em curso e no seguinte.

- A avaliação prática não é passível de melhoria de nota.

 

 

 

 

 

 

 

A avaliação teórica representa 60% da classificação final (0-20 val.) da UC.

A avaliação dos conhecimentos será feita através da resposta a um teste de escolha múltipla. O conteúdo terá como base os conhecimentos transmitidos durantes as aulas teóricas, teórico-práticas e vivência hospitalar.

 

NOTA:

- Os alunos que tiverem classificação inferior a 9.5 valores na avaliação teórica serão reprovados.

 

Classificação final

Será obtida pelo somatório das classificações (ponderadas) obtidas nos 2 tipos de avaliação (prática e teórica). Serão reprovados os alunos com classificação final inferior a 9.5 valores (escala de 0 a 20), ou que não apresentem aproveitamento em qualquer uma das avaliações.

 

Exame de época especial

Prova oral (e eventualmente prova prática, que decorrerá no caso do aluno com estatuto especial não possuir avaliação prática positiva (nota igual ou superior a 9.5 valores) até à data do exame da época especial).

O aluno será aprovado se a classificação for igual ou superior a 9.5 valores.

 

Cursos