Faculdade de Ciências Médicas

Anatomia

Código

11103

Unidade Orgânica

NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas

Departamento

Anatomia

Créditos

13

Professor responsável

Prof. Doutor João Goyri O´Neill

Língua de ensino

Português

Objectivos

OBJECTIVOS GERAIS

Com fundamento na experiência, e após a observação atenta das formas programáticas, pensamos que a abordagem mais correcta, será: iniciar o curso de Anatomia pela apresentação de uma visão de conjunto dos vários domínios da Anatomia Humana Normal. Garantidas as aprendizagens referentes às generalidades e visão de conjunto dos vários sistemas do indivíduo, o aprofundar das temáticas deve passar pelo conhecimento das estruturas esqueléticas de suporte e respectivas articulações, parte passiva do Aparelho Locomotor, seguindo-se o estudo dos meios activos do Aparelho Locomotor ou seja as estruturas musculares, a que se seguirá o estudo articulado da Esplancnologia, Angiomorfologia e Nevrologia.

O ensino da Anatomia, tal como o perspectivamos, será a promoção de um conhecimento sólido da Anatomia Humana Normal, indispensável na preparação do aluno para as aprendizagens futuras em outras Unidades Curriculares do Mestrado Integrado em Medicina. Só um extenso e sólido conhecimento em Anatomia Humana Normal poderá permitir ao aluno a compreensão de temas como a Anatomia do Desenvolvimento, a Anatomia Funcional, a Anatomia Imagiológica, a Anatomia Ecográfica, a Anatomia Endoscópica, a Anatomia Topográfica e Regional e a Anatomia Clínica (das áreas médicas ou cirúrgicas).

E assim se cumpre o principal objectivo geral do ensino-aprendizagem da Anatomia Humana: a aquisição dos conhecimentos anatómicos essenciais, que permitam dotar o futuro médico de capacidade para a sua aplicação às diversas situações médico-cirúrgicas que irá encontrar na sua actividade profissional.

O ensino da Anatomia é exigente! Exigente na dimensão do conhecimento que é possível trabalhar e transmitir mas também pela necessidade de ministrar os conteúdos da Osteologia, Artrologia, Miologia, Esplancnologia e Angiomorfologia a um universo de alunos que ainda não adquiriu  o necessário e desejável rigor de descrição e, em que, a capacidade de estruturação dos conhecimentos não está ainda completamente desenvolvida. Assim, a extensão e complexidade das matérias, ministradas ao nível da pré-graduação é conducente a que a disciplina tenha uma intensa carga horária. O que se torna fácil concluir com a análise dos programas do Curso Teórico e Curso Prático: muitas horas de docência e de aprendizagem.

Os alunos do 1º ano são detentores de um nível de conhecimentos gerais e específicos, que permitirá a apreensão e aquisição rápida e detalhada dos vários temas abordados ao longo do curso. Contudo, a aquisição de uma capacidade de estruturação e organização de trabalho por parte dos alunos, que permite uma mais fácil apreensão do conteúdo programático das matérias, é também, em associação com a evolução da maturação psíquica, um objectivo geral da Unidade Curricular de Anatomia.

A Unidade Curricular de Anatomia desafia também os alunos a procurar mais! O conhecimento teórico e prático da Anatomia Humana Normal abre a porta de acesso para o estudo da Anatomia Regional e Topográfica através Unidades Curriculares Opcionais do Mestrado Integrado de Medicina… O desafio da aprendizagem da Anatomia, essencial à formação de qualquer Médico, passa também por este convite a “saber mais para ser mais”.

 

Pré-requisitos

 

Conteúdo

I – ANATOMIA GERAL

 

Posição anatómica ou descritiva e planos descritivos ou de referência.

Osteologia geral. Artrologia geral. Miologia geral. Esplancnologia geral. Anatomia Cardio-vascular. Nevrologia geral. Estesiologia geral.

 

 

 

II - ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO

 

1. Anatomia Humana Geral da Locomoção

 

2. Osteologia da cabeça
Ossos do crânio

Osso frontal. Osso etmóide.

Osso esfenóide. Osso occipital.

Ossos parietais. Ossos temporais. Ossos suturais (wormius).

Ossos da face

Ossos maxilares ou maxilas. Ossos zigomáticos. Ossos lacrimais. Ossos nasais. Conchas nasais inferiores. Ossos palatinos. Osso vómer. Osso mandibular ou mandíbula.

Osso hióide.

Cabeça óssea geral

Crânio em geral. Face em geral. Cavidades crânio-faciais: cavidades nasais; órbitas; fossas infratemporais. Arquitectura do crânio.

Artrologia da cabeça e craniometria

Articulações cranianas, faciais e crânio-faciais. Articulação têmporo-mandibular. Pontos craniométricos. Dimensões e índices da cabeça.

 

3. Osteologia e Artrologia da coluna vertebral

Osteologia da coluna vertebral

Classificação das vértebras; características gerais das vértebras; características próprias das vértebras de cada região; caracteristísticas próprias a determinadas vértebras.

Artrologia da coluna vertebral

Articulações comuns à maioria das vértebras. Articulações próprias a algumas vértebras. Articulações entre a coluna vertebral e a cabeça.

Coluna vertebral geral.

 

4. Osteologia e Artrologia do tórax

Osteologia do tórax

Esterno. Costelas. Cartilagens costais.

Artrologia do tórax

Articulações costo-vertebrais. Articulações costo-transversária. Articulações costo-condrais. Articulações esterno-condrais. Articulações intercondrais. Articulações esternais.

Tórax em geral.

 

 

5. Ósteologia e Artrologia do membro inferior

Osteologia do cíngulo do membro inferior

Osso coxal.

Artrologia da pelve

Articulação sacro-ilíaca. Sínfise púbica. Ligamentos sacro-tuberal e sacro-espinhal. Membrana obturadora.

Pelve em geral

Osteologia da coxa

Fémur. Patela.

Artrologia da anca

Articulação da anca.

Osteologia da perna

Tíbia. Fíbula.

Artrologia do joelho e da perna

Articulação do joelho. Articulação tíbio-fibular superior. Membrana interóssea da perna. Articulação tíbio-fibular inferior.

Osteologia do pé

Tarso: osso tálus; osso calcâneo; osso cubóide; osso navicular; ossos cuneiformes. Metatarso: 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ossos metetarsais. Dedos: Falanges proximais, médias e distais.

Artrologia do tornozelo e do pé

Articulação do tornozelo ou talo-crural. Articulações do pé.

 

6. Ósteologia e Artrologia do membro superior

Osteologia do cíngulo do membro superior

Clavícula. Escápula.

Osteologia do braço

Úmero.

Artrologia do cíngulo do membro superior

Articulação acrómio-clavicular. Ligamentos córaco-claviculares. Ligamentos intrínsecos da escápula. Articulação esterno-clavicular.

Artrologia do ombro

Articulação do ombro.

Osteologia do antebraço

Ulna. Rádio.

Artrologia do cotovelo e do antebraço

Articulação do cotovelo. Membrana interóssea do antebraço. Articulação rádio-ulnar inferior.

Osteologia da mão

Carpo: osso escafóide; osso semilunar; osso piramidal; osso pisiforme; osso trapézio; osso trapezóide; osso capitado; osso hamato. Metacarpo: 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ossos metacarpais. Dedos: falanges proximais, médias e distais.

Artrologia do punho e da mão

Articulação do punho ou rádio-carpal. Articulações da mão.

 

7. Miologia da cabeça

Músculos cutâneos da cabeça

Músculos faciais da mímica.

Músculos mastigadores.

 

8. Miologia do pescoço

Músculos ântero-laterais do pescoço

Músculos ântero-laterais superficiais. Músculos supra-hióideus. Músculos infra-hióideis. Músculos médios profundos ou pré-vertebrais. Músculos laterais profundos.

 

 

Músculos da nuca

Músculos superficiais da nuca. Músculos profundos da nuca.

Fáscias do pescoço

 

9. Miologia do dorso

Músculos do dorso

Músculos dorsais superficiais. Músculos dos canais vertebrais. Fáscias do dorso.

 

10. Músculos do tórax

Músculos costais. Diafragma. Fáscia do tórax.

 

11. Miologia do abdómen

Músculos ântero-laterais do abdómen.

Músculos posteriores ou lombo-ilíacos.

Aponevroses dos músculos ântero-laterais e posteriores do abdómen.

Formações dependentes das aponevroses das paredes abdominais e pontos fracos das paredes abdominais.

 

12. Miologia do membro inferior

Músculos da região glútea.

Músculos da coxa.

Músculos ântero-laterais da coxa. Músculos mediais da coxa. Músculos posteriores da coxa.

Músculos da perna

Músculos anteriores da perna. Músculos laterais da perna. Músculos posteriores da perna.

Músculos do pé

Músculos dorsais do pé. Músculos plantares mediais do pé. Músculos plantares laterais do pé. Músculos plantares médios do pé. Músculos interósseos do pé.

Bainhas fibrosas e sinoviais dos tendões dos músculos da perna. Fáscias do membro inferior,

 

13. Miologia do membro superior

Músculos do ombro

Músculos anteriores do ombro. Músculo medial do ombro. Músculos posteriores do ombro. Músculo lateral do ombro.

Músculos do braço

Músculos anteriores do braço. Músculos posteriores do braço. 

Músculos do antebraço

Músculos anteriores do antebraço. Músculos laterais do antebraço. Músculos posteriores do antebraço.

Músculos da mão

Músculos palmares laterais da mão ou da eminência tenar. Músculos palmares mediais da mão ou da eminência hipotenar. Músculos palmares médios da mão. Músculos interósseos da mão.

Bainhas fibrosas e sinoviais dos tendões dos músculos do antebraço. Fáscias do membro superior.

 

 

III – ANATOMIA DOS ÓRGÃOS

 

1. Órgãos respiratórios

Cavidades nasais e anexos.

Nariz. Cavidades nasais. Seios paranasais.

Laringe.

Árvore tráqueo-brônquica

 

 

Traqueia. Brônquios.

Pulmões.

Pleuras.

 

2. Órgãos digestivos

Cavidade oral.

Dependências da cavidade oral

Gengivas. Dentes (características gerais). Língua. Tonsilas palatinas.

Glândulas salivares

Glândulas parótidas. Glândulas submandibulares. Glândulas sublinguais.

Faringe.

Esófago.

Estômago.

Intestino delgado

Duodeno. Jejuno e Íleo.

Intestino grosso

Cólon direito: cego; apêndice vermiforme; cólon ascendente; flexura direita ou hepática do cólon; cólon transverso. Cólon esquerdo: flexura esquerda ou esplénica do cólon; cólon descendente; cólon sigmóide.

Recto.

Ânus.

Fígado

Vias biliares

Via biliar principal. Via biliar acessória.

Pâncreas.

 

3. Órgãos urinários

Rins.

Uretéros.

Bexiga.

Uretra

Uretra masculina. Uretra feminina.

 

4. Órgãos genitais masculinos

Testículos.

Epidídimos.

Escroto e bainhas dos funículos espermáticos.

Vias espermáticas.

Glândulas anexas aos órgãos genitais masculinos

Próstata. Glândulas bulbo-uretrais (Cowper).

Pénis.

 

5. Órgãos genitais femininos

Ovários.

Tubas uterinas (Falópio).

Útero

Vagina

Vulva.

Glândulas anexas aos órgãos genitais femininos.

Glândulas vestibulares menores. Glândulas vestibulares maiores (Bartholin).

Mamas

 

 

 

6. Períneo

Períneo

Músculos do períneo. Fáscias do períneo. Divisão do períneo.

 

7. Órgãos linfóides

Medula óssea.

Timo.

Tecidos linfo-epiteliais.

Nodos linfáticos.

Baço.

 

8. Glândulas endócrinas

Hipófises.

Glândula pineal.

Glândula tiróide.

Glândulas paratiróides.

Glândulas suprarrenais.

Paragânglios.

Grupos celulares com localização em órgãos de outros sistemas.

Placenta.

 

9. Peritoneu

Peritoneu

Aspectos gerais. Descrição. Topografia geral.

 

 

IV - ANATOMIA NEVROLÓGICA

 

1. Nevrologia geral

Nevrologia geral.

 

2. Nervos espinhais

Sistematização dos território medulares e radiculares.

Ramos posteriores dos nervos espinhais.

Plexo cervical.

Plexo braquial

Constituição. Ramos colaterais. Nervo mediano. Nervo músculo-cutâneo. Nervo ulnar. Nervo cutâneo medial do antebraço. Nervo cutâneo medial do braço. Nervo axilar. Nervo radial.

Aspecto geral da inervação do membro superior.

Nervos intercostais.

Plexo lombar.

Constituição. Ramos colaterais. Ramos terminais.

Bibliografia

Bibliografia de base (adoptada)

* Gray’s Anatomy: The Anatomical Basis of Clinical Practice – Elsevier – Susan Standring

* Gray’s Anatomy for Students – Churchill Livingstone – Richard Drake

* Clinically Oriented Anatomy – K. Moore – Williams and Wilkins.

* Anatomia Humana da Locomoção – J. A. Esperança Pina - 4ª edição – Lidel, Edições Técnicas.

* Anatomia Humana dos Órgãos – J. A. Esperança Pina - 2ª edição – Lidel, Edições Técnicas.

* Anatomia Humana do Coração e Vasos – J. A. Esperança Pina - 2ª edição – Lidel, Edições Técnicas.

* Anatomia Humana da Relação – J. A. Esperança Pina - 4ª edição – Lidel, Edições Técnicas.

* Anatomia Geral e Dissecção Humana – J. A. Esperança Pina, A. Bensabat Rendas, Miguel Correia, J. Goyri O’Neill e Diogo Pais - Lidel, Edições Técnicas.

* Atlas de Anatomia Humana – Frank H. Netter – Artmed, Editora.

 

Bibliografia complementar (recomendada)

* Anatomia Humana (Descritiva, Topográfica e Funcional) – Henry Rouvière e André Delmas – 11ª edição Espanhola, ou 15ª edição Francesa, Masson.

* The Developing Human: Clinical Oriented Embriology – K. Moore – W. B. Saunders.

* Atlas of Human Anatomy with Integrated Text – J. A. Gosling e al. – Churchill Livingstone.
* Sectional Human Anatomy – Han M-C & Kim C-W, Igaku-Shoin.

* Color Atlas of Anatomy – J. Roben & C. Yokochi – Edição em língua portuguesa, inglesa ou espanhola.

 

Método de ensino

Para atingir os objectivos de aprendizagem da Unidade Curricular de Anatomia o aluno deverá frequentar o Curso Teórico e o Curso Prático, que serão complementares, recorrendo a diferentes técnicas pedagógicas.

 

 

a)    Curso Teórico:

O curso teórico é constituído por aulas teóricas, ministradas ao universo do curso, com lições de 90 minutos de duração (com possibilidade de intervalo de 10 minutos), nas quais a explanação de assuntos é precedida da apresentação do sumário da aula, e seguida de um período para esclarecimento de dúvidas surgidas durante a aula.

A estruturação de cada aula teórica deverá conter elementos de dificuldade crescente, deverão ser realizadas pausas e mudança de ritmo de exposição. A aula teórica deverá ter como auxiliares de exposição: uma iconografia actualizada e ilustrativa  com os recursos audiovisuais adequados, ficando ao critério de cada docente a possibilidade ou não de cedência do material aos alunos.

O final da aula teórica deverá conter uma síntese do tema, focalizada nos elementos mais importantes deste, procedendo-se depois ao esclarecimento de dúvidas apresentadas pelos alunos.

      Na primeira aula teórica, será dado a conhecer aos alunos o “Guião das Aulas Teóricas de Anatomia”, onde se definirá para cada aula:

 

         - Identificação e contacto do docente;

         - Objectivos gerais da aula;

         - Objectivos específicos da aula;

 

 

- Pré-requisitos (assuntos que o aluno deverá dominar e preparar para tirar partido da aprendizagem que irá ser proposta numa dada aula teórica);

- Sumário;

- Perguntas ou exercícios de auto-avaliação (para o aluno realizar após cada aula);

- Bibliografia detalhada.

 

 

A organização do Curso Teórico (distribuição dos docentes por temas, eventuais ajustes de calendário ou temáticas, orientação pedagógica, monitorização do cumprimento de objectivos e qualidade…) é da responsabilidade do Professor Regente – Prof. Doutor João E. Goyri O’Neill.

 

Avaliação do Ensino Teórico: Todo o Ensino Teórico é monitorizado pelos questionários de avaliação do ensino teórico, a ser preenchidos pelos alunos na última aula teórica e os questionários promovidos pelo Gabinete de Qualidade do Ensino da FCM/UNL.

 

 

b)   Curso Prático:

A programação do Curso Prático foi realizada de formar a permitir criar um empenhamento, pessoal e criativo, por parte dos Docentes na estruturação, e posterior ministração das aulas práticas.

O Programa do Curso Prático está integrado na sequência do Curso Teórico, sendo complementar a este. Tem a periodicidade de 2 aulas semanais com a duração de 110 minutos cada, a turmas que não deverão exceder os 15 alunos.

 

Os vários parâmetros a ter em consideração na estruturação das aulas do Curso Prático, por cada Docente, serão dentre outros:

            a) – Ensino Tutorial aberto à participação dos discentes

            b) – Trabalho Laboratorial com modelos anatómicos e material cadavérico

            c) – Trabalho de Pesquisa Bibliográfica

           d) – Trabalho de Projecto

           e) – Trabalho de Auto-avaliação das Aprendizagens

 

a)    Ensino Tutorial aberto à participação dos discentes

 

O teor da aula prática deverá constar do respectivo sumário, de acordo com o Programa de Aulas do Curso Prático, que segue no anexo respeitante a este.

 

 

A gestão e distribuição do tempo da aula prática dependem da índole das matérias versadas, devendo contemplar um período de exposição das matérias pelo assistente, a que se segue um outro período de exposição pelos alunos.

 

Deverá ter-se em consideração, qual o incentivo a dar aos alunos, para que estes possam vencer a sua natural inibição em falar em grupo.

 

Durante esta acção de exposição deve o docente estar particularmente atento ao rigor científico da mesma e à estruturação sequencial dos elementos descritivos.

 

Deve o docente corrigir a descrição, adicionando novos elementos descritivos e decorrentes da sua experiência como Médico, sendo este contributo possível na medida em que todos os docentes da Unidade Curricular de Anatomia são dotados de actividade e diferentes graus de experiência da prática clínica.

 

Deve o docente promover um ambiente que contribua para a criação de um espírito de entre ajuda entre os alunos.

 

Assim, conseguir-se-á manter e estimular a motivação dos alunos ajudando-os a elevar, num crescente, o nível de conhecimentos em Anatomia.

 

 

b)   Trabalho Laboratorial com modelos anatómicos e material cadavérico

 

A tentativa de substituição de peças cadavéricas humanas pelos respectivos modelos plásticos ou de outra matéria, representará sempre uma escolha de menor fidedignidade, pois, por mais perfeita que seja a execução dos modelos, estes não representam a realidade anatómica, nem contemplam o que é normal em Anatomia, as variações anatómicas. Nada substitui o cadáver humano fresco ou embalsamado.

 

É fundamental incutir o respeito que é devido ao corpo humano e deverá ser feito o enaltecimento da atitude altruísta de que resulta a doação em vida do corpo, para estudo e dissecção. A dissecção cadavérica leva o aluno de Anatomia ao conhecimento da realidade do fim último do homem enquanto matéria, permitindo o contacto real e científico com o final de um ciclo biológico.

 

Contudo, a experiência da dissecção sem sólidos conhecimentos da Anatomia Humana Normal, desvirtuaria a sua essência. Dissecar sem as aprendizagens necessárias para o fazer seria uma verdadeiro desrespeito pelo cadáver. Assim, a nossa percepção é a de que a maioria dos alunos só se encontrará verdadeiramente preparada para a experiência da dissecção após a conclusão da Unidade Curricular de Anatomia.

 

Não obstante tal situação, contínua a ser para nós claro que a iniciação à dissecção cadavérica continua a ser um elemento fundamental na formação em Medicina, pelo que a Unidade Curricular fará apelo constante a que os alunos procurem essa experiência, nomeadamente através das Unidades Curriculares de Anatomia Regional I e II e/ou Cursos de Dissecção que sejam promovidos pelo Departamento. Fica assim bem claro que a estará sempre aberta a porta para um dos primeiros actos experimentais a realizar pelo aluno: a dissecção cadavérica.

 

Porém, mesmo sem passar directamente pela realização de um Curso de Dissecção, no âmbito da Unidade Curricular de Anatomia serão desenvolvidos trabalhos laboratoriais de

 

 

contacto com o cadáver: identificando no cadáver já dissecado estruturas previamente estudadas, tomando contacto com as diferentes texturas dos tecidos…

 

 

c)    Trabalho de Pesquisa Bibliográfica

 

 

Aulas práticas destinadas ao treino da pesquisa bibliográfica sobre um determinado assunto, sendo os resultados posteriormente apresentados e discutidos com o docente.

 

O aluno deve recorrer às fontes bibliográficas recomendadas ou outros de reconhecido valor cientifico que encontre nomeadamente na Biblioteca do Departamento de Anatomia, Biblioteca da Faculdade de Ciências Médicas ou sites de publicações na área do conhecimento médico ou das ciências morfológicas.

 

Os trabalhos a realizar neste tipo de aula podem ser realizados fora dos espaço habitualmente destinado para as aulas práticas – Teatro Anatómico – devendo contudo os Docentes reunir os alunos da turma, fazer o registo da assiduidade e orientar os trabalhos do tempo previsto para a aula.

 

d)   Trabalho de Projecto

 

A realização de trabalhos práticos por grupo de alunos, deve ser incentivada, pois representa uma modalidade de estudo em conjunto. Estes trabalhos podem ser de dois tipos:

 

 

A execução de um trabalho de revisão sobre um tema - os alunos são orientados pelo docente no estudo de um tema, e realizam a pesquisa bibliográfica necessária, para que a descrição seja a mais actualizada possível. Posteriormente, é realizada a apresentação oral do trabalho aos restantes elementos da turma e em presença do docente.

 

 

A execução de modelos, esquemas ou poster’s ou apresentações - esta permite que o aluno realize o estudo de materiais que não são passíveis de demonstração fácil em cadáver, ou que necessitam de técnicas sofisticadas ou dispendiosas para a sua realização. Permite ainda a visualização tridimensional de assuntos mais complexos. Estas representações têm sido realizadas por alunos do 1º ano, que utilizando os mais variados materiais produtos alimentares como feijões, milho, massas, ou lã, fios eléctricos, circuitos electrónicos, entre outros, têm vindo a executar trabalhos que ilustram bem os conhecimentos adquiridos. Os trabalhos realizados deverão ser expostos todos os anos do início do ano lectivo seguinte, de modo a que sejam vistos pelos alunos dos diferentes anos, por todo o corpo docente e também pelos alunos recém-chegados à Faculdade – referimo-nos à já instituída Corporis Fabrica.

 

 

 

 

 

 

e)   Trabalho de Auto-Avaliação das Aprendizagens

 

 

Tempos de Ensino destinados à realização de actividades de auto-avaliação dos conhecimentos e aprendizagens. Os alunos são desafiados a responder a perguntas (escritas ou orais) de entre um banco de dados realizado pelos vários docentes e disponibilizado de igual forma a todos os docentes.

 

Assim, os alunos podem monitorizar os conhecimentos adquiridos ou não adquiridos através da resposta às perguntas, que procurarão aferir a capacidade que o aluno apresenta para atingir os vários objectivos previstos para Unidade Curricular e seus conteúdos programáticos.

 

 

Avaliação do Ensino Prático: Todo o Ensino Prático é monitorizado pelos questionários de avaliação do ensino prático, a ser preenchidos pelos alunos na última aula teórica/dia do exame e os questionários promovidos pelo Gabinete de Qualidade do Ensino da FCM/UNL.

 

Método de avaliação

A elaboração de um esquema de avaliação uniforme torna-se imperiosa pela necessidade de uniformizar critérios que avaliarão o aluno de um modo global e contínuo, pelo que cabe a cada Docente seguir as indicações gerais em relação a este ponto e fazer comunicar, na primeira aula, eventuais especificidades referentes à turma que lhe seja atribuída.

Na Anatomia, deve a avaliação do aluno basear-se em diferentes parâmetros que avaliem não só o seu nível real de conhecimentos mas ainda, as suas aptidões de raciocínio, destreza, capacidade inovadora, pronta adaptação a novas questões e situações que lhe são postas.

Trata-se, ainda que indirectamente, de avaliar o futuro médico, pelo que, as suas capacidades humanas e éticas deverão ser tomadas em linha de conta, sendo o aluno preparado, desde o 1º ano do curso, para a abordagem do doente numa perspectiva científica e humana.

a)  Avaliação Prática Contínua (30%)

A avaliação contínua é da responsabilidade do assistente de cada turma e processar-se-á em todas as aulas práticas, verificando-se no decorrer da própria aula, pela abordagem dos temas ministrados no curso teórico. O aluno deverá ser solicitado pelo docente, a expor  assuntos, detalhando este ou aquele pormenor, podendo por sua livre iniciativa abordar a descrição de um tema em íntima relação com o objectivo da aula em que participa.

Os trabalhos finais deverão ser apresentados oralmente de forma sucinta e clara, pelo grupo que efectuou o trabalho, devendo o docente avaliar não só a exposição mas ainda o empenho, dedicação e esforço postos no estudo e pesquisa bibliográfica para a realização do tema.

 

 

A avaliação contínua deve avaliar também as características globais do aluno, no que se refere não só ao seu nível de conhecimentos mas também à assiduidade e pontualidade, sua capacidade de dinamização do grupo de trabalho em que está integrado e relacionamento com os docentes e discentes, sendo aqui valorizada a realização de trabalhos de grupo.  

Os trabalhos de grupo deverão ser apresentados oralmente de forma sucinta e clara, pelo grupo que efectuou o trabalho, devendo o docente/júri avaliar não só a exposição e rigor científico mas ainda o empenho, dedicação e esforço postos no estudo e pesquisa bibliográfica para a realização do tema.

 

A avaliação continua dos alunos, não deve perturbar o normal decurso dos cursos teórico e prático da disciplina, nem directa ou indirectamente o de outras cadeiras.

 

Esta avaliação é quantitativa, de 0 a 20 valores e:

 

è Com classificação inferior a 10 valores o aluno terá que repetir o Curso Prático e não poderá apresentar-se ao Exame Final.

è Com classificação superior a 10 valores o aluno pode apresentar-se ao Exame Final.

 

 

Regimes Especiais de Avaliação Prática - qualquer aluno a quem seja reconhecido um Estatuto Especial que o dispense da obrigatoriedade de assiduidade do Curso Prático (ou seja, frequência obrigatória de dois terços das aulas leccionadas) e que não obtenha Avaliação Prática que permita acesso a Exame Final, poderá realizar Prova Prática referente aos conteúdos do Programa Prático em data a definir (entre o término do Curso Prático e o 1º Dia de Exames da 1ª Época).

 

è  Com classificação inferior a 10 valores o aluno terá que repetir o Curso Prático e não poderá apresentar-se ao Exame Final.

è  Com classificação superior a 10 valores o aluno pode apresentar-se ao Exame Final.

 

 

b)  Avaliação Intercalar Escrita (20%) – ANATOMIA DA LOCOMOÇÃO 

 

Será realizada em NOVEMBRO 2013, nos Anfiteatros do Edifício-Sede da Faculdade Ciências Médicas – UNL. Trata-se de uma prova composta por perguntas de escolha múltipla, verdadeiros e falso, correspondência, legendas de imagens e/ou resposta curta.

 

Esta avaliação é quantitativa, de 0 a 20 valores e:

 

è Com classificação inferior a 10 valores (ou caso tenha faltado) o aluno terá obrigatoriamente que, durante o Exame Final, realizar nova avaliação referente aos conteúdos avaliados na Prova Intercalar Escrita.

 

è Com classificação superior a 10 valores o aluno poderá, no Exame Final, dispensar de avaliação referente aos conteúdos avaliados na Prova Intercalar Escrita.

 

è Caso o aluno falte injustificadamente, ser-lhe-á atribuída a classificação de zero valores.

 

 

 

c)  Avaliação Final – EXAME FINAL ORAL

 

Inclui avaliação de todos os conteúdos considerados nos Programas Práticos e Teóricos da Cadeira. De uma forma geral, deverão formalizar-se vários contributos para a nota do exame final:

 

1 – Avaliação no âmbito da Anatomia da Locomoção, incluindo Osteologia, Artrologia e Miologia- que pode ser dispensada caso o aluno queira e tenha obtido avaliação positiva na prova de avaliação intercalar (ver acima alínea b).

 

2 – Avaliação no âmbito da Anatomia dos Órgãos.

 

3 – Avaliação no âmbito da Anatomia do Coração e Vasos e Anatomia Nevrológica.

 

4 – Avaliação / Desempenho Final - pode incidir sobre qualquer área, e é conferida pelo Professor Regente da Unidade Curricular de Anatomia.

 

 

        

Esta avaliação é quantitativa, de 0 a 20 valores e:

 

è Se em 1ª época o aluno obtiver uma classificação inferior a 10 valores ou falte ao exame final oral, poderá realizar exame em 2ª época, sendo consideradas igualmente as avaliações referentes à Avaliação Contínua e Teste Intercalar Escrito. Caso o aluno não se apresente para realização de exame em 2ª época, encontra-se reprovado na UC Anatomia

 

è Se em 2ª época, uma classificação inferior a 10 valores ou falte ao exame final oral, reprova o aluno a Anatomia (poderá eventualmente utilizar a Época de Recurso caso cumpra os requisitos indicados nos regulamentos internos da FCM).

 

è Em 1ª ou 2ª época uma classificação superior a 10 valores, aprova o aluno no Exame Final de Anatomia (com uma ponderação de 50% na Nota Final da UC).

 

 

NOTA: independentemente da Época de Exame (1ª, 2ª ou Especial) escolhida pelos alunos, é obrigatória uma Avaliação Prática positiva (superior a 10 valores) e válida (ou seja, referente ao ano lectivo em curso ou ano lectivo anterior).

 

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