
Bases avançadas de imagiologia médica
Código
11195
Unidade Orgânica
NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas
Departamento
CMH
Créditos
3
Professor responsável
Prof. Doutor Mateus Marques
Objectivos
No Curso de Medicina o estudante deve desenvolver várias vertentes cognitivas de que se salientam a capacidade de memorização, aquisição de conhecimentos, aplicação de conceitos e resolução de problemas da prática clínica diária e do âmbito estratégico da profissão. A estes objetivos alia-se a vertente sociológica relevante relacionada com a interação e integração com outros grupos profissionais e com os doentes, ética médica e capacidade de inovação e investigação.
Através da Imagiologia Médica procede-se a uma análise morfológica e funcional dos órgãos e seus componentes na sua apresentação normal e quando sujeitos a diversos processos patológicos. Esta análise é feita habitualmente através de métodos macroscópicos com recurso a técnicas de observação por imagem e associando-se novas tecnologias de análise funcional dos tecidos normais e patológicos permitindo imagens, gráficos e outras formas de apresentação com informação médica. Adicionalmente torna-se cada vez mais importante a integração dos dados imagiológicos com algoritmos de diagnóstico clínico que permitam uma otimização dos recursos existentes e também com novas técnicas de mapeamento dos processos patológicos nas suas fases iniciais para prevenção das doenças mais prevalentes dos nossos tempos.
A cadeira de Bases Avançadas de Imagiologia Médica integra os conhecimentos adquiridos noutras disciplinas com destaque para a Anatomia, Anatomia Patológica e Imagiologia e Anatomia Clínicas. Os objetivos Gerais a atingir dizem respeito a dotar os estudantes de um conjunto de conhecimentos e metodologias que possibilitem uma otimização do diagnóstico e tratamento dos pacientes, permitindo uma avaliação mais completa do paciente como indivíduo e uma integração mais abrangente no contexto social em que os cuidados de saúde se devem processar. Como objetivo adicional pretende-se preparar o estudante para desafios futuros relacionados com a capacidade de inovação e de desenvolvimento de novos métodos de prevenção e de diagnóstico morfológico e funcional.
Pré-requisitos
Conteúdo
1-Tópicos gerais
1A-Aspectos físicos relevantes para os clínicos
Descoberta, história e produção dos Raios X.
Semiologia avançada dos métodos de imagem com análise dos principais artefactos. Revisão e desenvolvimento dos conceitos introduzidos na cadeira de Imagiologia do 2º ano.
Efeitos secundários da radiação e proteção radiológica.
Técnicas de Imagem (Radiografia, Tomografia, Contrastes, Ecografia, TAC, RM, Angiografia, Meios de Contraste, Imagem em Medicina Nuclear Convencional e tomografia por emissão de positrões).
Imagem Virtual e Técnicas de reconstrução tridimensional. Correlação clínica e funcional.
1B-Organização dos Departamentos de Imagiologia
Preparação para os exames, marcação de exames urgentes e programados.
Metodologia de relatórios e acesso aos mesmos e às imagens. Familiarização com o sistema PACS.
1C-Segurança Radiológica (proteção, a criança, a grávida e o aleitamento). Equivalência de dose radiológica dos diversos exames. Imagiologia da gravidez e aleitamento.
1D-Outras complicações em imagiologia: reações aos meios de contraste (complicações, profilaxia, grupos de alto risco), Radiologia de Intervenção, Ressonância Magnética, impacto social e emocional de resultados positivos, negativos ou equívocos).
1E-Custos comparativos das diversas modalidades
2-Tópicos referentes a cada sistema, órgão ou técnica:
Áreas curriculares: Tórax (pulmão e coração), Aparelho digestivo e urinário/Abdómen, Músculo-Esquelético, Neuro-imagem e Imagem da Cabeça e Pescoço, Vascular/Intervenção, Imagiologia da Mulher, Radiologia de Urgência, Pediatria, Medicina Nuclear, Imagem Funcional.
Aspetos técnicos, condições patológicas urgentes básicas ou patologias não urgentes mais comuns, iatrogenia, condições dispensando exames de imagem.
Algoritmos de diagnóstico imagiológico (critérios de eficácia) e indicações de procedimentos intervencionistas.
2-A:Tórax
A-Aspetos técnicos: Radiografia de Tórax, principais síndromes, rentabilização da informação obtida. TAC torácica em ambulatório, urgência; indicação de contraste, definição e uso de alta resolução, angio-TAC). Estudos Cardíacos. RM, Angiografia. Preparação do doente.
B-Patologias mais comuns (Atelectasia, Pneumonia, Alterações vasculares, pleurais e cardíacas Massas, Adenopatias, Patologia Intersticial e Outras).
C Patologia iatrogénica. Achados a não falhar. Imagiologia dispensável.
D-Procedimentos invasivos. Algoritmos de diagnóstico. Gestão de exames.
2-B:Aparelho digestivo e urinário, genital masculino.
A-Aspetos técnicos:
Exames: Radiografia simples do abdómen/RSA (simples ortostático, decúbito, lateral), Exames contrastados do Tubo Digestivo, Urografia intravenosa, Cisto-uretrografia, Ecografia abdominal, renal, pélvica, TAC abdominal e pélvico, RM abdominal.
Preparação: preparação para exames convencionais do tubo digestivo, TAC, RM, Ecografia abdominal e pélvica. Controle de doentes após os mesmos. Claustrofobia.
Exames a observar.
B-Patologias mais comuns a reconhecer nos exames de Radiografia Simples abdominal (pneumoperitoneu, oclusão, volvo, íleus, cálculos e calcificações), estudos fluoroscópicos, (estenose maligna do cólon, neoplasia do esófago, hérnia do hiato), Ecografia (hidronefrose, colecistite, obstrução biliar, litíase vesicular), TAC (aneurisma da aorta abdominal, metástases hepáticas, hidronefrose, ascite e traumatismo hepático ou esplénico) e RM (metástases hepáticas, ascite).
C-Patologias de urgência a não falhar no RSA, Ecografia e TAC.
D-Procedimentos invasivos, Imagiologia dispensável, Algoritmos de diagnóstico e gestão de exames.
2-C:Neurorradiologia e Imagiologia da Cabeça e Pescoço
A-Aspetos técnicos. Exames utilizados (TAC do SNC ou dos ouvidos, seios perinasais ou pescoço, RM crânio-encefálica, TAC ou RM da coluna, mielografia, angio-RM, angio-TAC). Preparação dos doentes. Exames a observar nas aulas.
B-Patologias mais comuns. Tumores, infeções, lesões traumáticas, doenças vasculares, degenerativas e diversos.
C-Patologias urgentes a não falhar (AVC hemorrágico, hemorragia traumática, hipertensão intracraniana, herniação cerebral, hidrocefalia, lesão expansiva, hematoma subdural isodenso e hematomas bilaterais no abuso infantil).
D-Procedimentos invasivos.
E- Gestão de exames imagiológicos.
2-D:Músculo-Esquelético
A- Aspetos técnicos: Radiologia convencional, projeções dirigidas ou especiais, TAC (com contraste endovenoso ou articular, detalhe ósseo), RM (boa resolução de contraste para tecidos moles e medula óssea, contraste endovenoso ou intra-articular), Fluoroscopia, Ecografia (útil para estruturas superficiais, derrames, corpos estranhos, intervenção), Densitometria óssea).
Preparação ou controle dos doentes. Exames a observar.
B-Patologias mais comuns: patologia traumática (derrames articulares, múltiplos exemplos de farturas apendiculares e fraturas vertebrais mais comuns), luxações, lesões traumáticas de tecidos moles (menisco-ligamentares). Artropatias, tumores mais comuns, doença metabólica óssea, infeções ósseas.
C-patologias de urgência a não falhar. Situações dispensando exames de imagem.
D-Procedimentos invasivos.
E-Algoritmos de diagnóstico e gestão de exames imagiológicos.
2-E:Radiologia de Intervenção (RI)
A-Aspetos técnicos. Técnicas de imagem (fluoroscopia, angiografia, estudos com CO2 em ins. renal), biopsias dirigidas por técnicas de imagem, técnicas terapêuticas com apoio de imagem.
Preparação. Educação e controlo dos doentes. Exames a observar no estágio. Situações ou condições limitativas para a RI.
B-Patologias mais comuns: estenoses vasculares, aneurisma da aorta abdominal, estenose renal, hemorragia do aparelho digestivo ou de outra localização, estenose carotídea, aneurisma cerebral, estenose ureteral ou da junção uretero-piélica.
C-Procedimentos invasivos: indicações de estudos diagnósticos, de biopsias, drenagens angioplastias, trombólise direta, colocação de stents, embolizações e acessos e outros.
D-Algoritmos de diagnóstico.
2-F:Radiologia de Urgência
Situações mais frequentemente observadas no Serviço de Urgência e sobreponíveis com outros tópicos de órgãos ou sistemas.
A-Aspetos técnicos: exames radiológicos convencionais, Ecografia e TAC. Preparação do doente e indicação dos exames. Exames para avaliação no estágio.
B-Situações patológicas mais comuns observáveis (traumatismos do tórax, abdómen, coluna, neurológicas, esqueleto apendicular, patologia aguda não traumática torácica, abdominal, músculo-esquelética, neurológica, ginecológica-obstétrica e pediátrica).
C-Patologia iatrogénica e imagens típicas respetivas.
D-Exames de imagem dispensáveis, procedimentos invasivos, gestão de exames imagiológicos. Como, quando, a quem, onde e para que se pedem os exames.
2-G:Imagiologia da mulher
A-Aspetos técnicos. Mamografia, incidências, posicionamento, indicações. Ecografia mamária pélvica, histeroscopia, histerossalpingografia. RM mamária, pélvica e fetal.
B-Preparação da doente: indicações de rastreio mamário e risco de radiação.
Preparação para ecografia pélvica ou obstétrica, calendário, resultados, vantagens e limitações. Exames a observar no estágio.
C-Patologias mais comuns: miomas, espessamento endometriais, massas anexiais, gravidez ectópica, alcance da ecografia obstétrica.
D-Gestão de exames imagiológicos. Indicações de exames mamários, ecografia pélvica e fetal, RM pélvica em grávida ou não grávida. Situações não recomendando uso de exames de imagem.
2-H:Medicina Nuclear (MN)
A- Conceito de radiofármaco, de imagem funcional e de dosimetria interna. Implicações para a organização dos serviços, gestão da sua atividade e particularidades na proteção radiológica, assim como na preparação para os exames/terapêuticas e cuidados após administração de radiofármacos.
B- Instrumentação e tipos de imagem em Medicina Nuclear Convencional (câmara gama, sondas cirúrgicas) e em tomografia por emissão de positrões (PET), incluindo equipamentos híbridos (SPECT/CT, PET/CT e PET/MR).
C- Patologias mais comuns e procedimentos respetivos: a) em Medicina Nuclear Convencional cintigrafia óssea, cintigrafia da tiroideia, cintigrafia de ventilação e perfusão pulmonar, estudos cardíacos, estudos renais, hepato-biliares e oncológicos; b) em PET estudos FDG-PET/CT em oncologia, neurologia, cardiologia e inflamação; estudos FColina-PETC/CT; c) particularidades da Pediatria Nuclear.
D- Integração da Medicina Nuclear nas árvores de diagnóstico mais frequentes.
2-I:Radiopediatria
A-Aspetos técnicos. Fluoroscopia com baixa dose e proteção sempre que possível. Exames radiológicos com contenção se necessário. TAC ou RM com sedação.
Ecografia mais usada do que em adultos (sem sedação ou radiação).
Preparação da criança. Sedação com profissionais experientes, pais presentes ou não. Preparação e informação anterior ao exame.
B-Patologias mais comuns. Traumatismos (cartilagens de crescimento, derrame articular, fraturas em ramo verde), infeções (pneumonia, pneumonia redonda, bronquioliite), Tumores (Wilms, neuroblastoma) Anomalias congénitas (coração, estenose pilórica, refluxo vesico-uretral).
C-Patologias a não falhar: Abuso infantil, pneumotórax neonatal, pneumoperitoneu. Exames radiológicos não necessários.
D-Procedimentos invasivos e gestão de exames imagiológicos.
2-J:Oncologia, Introdução á Imagiologia Funcional e à Medicina Baseada na Evidência.
Imagem e Oncologia (prevenção, diagnóstico, estadiamento, tratamento, seguimento).
O conceito de imagiologia funcional e de biomarcadores.
Técnicas mais usadas (Difusão, perfusão, espectroscopia, captação de contraste, tractografia, PET-CT, PET-MR, SPECT, Bold).
Introdução à Radiogenómica, novos meios de contraste com avaliação funcional.
Imagiologia baseada na evidência: o conceito, prós e contras.
Bibliografia
Livros e sites de Internet.
Noções Básicas de Imagiologia, Prof. Martins Pisco, Lidel 2009.
Primer of Diagnostic Imaging 5th ed. Weissleder, Wittenberg, Harisinghani, Chen. Elsevier, Mosby, 2011.
Anatomy for Diagnostic Imaging 3rd Ed. Ryan, McNicholas, Eustace, Saunders Elsevier, 2011.
AMSER National Medical Student Curriculum in Radiology: http://www.aur.org/Affiliated_Societies/AMSER/amser_curriculum.cfm
Albert Einstein radiology education site (www.learningradiology.com).
Radiation exposure from medical diagnostic imaging procedures. http://www.hps.org/documents/meddiagimaging.pdf
Critérios de indicação de exames de imagem: ACR appropriateness criteria http://www.acr.org/secondarymainmenucategories/quality_safety/app_criteria.aspx
Site radiológico em língua portuguesa: www.Imaginologia.com.br. Consultar aulas práticas e teóricas incluídas no site.
Sites radiológicos em língua estrangeira: www.info-radiologie.ch
Clinical Nuclear Medicine. Biersack H-J and Freeman L M (eds). Springer-Verlag Berlin Heidelberg New York. 2007
Método de ensino
Os objetivos pedagógicos devem ser atingidos mediante a frequência das aulas teóricas e das aulas teórico-práticas, as quais serão complementares e recorrerão a métodos pedagógicos diferentes.
1-Componente teórico
O componente teórico é constituído por aulas teóricas ministradas em simultâneo à globalidade dos alunos com aulas de 60 minutos em número de vinte e oito, da 1ª à 14ª semana do curso (total de 28 horas). Cada aula terá um tema principal começando pela apresentação do sumário e terminando com esclarecimento de dúvidas surgidas durante a aula. Total de componente de aulas teóricas 28 horas.
Será utilizada iconografia ilustrativa com recursos audiovisuais dedicada às várias técnicas imagiológicas atuais e às principais áreas anatómicas e com consequente relevância para os problemas clínicos mais comuns na prática clínica diária e na área de urgência médica. No final da aula é apresentada uma síntese dos tópicos mais relevantes e são esclarecias dúvidas ou questões consideradas relevantes pelos alunos.
Cada aula teórica deverá ser precedida de informação disponibilizada aos alunos incluindo a identidade do docente, os objetivos gerais e específicos da aula, um sumário ou conteúdo global e referências bibliográficas.
A organização do componente teórico é da incumbência do Regente.
A Avaliação do Ensino Teórico é monitorizada por questionários de avaliação do ensino teórico a serem preenchidos por todos os alunos on-line ou através de impressos disponibilizados também on-line. Ver capítulo de Informação da Qualidade de Ensino.
1ª semana: Introdução e bases físicas
2ª semana: Semiologia
3ª semana: Tórax
4ª semana: Abdómen
5ª semana: Pélvis, Patologia Ginecológica
6º semana Neurorradiologia
7ª semana: Cabeça e pescoço
8ª semana: Osteo-articular
9ª semana: Vascular, Intervenção
10ª semana: Urgência
11ª semana: Pediatria
12ª semana: Oncologia
13ª semana: Funcional, Evidência
14ª semana: Medicina Nuclear
2-Componente Teórico-Prático
O componente teórico-prático inicia na 2ª semana do curso e complementa o componente teórico, constando do ensino e aprendizagem das manifestações imagiológicas dos processos patológicos mais comuns, mais relevantes ou mais urgentes.
Os alunos serão distribuídos por 2 grupos, podendo haver, em algumas aulas, junção dos dois grupos em período preferencialmente de 2 ou 3 horas por grupo. Serão ministradas 28 horas de aulas teórico-práticas durante 13 de 14 semanas (da semana 2 à semana 14). No total o Curso consistirá de 28 h de aulas teóricas e 28 h de aulas teórico-práticas.
A avaliação oral final, por grupo, ocorrerá na 15ª semana (das 15H ás 18H).
As aulas decorrerão das 15 às 20 horas, tendo como horário modelo o aprovado pela Comissão Pedagógica do 4º ano.
O número de horas de contacto será de 28 h teóricas e previsivelmente 28 horas teórico-práticas, acrescendo 3 horas destinadas à avaliação oral final, num total de 59 h horas de contacto.
1ª semana: Física, Semiologia
2ª semana: Tórax
3ª semana: Abdómen
4ª semana: Pélvis, Patologia Ginecológica
5º semana: Neurorradiologia
6ª semana: Cabeça e pescoço
7ª semana: Osteo-articular
8ª semana: Vascular, Intervenção
9ª semana: Urgência
10ª semana: Pediatria
11ª semana: Oncologia
12ª semana: Funcional, Evidência
13ª semana: Medicina Nuclear
Alguns parâmetros a ter em consideração na estruturação das aulas do Curso Teórico-Prático, por cada Docente, serão de entre outros:
a) Ensino Tutorial aberto à participação dos discentes
b) Trabalho informático com material de radiologia
c) Trabalho de pesquisa bibliográfica
d) Trabalho de Projeto
e) Trabalho de autoavaliação da aprendizagem
f) - Avaliação
a) Ensino Tutorial aberto à participação dos discentes
Este será o método utilizado para no início das aulas teórico-práticas ser apresentada uma Revisão Teórica Sumária das patologias da região a abordar com especial enfoque nas características anatómicas com relevância clínica, proposta para trabalho nessa mesma aula. O teor da aula prática, e portanto desta abordagem tutorial, deverá constar do respetivo sumário, de acordo com o Programa da Unidade Curricular.
A gestão e distribuição do tempo da componente tutorial dependem da índole das matérias versadas, devendo contemplar um período de exposição das matérias pelo assistente e/ou alunos a que se segue um período para esclarecimento de dúvidas.
Será baseado em discussão de casos clínicos com relevância nos achados patológicos principais e sua correlação com o contexto clínico, assim como qual a metodologia imagiológica mais adequada a cada problema clínico existente.
Deve o docente corrigir e guiar a participação dos discentes, adicionando novos elementos anatómico-radiológicos e clínicos decorrentes da sua experiência como Médico, sendo este contributo possível na medida em que todos os docentes da Unidade Curricular são dotados de atividade e diferentes graus de experiência da prática clínica e radiológica.
Deve o docente promover um ambiente que contribua para a criação de um espírito de entreajuda entre os alunos.
O ensino tutorial das aulas teórico-práticas e a interação entre o aluno e os docentes dá lugar a uma avaliação prática que poderá influir a nota final obtida através da prova final escrita e oral, num valor que não será superior ou inferior a 10% da nota final ponderada das respetivas provas oral e escrita.
Assim, conseguir-se-á manter e estimular a motivação dos alunos ajudando-os a elevar, de modo crescente, a participação nas aulas teórico-práticas.
b) Trabalho Informático com material de radiologia
Poderão ser utilizados computadores para abordagem de casos clínicos concretos com relevância nos achados anatómicos. Serão feitas sessões de grupo para análise e discussão anatomia-clínica.
Poderá também ser utilizado suporte informático para visualização dos exames de imagem úteis na avaliação dos casos clínicos, bem como para identificação de estruturas anatómicas distintas com recurso aos diferentes métodos de imagem.
Assim, a Unidade Curricular propõe-se concretizar nas suas atividades pedagógicas o reforço dos conhecimentos patológicos com enfoque nos conceitos com maior relevância clínica, bem como dotar os discentes da capacidade de reconhecer as diferentes manifestações dos processos patológicos recorrendo a diferentes métodos de imagem.
c) Trabalho de Pesquisa Bibliográfica
Tempo destinado ao treino na pesquisa bibliográfica sobre as principais revistas científicas indexadas relevantes na área em questão.
Pesquiza bibliográfica sobre um determinado assunto, com discussão e avaliação crítica de artigos publicados em revistas indexadas na área.
Estímulo à avaliação crítica e rigor científico na elaboração de um artigo.
O aluno deve recorrer às fontes bibliográficas recomendadas ou outros elementos de reconhecido valor científico que encontre nomeadamente na Biblioteca da Faculdade de Ciências Médicas ou sites de publicações na área do conhecimento médico.
d) Trabalho de Projeto
A realização de trabalhos práticos, por grupo de alunos, deve ser incentivada, pois representa uma modalidade de estudo em conjunto. Deverá o aluno incorporar-se num trabalho projeto a realizar em grupo o qual contribuirá para a avaliação final do aluno na Unidade Curricular. Este trabalho deverá ter por base a pesquiza bibliográfica efetuada sobre um determinado tema com recurso às publicações mais relevantes em revistas científicas indexadas na área. O trabalho pode ser apresentado sob a forma de póster ou apresentação multimédia ou outro suporte desde que previamente aceite pelo Corpo Docente.
Este trabalho projeto será apresentado como prova de avaliação final oral que contribuirá com 40 % para a avaliação final, podendo incluir também a apreciação da interação dos alunos com os docentes ao longo das aulas teórico-práticas.
e) Trabalho de Auto Avaliação da Aprendizagem
Tempos de Ensino destinados à realização de atividades de Auto Avaliação dos conhecimentos e aprendizagem. Os alunos são desafiados a responder a perguntas orais, que podem passar pela identificação de patologias com diferentes métodos de imagem ou quais as metodologias ou sequências de estudos mais adequadas para a respetiva avaliação.
Assim, os alunos podem monitorizar os conhecimentos adquiridos ou não adquiridos através da resposta às perguntas, que procurarão aferir a capacidade que o aluno apresenta para atingir os vários objetivos previstos para Unidade Curricular e seus conteúdos programáticos.
Avaliação do Ensino Prático: Serão realizados Questionários para Avaliação do Ensino Prático, dirigidos a cada docente. Estes questionários encontram-se validados pelo Departamento de Educação Médica.
Método de avaliação
Prova oral final- O trabalho projeto contribuirá para elaboração de prova oral final a qual constará de apresentação do trabalho em grupo de 3 a 6 alunos. Contribuí com 40% para a avaliação final e decorrerá na 15ª semana. Esta avaliação pode incluir apreciação individual dos alunos pelos docentes durante as aulas teórico-práticas numa percentagem não superior a 10% da nota atribuída na prova oral.
Prova escrita final- Teste escrito de 25 perguntas a realizar em duas horas. As perguntas serão de resposta múltipla, resposta aberta curta e de interpretação de casos clínicos-imagiológicos.
A prova oral decorrerá na última semana das aulas teórico-práticas e a prova escrita em data a marcar no calendário de exames e pelo Conselho Pedagógico.
Para aprovação na cadeira os alunos devem preencher os critérios major que são assistência comprovada a dois terços das aulas teórico-práticas e aprovação na prova oral e na prova escrita com classificação mínima de 9,5 valores em cada prova. Será disponibilizada aos alunos uma folha de presença nas aulas teórico-práticas que deverá ser validada pelos docentes.
Melhorias de nota para a prova escrita só são possíveis na segunda fase da prova escrita. Melhoria de nota para a prova oral requer nova prova no prazo de dez dias após a prova oral inicial. No caso de não comparência a prova oral, a mesma deve ser remarcada de preferência antes (até dez dias após ausência da prova oral inicial). Alunos com estatuto especial têm de ter aprovação a ambas as provas oral e escrita, realizadas na 1ª ou 2ª fase. A avaliação da época especial engloba o componente oral e teórico-prático da cadeira.
Consulta de provas: ambas as provas, oral e escrita, podem ser consultadas mediante marcação no Secretariado dois a três dias úteis após a respetiva realização. A consulta em questão deve ser realizada até seis dias úteis após a respetiva realização.