Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Filosofia da Música - Problemáticas

Código

711021063

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Ciências Musicais

Créditos

6

Professor responsável

Maria Manuela Toscano

Horas semanais

4

Língua de ensino

Português

Objectivos

No final da Unidade Curricular o estudante deve ter adquirido:
a) Capacidade de ponderação sobre conceitos e postulados relevantes no pensamento filosófico, sobretudo depois de Wagner;
b) Capacidade de questionamento, explanação original e argumentação crítica, num discurso estético fundamentado e claro, quer oral, quer escrito;
c) Capacidade de cruzar a Estética da Música com outros problemas filosóficos, artísticos e culturais;
d) Capacidade de colher fenómenos intertextuais e intermediáticos;
e) Capacidade de identificação de elementos de continuidade, mudança e ruptura de valores ao longo da história do pensamento filosófico e musical;

f) Sensibilidade aos mundos possíveis de sentido artístico e existencial convocados pelo encontro com a obra, nas suas diversas dimensões.

Pré-requisitos

Aconselhável: precedência de “Filosofia da Música: Fundamentos”; leitura em inglês e francês.

Conteúdo

1. História da Filosofia da Música do fim do séc. XIX à contemporaneidade.
1.1. Momentos do pensamento estético-musical de Wagner.
1.2. Nietzsche: introdução a \"O Nascimento da Tragédia\".
1.3. Ressonâncias da \"fusão das artes\" e da \"obra de arte total\" na Modernidade. Simbolismo.

2. Experiência estética: encontros com a obra.
2.1. A obra de arte como configuração: Aristóteles, Goethe, Hanslick, Baudelaire, Mallarmé, Kandinsky, Debussy, Klee, Pareyson, Maldiney, Dahlhaus, Deleuze.
2.2. A obra de arte como acontecimento inefável - encontro com dimensões expressivas: Nietzsche, Jankélévitch, Heidegger, Merleau-Ponty, Langer, Benjamin.
2.3. A eloquência dos materiais e o despertar da percepção, corpo, gesto, voz: Deleuze, Herr.
2.4. Criação artística e o anseio da beleza: Platão, Plotino, Schopenhauer, Baudelaire, Debussy, Steiner.
2.5 O acto da interpretação musical como gesto criativo, configurador e como desvelamento expressivo da obra: Brelet, Bernac, Barenboim, Fassina, Berger.

Bibliografia

Audi, P. (2003). L’ivresse de l’art: Nietzsche et l’esthétique. Paris: Librairie Générale Française.
Bowman, W. (1998). Philosophical Perspectives on Music. Oxford: OUP.
Brelet, G. (1951). L’interprétation créatrice. Essai sur l’exécution musicale. Paris: PUF.
Heidegger, M. (1986). L’origine de l’oeuvre d’art. Chemins qui ne mènent nulle part. Paris: Gallimard.
Herr, S. (2009). Geste de la voix et théâtre du corps. Paris: L’Harmattan.
Jaeger, S. M. (2006). Embodiment and Presence. Staging Philosophy: Intersections of Theater, Performance and Philosophy. Ann Arbor, MI: UMP, 122-141.
Pareyson, L. (1988). Teoria della formatività. Milano: Bompiani.
Magee, B. (2001). Wagner and Philosophy. London: Penguin Books.
Renaud, I. (1985). Communication et Expression chez Merleau-Ponty. Lisboa: UNL.
Sauvagnargues, A. ( 2005). Deleuze et l’art. Paris, PUF.
Steiner, G. (2002). Grammars on Creation. London: Faber and Faber.

Método de ensino

Aulas de exposição teórica. Encoraja-se a participação dos estudantes de um modo activo, original e crítico. Desenvolve-se a interpretação aprofundada de textos previamente preparados e sua discussão. Fazem-se audições comparadas de actuações musicais e análise de obras pictóricas, surpreendendo conexões entre teoria e prática. Se possível, workshops com especialistas convidados sobre um tema filosófico interpretado pela arte.

Método de avaliação

Participação durante as aulas (20%); apresentação escrita ou oral nas aulas sobre um tópico combinado e sua discussão colectiva (40%); um teste escrito (40%).

Cursos