Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Antropologia Filosófica

Código

711031051

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Filosofia

Créditos

6

Professor responsável

Mário Jorge Carvalho

Horas semanais

4

Língua de ensino

Português

Objectivos

a). Adquirir conhecimentos básicos, do ponto de vista histórico-filosófico, no âmbito da antropologia.
b). Adquirir a capacidade de identificar e compreender as principais linhas de força da tradição filosófica europeia no que diz respeito à concepção do sujeito humano.
c). Desenvolver uma atitude crítica e a capacidade de reflectir autonomamente sobre as principais questões da antropologia filosófica na actualidade.
d). Adquirir um conhecimento básico da complexidade de problemas e de áreas disciplinares que se cruzam no âmbito da antropologia filosófica.

Pré-requisitos

Não aplicável.

Conteúdo

Antropologia, “anthropologia transcendentalis” e “anthropologia transcendentalis” existencial

A “anthropologia transcendentalis” põe em causa todas as demais formas de antropologia. E a “anthropologia trancendentalis” existencial põe em causa toda a antropologia não existencial. Mas por que é que a antropologia tem de ser transcendental e existencial? Estas questões são centrais para a Antropologia Filosófica, que tem de decidir sempre de algum modo este “conflito”. Pretende-se discutir tudo isto a partir de um exame da “Analítica existencial do Dasein” de Heidegger.
Examinar-se-ão também os principais passos daquilo a que Heidegger chama a “análise fundamental preparatória”. Este exame” terá como preocupação fundamental estudar os fenómenos correspondentes às diversas estruturas identificadas por Heidegger, em especial
– a estrutura do “In-der-Welt-sein”,
– a diferença entre “In-sein” pré-cognitivo e cognitivo,
– a análise heideggeriana da “ilusão transcendental”,
– o problema da articulação entre os diversos “existenciais” e as diversas “categorias”,
– a forma como todo o levantamento desta “análise fundamental preparatória” encaminha para a descoberta de qualquer coisa como uma “mónada existencial” – de sorte que todas as diversas regiões de realidade à vista para nós, a despeito da heterogeneidade que as separa, são comummente sustentadas por um mesmo “possibilitante”, por uma mesma “identidade monádica”, de cariz existencial, que é a raiz do seu sentido.

Bibliografia

HEIDEGGER, M., Gesamtausgabe. Ausgabe letzter Hand, Frankfurt a. M., Klostermann, 1975-
HEIDEGGER, M., Sein und Zeit, Tübingen, Niemeyer, 1977 (= Gesamtausgabe 2), Frankfurt a. M., Klostermann, 1977, 199317, sucessivas reedições
trad. inglesa: Being and Time, tr. J. Macquarrie,E. Robinson, New York, Harper & Row, 1962; nova tradução inglesa: Being and Time: A Translation of Sein und Zeit, tr. J. Stambough, Albany (N.Y.), State University of N.Y. Press, 1996
trad. francesa: Être et temps, tr. F. Vezin, Paris, Gallimard, 1986
A bibliografia completa será fornecida no início do curso

Método de ensino

Curso de natureza teórico-prática. A metodologia usada combina o exame teórico dos problemas e a interpretação de textos. Aturada análise e comentário dos textos em causa. Análise fenomenológica. Discussão de perspectivas alternativas, objecções, contra-exemplos, etc.

Método de avaliação

Avaliação individual. Exame final escrito obrigatório. Cada aluno deve apresentar um trabalho escrito e discuti-lo com o professor. O trabalho escrito tem um peso de 1/3 na classificação final.

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