Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Estética

Código

711031054

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Filosofia

Créditos

6

Professor responsável

João Pardana Constâncio

Horas semanais

4

Língua de ensino

Português

Objectivos

1 – Identificar a especificidade da reflexão filosófica sobre a estética, os objectos de que se ocupa e os conceitos a que recorre.
2 – Conhecer os principais problemas de que se ocupa a estética, através da leitura e análise dos textos consagrados pela tradição ou de autores contemporâneos, em que se incluem poetas e artistas.
3 – Constituir um método crítico de reconhecimento e análise de obras, literárias e artísticas, apropriadas historicamente ou não.

Pré-requisitos

Não aplicável.

Conteúdo

O tema do curso é a relação entre a arte e o niilismo na filosofia de Nietzsche e o modo como a devemos entender se partirmos de uma reflexão sobre a crítica de Nietzsche a Kant e Schopenhauer. Os seus principais momentos são os sguintes:
(a) estudo do pensamento estético de Kant, nomeadamente do seu conceito de juízo estético (ou de gosto) tal como é apresentado na “Analítica do Belo”;
(b) estudo das traves-mestras do pensamento estético de Schopenhauer, sobretudo o modo como Schopenhauer reinterpreta a concepção kantiana do juízo estético e relaciona a sua concepção da experiência estética (como “contemplação desinteressada”) com os temas do “pessimismo”, do “enigma do mundo” e da “vontade”;
(c) estudo da relação entre estes temas e a concepção nietzschiana do niilismo e da arte (e especialmente da arte trágica) como \"contra-movimento\" na \"luta contra o niilismo\".

Bibliografia

-CONSTÂNCIO, J./ BRANCO, M.J.M., (eds.), As the Spider Spins: Essays on Nietzsche’s Critique and use of Language, Berlin/ Boston, de gruyter, 2012
-CONSTÂNCIO, J., Arte e niilismo. Nietzsche e o enigma do mundo, Lisboa, tinta-da-china, 2013
-CONSTÂNCIO, J./ MARTON, S./ BRANCO, M.J.M. (org.), Sujeito, décadence e arte. Nietzsche e a modernidade, Lisboa e Rio de Janeiro, tinta-da-china, 2014
-KANT, I., Kritik der Urteilskraft, in: Akademie Textausgabe V, Berlin, Walter de Gruyter,1968
-NIETZSCHE, F., Kritische Studienausgabe, Colli, G./ Montinari, M. (ed.), Berlin, Walter de Gruyter, 1980, 15 vols.

Método de ensino

(a) A maior parte das aulas são expositivas, embora com espaço para perguntas e intervenção dos alunos, bem como para a leitura de passagens relevantes dos textos em análise.
(b) Algumas aulas (por exemplo, as que dizem respeito à Crítica da Faculdade de Julgar, de Kant) são leccionadas no chamado “regime de seminário”, i.e., consistem em leitura, comentário e análise de texto.
(c) Por fim, algumas aulas (a que chamamos “práticas” nos sumários) consistem na discussão — com os alunos — de matérias já expostas e dos problemas que elas levantam.

Método de avaliação

(a) O principal elemento de avaliação é uma prova escrita de avaliação de conhecimentos. Esta prova é obrigatória para todos os alunos que desejem ter aprovação nesta unidade curricular. 
(b) Os alunos são incentivados a elaborar um trabalho escrito, com cerca de 12 páginas, sobre temas relacionados com o programa do curso. A elaboração deste trabalho é facultativa. (c) Assiduidade e participação nas aulas. Os alunos são incentivados a participar nas aulas. Uma participação positiva é valorizada na ponderação da classificação final de frequência. (d) A classificação final de frequência resulta da ponderação das classificações obtidas nos parâmetros (a), (b) e (c).

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