
Literatura Portuguesa dos Séculos XVII e XVIII
Código
711091114
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento
Estudos Portugueses
Créditos
6
Professor responsável
Helena Barbas
Horas semanais
4
Língua de ensino
Português
Objectivos
a) Perspectivar e problematizar as teorizações poéticas e retóricas produzidas nos séculos XVII e XVIII.
b) Elaborar estudos críticos sobre obras líricas compostas à luz dos respectivos paradigmas estéticos.
c) Reflectir criticamente, do ponto de vista formal e temático, sobre a produção poética publicada e inédita dos períodos em referência.
d) Planificar, desenvolver e discutir trabalhos de investigação sobre obras líricas do Barroco e do Neoclassicismo português, utilizando os instrumentos teóricos e metodológicos adequados
Pré-requisitos
Não se aplica
Conteúdo
1. Exaltação e queda do Império e seus mitos. Datações do Barroco português: mortes de D. Sebastião (1578) e Camões (1580); a Monarquia Dual (1581).
1.1 Vates de Alcácer-Quibir e o fim da consciência épica. Poemas de cativeiro; anti-epopeias e paródias.
1.2. D. Sebastião de Desejado a Encoberto. As Trovas do Bandarra (Paris 1606) como narrativa de legitimação política para a Restauração. Recondução do mito a outros heróis: A. Vieira e as Esperanças de Portugal
(1659).
2. Consolidação do Parnaso português no bilinguismo filipino. Cancioneiros: Fernandes Tomás (1550-1650); Fénix Renascida (1716); Postilhão de Apolo (1761). Estudo de outros autores do período.
3. Neoclassisismo e Luzes das Arcádias. Contextualização. Especificidades nacionais: o Marquês de Pombal; o Terremoto de 1755; a expulsão dos Jesuítas.
3.1 Pressupostos teórico-literários do Arcadismo: racionalidade estética e bom gosto. A Arcádia Lusitana (1756). A Nova Arcádia (1790) e o Almanaque das Musas\".
Bibliografia
Aguiar e Silva, V. M. Maneirismo e Barroco na Poesia Lírica Portuguesa. C.E. Românicos U. C., Coimbra. 1971
Barbas, H. Tema e Estratégia nas Profecias do Bandarra. As Escadas não têm degraus. 2. Cotovia, Lisboa. 1990. pp.58-67.
Cidade, H. A Literatura Autonomista sob os Filipes. Sá da Costa, Lisboa. 1948.
Cuesta, P. V. A Língua e a Cultura Portuguesa no Tempo dos Filipes. Publ. E.-América, Lisboa. 1988.
Machado de Sousa, M. L. D. Inês e D. Sebastião na Literatura Inglesa. Vega,
Lisboa. [1980].
Maravall, J. A. La cultura del Barroco. Ariel, Barcelona. 2002. (9ª.)
Palma-Ferreira, J. Academias Literárias dos Séculos XVII e XVIII. Bibl. Nacional, Lisboa. 1982.
Pérez, J. Filipe II e o seu Império. Verbo, Lisboa. 2007.
Pinto de Castro, A. Retórica e Teorização Literária em Portugal. Do Humanismo ao Neoclassicismo. Impr. Nac.-Casa da Moeda, Lisboa. 2008. (2ª.)
VV. AA. Colóquio O Sebastianismo. Política, doutrina e mito (Sécs. XVI-XIX). Colibri, Lisboa.
Método de ensino
Aulas expositivas com recurso a meios audio-visuais (60%), aulas práticas de discussão e análise de textos orais e escritos, apresentação e discussão de trabalhos individuais (40%).
Método de avaliação
A avaliação será constituída por uma recensão crítica/comentário a um dos textos teóricos da bibliografia de apoio (20%); um trabalho de fundo/Monografia orientada sobre tema a ser proposto (9.000 caracteres/6 pp. 60%); apresentação oral da monografia e intervenções nas aulas (20%). Havendo exame, este fará média (50%) com a nota dos trabalhos agendados (50%) para a classificação final.