Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

O Romantismo na Génese da Cultura Contemporânea: Nostalgia e Rebeldia

Código

722061067

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

História da Arte

Créditos

10

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Português

Objectivos

a) Utiliza criticamente documentos de época, bibliografia de apoio e especialmente objectos artísticos.
b) Sintetiza, em pequenos trabalhos escritos e oralmente, questões relevantes para os objectos e situações de estudo.
c) Conhece as principais colecções públicas e privadas, bem como edifícios e monumentos, que, em Portugal, interessam aos objectos de estudo.
d) Descreve, criticamente, a diversidade das estéticas românticas na Grã-Bretanha, na Alemanha e na França, articulando-as com a afirmação dos nacionalismos.
e) Articula as estéticas do Romantismo com a crise das sociedades europeias do final do Antigo Regime e a emergência das sociedades liberais.
f) Reflecte sobre a importância da subjectividade e do gosto de experimentação na emergência das artes do século XIX.
g) Avalia os valores da tradição, das academias e das estéticas clássicas nas práticas artísticas do romantismo, bem como a sua progressiva dissolução.
h) Define e aplica, no campo arquitectónico, os conceitos de historicismo, revivalismo e eclectismo.
i) Reflecte sobre as particularidades do romantismo artístico português, destacando personalidades e obras.
j) Valoriza o lugar simbólico do Palácio da Pena como confluência das questões da arquitectura romântica.

Pré-requisitos

Não tem.

Conteúdo

- A diversidade das estéticas românticas em Inglaterra, França e Alemanha. Contextos históricos e culturais no final das sociedades do Antigo Regime. O neoclassicismo como exasperação e limite do ciclo dos classicismos.
- A liberdade e o génio artístico. Casos-estudo: Goya, Turner, Blake, Friedrich e Delacroix.
- As arquitecturas do romantismo: valores de pitoresco e medievalismos. Continuidades dos modelos classicistas e influxos eclécticos, nomeadamente orientalistas. As arquitecturas do ferro: confrontos e influências da engenharia.
-O romantismo nas artes portuguesas: a afirmação programática de Tomás da Anunciação e seus amigos. O caso de Miguel Ângelo Lupi: a nostalgia do classicismo.
- O Palácio da Pena no contexto da valorização historicista do estilo Manuelino. Arquitectura e paisagem. A assunção da história. Valores oníricos.
- O restauro dos monumentos pátrios: da Batalha ao Mosteiro dos Jerónimos e à Sé de Lisboa.
-Casos-estudo da arquitectura romântica portuguesa: marcas de individualidade, imagens urbanas, arquitecturas cemiteriais.

Bibliografia

As Belas-Artes do Romantismo em Portugal. Lisboa: Instituto Português de Museus, 1999 (catálogo de exposição comissariada por Elisa Soares, Paula Dias Carneiro, Paula Mesquita dos Santos, Catarina Maia e Castro).
COSTA, Lucília Verdelho da – Alfredo de Andrade (1839-1915): Da pintura à invenção do Património. Lisboa: Veja, 1997.
D. Fernando II. Rei-Artista, Artista-Rei. Lisboa: Fundação da Casa de Bragança, 1986 (Catálogo de exposição comissariada por José Teixeira).
O neomanuelino ou a invenção da arquitectura dos Descobrimentos. Lisboa, Comissão nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses/Instituto Português do Património Arquitectónico, 1994. (catálogo comissariado por Regina Anacleto)
NETO, Maria João Baptista – Memória, Propaganda e Poder. O Restauro dos Monumentos Nacionais (1929-1960). Porto: Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, 2001.

Método de ensino

Teórico-prático; visitas de estudo.

Método de avaliação

Fichas de leitura de bibliografia documental; fichas de análise histórico, formal e iconográfico de objectos artísticos e arquitectónicos; trabalho pessoal de mini-investigação orientada; teste final com consulta.

Cursos