
Sociologia Histórica
Código
711081078
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento
Sociologia
Créditos
6
Professor responsável
Jorge Miguel Pedreira, Miguel Jerónimo
Horas semanais
4
Língua de ensino
Português
Objectivos
1. Compreensão da historicidade inerente ao objecto de estudo da Sociologia, de modo a superar a dicotomia de senso comum entre História como ciência do singular e Sociologia como ciência do recorrente;
2. Conhecimento das perspectivas fundamentais da Sociologia Histórica: mudanças sociais na longa duração e análise comparativa;
3. Compreensão das modernidades através da sua génese, partindo do pressuposto de uma causalidade sociológica complexa e histórica;
4 Capacidade de comunicar conhecimento sociológico de natureza histórica, de modo rigoroso e significativo.
Pré-requisitos
Não tem
Conteúdo
1. Fundamentos de uma sociologia histórica.
2. A construção da(s) modernidade(s).
2.1. A modernidade como Grande Tradição expansiva. As premissas fundamentais da modernidade ocidental e as múltiplas modernidades.
2.2. O capitalismo.
2.2.1. O espírito do capitalismo.
2.2.2. Mercados e economias-mundo.
2.2.3. As revoluções industriais, a Grande Transformação e o papel dos estados na construção e na regulação da ordem social capitalista.
2.3. O Estado.
2.3.1. Racionalização, burocratização e monopólio da coerção legítima.
2.3.2. Estado moderno, representação política e sociedade de classes. As revoluções políticas.
2.3.3. A sociogénese do Estado.
2.3.4. Vias de modernização política.
2.4. A nação e os nacionalismos.
2.4.1. As teorias modernistas: nação, nacionalismo e Estado moderno.
2.4.2. Mudanças sociopolíticas e transformações históricas do nacionalismo.
2.4.3. As teorias primordialistas: a génese pré-moderna do sentimento nacional.
Bibliografia
Abrams, P. (1982). Historical sociology. Ithaca: Cornell University Press.
Barrington Moore Jr. (2010). As origens sociais da ditadura e da democracia. Lisboa: Edições 70.
Braudel, F. (1992). A dinâmica do capitalismo. Lisboa: Teorema.
Eisenstadt, S.N. (2007). Múltiplas modernidades: Ensaios. Lisboa: Livros Horizonte.
Elias, N. (1989). O processo civilizacional: Investigações sociogenéticas e psicogenéticas. Vol 1. Lisboa: Presença.
Gellner, E. (1993). Nações e nacionalismo. Lisboa: Gradiva.
Hobsbawm, E. (2004). A questão do nacionalismo. Lisboa: Terramar.
Llobera, J.R. (2000). O Deus da modernidade: O desenvolvimento do nacionalismo na Europa occidental. Oeiras: Celta.
Polanyi, K. (2012). A grande transformação. Lisboa: Edições 70.
Skocpol, T. (1985). Estados e revoluções sociais: Análise comparativa da França, Rússia e China. Lisboa: Presença.
Weber, M. (1983). A ética protestante e o espírito do capitalismo. Lisboa: Presença.
Método de ensino
Cada tópico do programa é objecto de entre uma e três aulas teóricas, seguidas de, ou intercaladas com duas a quatro aulas práticas. Cada aula teórica é organizada em relação com um ou mais textos da bibliografia recomendada. As aulas práticas trabalham a compreensão, a discussão e a expressão oral e escrita dos conhecimentos adquiridos pelas leituras obrigatórias. São organizadas em pares em torno de um dos textos de
leitura obrigatória, previamente lido pelos estudantes. A primeira aula serve para a discussão e esquematização do argumento do texto, em grupo e com o apoio do docente. A segunda consiste na resposta por escrito a perguntas sobre o mesmo texto, em grupo, com consulta do texto e apoio do docente.
Método de avaliação
A avaliação incide sobre os exercícios das aulas práticas (média das cinco melhores classificações) (40%), e uma prova escrita presencial individual sobre toda a matéria no final do semestre (60%).