Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Culturas e Técnicas: Contextos e Modos de Fazer

Código

722001051

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Antropologia

Créditos

10

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Português

Objectivos

1. Realizar uma reflexão aprofundada e crítica sobre algumas das propostas conceptuais que ao longo da história da antropologia associaram a ideia de cultura aos saberes, às técnicas e à feitura de objectos.
2. Discutir as problemáticas estudadas a partir da apresentação de estudos etnográficos, privilegiando o contexto português.
3. Promover uma discussão científica e eticamente fundamentada sobre as possíveis aplicações práticas dos saberes adquiridos.

Pré-requisitos

Conteúdo

1. A Antropologia deu, desde os seus primórdios, uma atenção especial ao estudo da cultura material, concebida como a manifestação tangível das culturas. Os saberes, as técnicas, os contexto e os modos de fazer os objectos foram questões sempre tratadas, embora pensadas, ao longo do tempo, no interior de conceptualizações diversas.
2. Na Antropologia Portuguesa as técnicas e os modos de fazer foram, desde os trabalhos pioneiros do grupo liderado por Jorge Dias, um tema de trabalho recorrente e sujeito a actualizações conceptuais constantes.
3. No mundo contemporâneo – em que a produção de objectos se insere em contextos e modalidades muito diferenciadas - a questão “do fazer” revela-se central para pensar questões tão importantes como as formas de reprodução das desigualdades sociais ou os modos de construção das identidades pessoais e colectivas.

Bibliografia

DURÃO, S., 2003, Oficinas e Tipógrafos, Lisboa, Dom Quixote.
GRANJO, P., 2004. Trabalhamos Sobre um Barril de Pólvora: homens e perigo na refinaria de Sines. Lisboa, ICS
INGOLD, T., 1996, Human worlds are culturally constructed. Against the motion (1), INGOLD, T., ed., Key Debates in Anthropology, London, New York, Routledge: pp 112-118
LATOUR, B., 1991, Nous n’avons jamais été modernes. Essai d’anthropologie symétrique, Paris, La Découverte.
MARQUES, E.M., 2000, Etnotecnologia do fabrico vidreiro: para quê?, Lisboa, Arquivos da Memória, 8/9.
MAUSS, M., 1950, Les techniques du corps, in: Sociologie et Anthropologie, Paris, Puf (1ª éd.1936)
OLIVEIRA, E.V., Galhano, F., Pereira, B., 1978, Tecnologia tradicional portuguesa – o linho, Lisboa, CEE.
SCHIFFER, M.B: (ed), Anthropological perspectives on technology, Albuquerque : University of New Mexico PA.

Método de ensino

1. Aulas centradas na exposição do docente, tendo por base a análise e reflexão crítica de obras incluídas no programa.
2. Aulas centradas na apresentação, feita pelos estudantes, de fichas de leitura de textos definidos pelo docente.
3. Aulas centradas na apresentação, feita por convidados, de estudos de caso, seguida de discussão com os estudantes.

Método de avaliação

Apresentação de textos e a assiduidade e participação nas discussões (50%). Ensaio individual com o limite máximo de 10 páginas e com utilização de pelo menos seis referências constantes da bibliografia (50%).

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