Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Estética e Ontologia

Código

722031042

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Filosofia

Créditos

10

Professor responsável

João Pardana Constâncio

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Português

Objectivos

1) Adquirir um conhecimento crítico aprofundado de teses e problemas fundamentais da Estética e da Ontologia, bem como dos pontos de contacto, ou até de uma possível raiz comum, destas duas disciplinas tradicionais da filosofia;
2) Adquirir um conhecimento crítico aprofundado do modo como certas teses e problemas fundamentais da Estética e da Ontologia se enquadram na tradição filosófica;
3) Adquirir a capacidade de relacionar a história da Estética e da Ontologia com a história da Arte e da Cultura;
4) Reconhecer a importância do estudo da tradição filosófica para a compreensão de questões actuais da Estética e da Ontologia.

Pré-requisitos

Não aplicável

Conteúdo

O curso consiste numa reflexão sobre a possibilidade de a evolução da arte europeia desde a revolução francesa espelhar a evolução do projecto moderno como um projecto universalista que visou sempre uma incondicional auto-determinação (ou emancipação) individual e colectiva. Tal reflexão procura apurar (a) como devemos avaliar hoje a realização histórica desse projecto, (b) se, entretanto, vivemos já numa outra era, isto é, numa era pós-moderna — seja porque a modernidade falhou, seja porque se concretizou plenamente (de forma que nos encontramos já para lá do “fim da história”)—, e (c) de que modo isso é visível na arte, especificamente na pintura e nas outras artes plásticas (de forma que poderíamos estar já para lá do “fim da arte”).
O curso procura mostrar também que os termos de todo este debate são incompreensíveis sem o estudo de autores fundamentais da história da filosofia, em especial da estética e da ontologia, nomeadamente Kant, Hegel, Nietzsche e Heidegger.

Bibliografia

-CLARK, T.J., The Painting of Modern Life: Paris in the Art of Manet and His Followers, Princeton, Princeton University Press, 1999 (revised edition)
-CLARK, T.J., Farewell to an Idea: Episodes from a History of Modernism, New Haven and London, Yale University Press, 1999,
-HARVEY, David, The Condition of Postmodernity, Oxford, Blackwell, 1990
-PIPPIN, Robert B., Modernism as a Philosophical Problem, Second Edition, Oxford, Blackwell, 1999
-PIPPIN, Robert B., After de Beautiful: Hegel and the Philosophy of Pictorial Modernism, Chicago and London, University of Chicago Press, 2014

Método de ensino

(a) A maior parte das aulas são expositivas, embora com espaço para perguntas e intervenção dos alunos, bem como para a leitura de passagens relevantes dos textos em análise.
(b) Algumas aulas são leccionadas no chamado “regime de seminário”, i.e., consistem em leitura, comentário e análise de texto.
(c) Por fim, algumas aulas (a que chamamos “práticas” nos sumários) consistem na discussão — com os alunos — de matérias já expostas e dos problemas que elas levantam.
Em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, procurar-se-á partir da análise de obras dos acervos do Museu Calouste Gulbenkian e do Centro de Arte Moderna (CAM). A Dr.ª Maria João Branco leccionará um módulo sobre obras-chaves do CAM e a sua relevância para os temas do curso.

Método de avaliação

(a) O principal elemento de avaliação é um trabalho escrito com cerca de 12 páginas, sobre temas relacionados com o programa do curso. 
(b) O segundo elemento de avaliação consiste numa breve apresentação e discussão oral de do trabalho escrito.
(c) A assiduidade e a participação nas aulas contam para a classificação final de frequência.
(d) A classificação final de frequência resulta da ponderação das classificações obtidas nos parâmetros (a), (b) e (c), não podendo o trabalho escrito pesar menos de 70% nesta ponderação.

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