Faculdade de Ciências e Tecnologia

História da Arte da Idade Moderna

Código

2691

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Departamento

Departamento de Conservação e Restauro

Créditos

6.0

Professor responsável

Agnés Anne Françoise Le Gac Arinto, Rita Andreia Silva Pinto de Macedo

Horas semanais

4

Total de horas

68

Língua de ensino

Português

Objectivos

1. Analisar de forma problematizada a arte da idade moderna, distinguindo tendências estéticas e integrando-as no seu contexto teórico e histórico, sensibilizando os alunos às seguintes problemáticas :

 

- Contexto temporal – Os estílos e a sua evolução

- Contexto espacial - A produção da arte segundo os espaços geo-politicos.

- Autoria – Papel do comanditário, do artífice e do artista.

- Noções relativas às Artes Mecânicas e às Artes Liberais.

- A organização corporatistas dos pintores e escultores

- Tratados de Pintura e Escultura.

- Valores da Pintura com carácter bidimensional e da Escultura com carácter tridimensional. Expressão plástica e expressão cromática.

- Obras de conjunto – A articulação orgânica e retórica de elementos formando pares, dípticos, trípticos, polípticos, etc.

- Técnicas usadas e intencionalidade formal dos artistas.

- Função da arte – Arte religiosa e arte profana.

- Simbolismo e mensagens ocultas nas obras.

 

2. Conduzir o aluno a comparar obras de um mesmo periodo, ou de um mesmo espaço geografico.

 

3. Planificar e desenvolver investigação em História da Arte como parte integrante do processo de decisão em intervenções de conservação e restauro.

 

Conteúdo

 1. Introdução à História da Arte da Idade Moderna. A recuperação da cultura greco-romana - Revisão de princípios filosóficos de ascendência platónica e aristotélica. 

2. Idade Média e Renascimento: continuidades e rupturas. Contexto socio-económico.

3. A arte italiana do "Trecento". Primeiras tentativas de libertação da cultura Bizantina. Caso de estudo : o Crucifixo de Cimabue e o seu restauro em 1966 – Materiais e técnicas.

 4. A pintura de Giotto: historicismo, natureza e intelecto. Casos de estudo : frescos da Basílica Superior de Assis e frescos da Capela dos Scrovegni em Pádua  – Materiais e técnicas.

 5. Estílos e tecnologia da pintura mural - A Intencionalidade formal dos artistas e o seu reflexo na própria matéria e nas técnicas utilizadas (a fresco e a seco). A invenção do tratteggio - O respeito pelas mensagens que veiculam as obras - Confronto entre diferentes casos de estudo.

 6. Perspectiva e Proporções - O Quattrocento Florentino - A construção e representação racional e unitária do espaço e do tempo - Brunelleschi, Donatello e Masaccio - Tratado de Alberti.

 7. Forma geométrica, luz e substância espacial – A obra de Fra Angelico. A pintura "ideia-dogma" segundo Masaccio - A pintura com função didática e valor místico segundo Fra Angelico. Diferentes casos de estudo  – Materiais e técnicas.

 8. Evolução da arte no século XV no Norte da Europa - A pintura flamenga - A "absolutização" da representação pictórica nas obras de Jan Van Eyck e Rogier Van Der Weyden.

 9. A pintura flamenga da segunda metade do séc. XV - Dieric Bouts e a expressão do "espaço-distância". Caso de estudo : A justiça do Imperador Otton III (1470-1475) – Materiais e técnicas.

10. A pintura alemã do século XVI - Contextualização histórica e política. Albrecht Dürer, desenhador, gravador, pintor e tratadista - Os estudos ditos «pre-científicos». Casos de Estudo: Adão e Eva produzidos em 1504, e em 1507 – Materiais e técnicas. Hans Holbein o Novo - A pintura profana e a função do retrato - Obras formando pares. Caso de estudo: Os Ambaixadores, de 1533 – Materiais e técnicas.

 11. Vasco Fernandez e a pintura europeia do Renascimento. Caso de estudo: O Retábulo-mor da Catedral de Viséu (1501-1506) – Materiais e técnicas.

 12. As Descobertas e o efeito da cultura expansionista - A arte no tempo de D. Manuel. Retábulos do Ducado de Barbante - A organização corporatista dos pintores e escultores. Caso de estudo: O retábulo mor da Sé Velha de Coimbra - 1499-1502  – Materiais e técnicas.

 13. O Concílio de Trento e o seu impacto na arte sacra. Obras profanas e religiosas do Caravaggio. Caso de estudo: A Capela de S. Mateus, Saint Louis des Français, Roma  – Materiais e técnicas.

 14. Barroco e Clacissismo na arte europeia do século XVII. O barroco espanhol através das obras de Velázquez  – Materiais e técnicas. O barroco e rococo português - Obras de Frei Cipriano da Cruz e Frei Antonio Ferreira Vilaça. Caso de estudo: Capela de S. Francisco Xavier da extinta Igreja do S. Nome de Jesus, de Coimbra (1632-1688) – Materiais e técnicas.

 

 


Bibliografia

ARGAN, Giulio Carlo, Renacimiento y Barroco, Madrid, Ed. Akal, 1987, 2vols.

AAVV, "História da Arte em Portugal", Lisboa, Publicações Alfa, 1986, vols. 4,5,6,7,8 e 9.

AAVV, "História da Arte Portuguesa", Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, 3 vols.

Garin, Eugénio (dir.), O Homem Renancentista, Lisboa, Ed, Presença, 1991.

Harbison, Craig, The Mirror of the Artist: The Northern Renaissance Art (Prespectives), New Jersey, Prentice Hall, 2003.

 

Snyder, James; Silver, Larry; [et al], Northern Renaissance Art, New Jersey, Prentice Hall, 2004.

Villari, Rosario, O Homem Barroco, Lisboa, Presença, 1994.

Venturi, Lionello, "História da Crítica da Arte", Lisboa, Ed. 70, 1998.

Welch, Evelyn, Art in Renaissance Italy 1350-1500, USA, Oxford University Press, 2001.

Método de ensino

Aulas expositivas com apoio audovisual, complementadas com visitas de estudo a galerias/museus e promovendo, sempre que possível, o contacto directo com as obras.

Em cada aula existirá um período destinado ao esclarecimentos de dúvidas e exercícios práticos afins.

Método de avaliação

3 componentes de avaliação:

1)Teórico-prática (2 testes-intermédios, individuais) - 2)Crítica (relatório de grupo, max. 4 estudantes) - 3)Oral (apresentação em grupo trabalho 2).

Aprovação na frequência: Nota mínima 9,5 (0-20) em cada componente.

Para exame: Faltas máximas não justificadas=3; Ter avaliação nas 3 componentes

ClassificaçãoFinal: média ponderada 1+2+3, ou exame+2+3.

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