Faculdade de Ciências e Tecnologia

Fiabilidade e Gestão da Manutenção

Código

5016

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Departamento

Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial

Créditos

6.0

Professor responsável

Helena Victorovna Guitiss Navas, Rogério Salema Araújo Puga Leal

Horas semanais

4

Total de horas

100

Língua de ensino

Português

Objectivos

  1. Conhecer os conceitos estatísticos fundamentais referentes aos dados de tempo de vida de forma a identificar os métodos de análise mais adequados ao estudo e avaliação da Fiabilidade dos Sistemas Reparáveis dos e Componentes.
  2. Conhecer as vantagens e limitações dos métodos de forma a estabelecer os pressupostos mais adequados á formulação dos modelos estatísticos a utilizar.
  3. Actuar na área Gestão da Manutenção com base em modelos estatísticos de apoio à tomada de decisão, planeando as acções de manutenção centradas na fiabilidade dos sistemas e consequentemente evoluir para uma filosofia de Manutenção Produtiva Total.

Pré-requisitos

A disciplina de Planeamento e Controlo da Qualidade proporciona o contacto com um conjunto de conhecimentos que se revela da maior utilidade para o aluno que pretenda frequentar a disciplina de Fiabilidade e Gestão da Manutenção.

Conteúdo

1.  Introdução

1.1.   Conceito de Fiabilidade

1.2.   Análise de dados em Fiabilidade

1.3.   Fiabilidade dos componentes

1.4.   Sistemas Reparáveis e não Reparáveis

1.5.   O Processo de Poisson

1.6.   O conceito de Manutenção Produtiva Total

2.  Estatística das Falhas

2.1.   Dados Censurados e não Censurados

2.2.   Função de risco versus  função densidade de probabilidade

2.3.   Distribuição Lognormal

2.4.   Distribuições de Weibull e Gumbel

2.5.    Distribuição Gama

3.  Sistemas Reparáveis

3.1.   Processos Estocásticos Pontuais

3.1.1.       Testes de Tendência e Independência

3.1.2.       Processos de Poisson Homogéneos

3.1.3.       Processos de Poisson não Homogéneos

3.1.4.       Processos de Poisson Ramificados

3.1.5.       Processos Renovados

3.1.6.       Processos Renovados Sobrepostos

3.2.   Modelos de Regressão

3.2.1.       Modelos Acelerados de Tempo de Vida

3.2.2.       Modelos de Riscos Proporcionais (Modelo de Cox)

4.  Gestão da Manutenção

4.1.   Planeamento e Programação da Manutenção

4.1.1.       Codificação dos objectos de manutenção

4.1.2.        Documentação e dados para planeamento

4.1.3.       Planeamento da manutenção

4.1.4.       Planeamento da manutenção de uma instalação

4.1.5.       Preparação do trabalho

4.1.6.       O controlo da manutenção

4.1.7.       O orçamento da manutenção

4.2.   Organização da Manutenção e Recursos Humanos

4.2.1.       A integração da manutenção na estrutura da empresa

4.2.2.       Especialização e Polivalência

4.2.3.       Motivação e trabalho em equipa

4.2.4.       Formação

4.3.   Estratégia da manutenção

4.3.1.       Estratégia de Manutenção e Estratégia da Empresa

4.3.2.       Definição e Implementação das Políticas de Manutenção

4.3.3.       Manutenção e TQM

4.3.4.       A manutenção e os Novos Investimentos

4.3.5.       Subcontratação ou Recursos Internos

4.4.   Custos associados à manutenção

4.4.1.       Factores de custo na manutenção

4.4.2.       Elementos para cálculo dos custos

4.4.3.       Custos directos

4.4.4.       Custos indirectos

4.4.5.       As decisões de manutenção baseadas nos custos

4.5.   Gestão de sobressalentes

4.6.    Manutenção Condicionada

4.6.1.       Conceito

4.6.2.       Metodologia

4.6.3.       Controlo de condição

4.7.   Manutenção Produtiva Total (TPM)

4.7.1.       Conceito, objectivos, áreas de aplicação e vantagens

4.7.2.       Metodologia

4.7.3.       Ferramentas estatísticas  no TPM

4.7.4.       O objectivo “Zero-Avarias”

4.8.   Sistemas de Informação para Gestão da Manutenção

4.8.1.       A importância dos registos históricos

4.8.2.       Indicadores para gestão da manutenção

4.8.3.       Sistemas informáticos para apoio à gestão da manutenção

Bibliografia

  1. Ascher, H. and Feingold, H. (1984), Repairable System Reliability. Modelling, Inference, Misconceptions and Their Causes, Marcel Dekker, New York.
  2. Crowder, M.J., Kimber, A.C., Smith, R.L. and Sweeting (1994), Statistical Analysis of Reliability Data, Chapman and Hall, London.
  3. Guimarães, R.C. e Cabral, J.S.(1997), Estatística, MacGraw-Hill.
  4. Ho, S.K. (1995), TQM - an Integrated Approach, Kogan Page Limited, UK.
  5. Krishnamoorthi, K.S. (1992), Reliability Methods for Engineers, ASQC Quality Press
  6. O’Connor, P. D. T. (1991), Practical Reliability Engineering, Wiley, New York..
  7. Smith, S. (1993), Reliability Centred Maintenance, Reuters.

Método de ensino

O método de ensino combina a abordagem expositiva, nomeadamente nas aulas teóricas, com abordagens centradas em prática simulada no domínio da aplicação dos conceitos. O trabalho prático da disciplina procura que os alunos testem e demonstrem a aquisição de conhecimento técnico e, também, a aquisição de competências de relacionamento interpessoal orientadas para o trabalho em equipa.

Método de avaliação

  • A avaliação dos alunos é feita por intermédio da realização de dois mini-testes (T1 e T2), um trabalho prático (TP) e exame.
  • A obtenção de frequência na disciplina pressupõe a obtenção da classificação de pelo menos 7 valores no trabalho prático.
  • A frequência é válida por um ano.
  • A aprovação pressupõe a obtenção de pelo menos 10 valores no exame final.
  • A dispensa de exame pressupõe a obtenção da média ponderada dos dois mini-testes e do trabalho prático de pelo menos 10 valores. Neste caso, o valor calculado constitui a classificação final:

(T1 + T2 + TP) / 3 ≥ 10

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