Faculdade de Ciências e Tecnologia

Modelação de Sistemas

Código

7820

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Departamento

Departamento de Matemática

Créditos

6.0

Professor responsável

Ruy Araújo da Costa

Horas semanais

4

Língua de ensino

Português

Objectivos

A abordagem de um problema de Investigação Operacional subentende uma primeira fase de modelação - a modelação de um sistema e/ou de processo(s). A modelação de sistemas e/ou processos para além de requerer alguma imaginação e capacidade de concetualização, obriga ainda à utilização de conhecimentos de diferentes áreas, nomeadamente as Probabilidades e Estatística e a Informática (na óptica do utilizador).

Assim, esta unidade curricular visa reforçar a capacidade de integração de conhecimentos de diferentes áreas, com vista a habilitar os alunos a modelar sistemas e/ou processos. A u.c. será leccionada em laboratório computacional, a partir de "case studies", que na sua maioria estão concebidos para poderem ser abordados com a utilização de folhas de cálculo Excel. Os alunos terão a oportunidade de desenvolver rotinas recorrendo ao módulo de Visual Basic do Excel.

Em cada sessão, se necessário, será feita uma introdução ao tema do "case study" a ser abordado; após a abordagem durante o tempo estipulado, os alunos entregam "mini-relatórios" (para avaliação) e segue-se uma exposição sobre o tema, são referidas diferentes abordagens com vista à resolução do "case study" e apresentados resultados obtidos.   Será ainda feito o enquadramento do "case study" na Investigação Operacional (sendo referidas as matérias eventualmente estudadas anteriormente, ou que virão a ser abordadas em u.c.s subsequentes).

Pré-requisitos

É vantajoso os alunos terem conhecimentos básicos de IO. É importante algum à-vontade na utilização de folhas de cálculo.

Conteúdo

1.
Introdução à Modelação de Sistemas e/ou Processos
2.
Modelação de Sistemas / Aplicações: Resolução de "Case Studies":
2.1.
Introdução às Heurísticas: O Problema da Mochila.
2.2.
Otimização com restrições - Multiplicadores de Lagrange.
2.3.
Caraterização da relação de dependência entre valores consecutivos de uma série temporal.
2.4.
Introdução à Estatística de Extremos - a distribuição de Gumbel.
2.5.
Modelação de Processos de Poisson; relação entre as distribuições Exponencial e de Poisson.
2.6.
Filas de Espera: aditividade de processos de Poisson.
2.7.
Gestão de Stocks: abordagem conjunta da política de descontos e de uma restrição financeira.
2.8.
Previsão: modelo com tendência não linear e sazonalidade.
2.9.
Cadeias de Markov - Políticas de Manutenção de equipamentos.
2.10.
Simulação.
2.11.
Fiabilidade (simulação).
2.12.
Gestão de Projetos (simulação).

Bibliografia

1.
How to Model It - Problem Solving in the Computer Age (1990), Starfield,A; Smith,K. e Bleloch,A. - Mc Graw Hill Int.
2.
Strategies for Creative Problem Solving (1994), Fogler,H.S.;LeBlanc,S.E - Prentice Hall.
3.
Nonparametric Statistics for the Behavioral Sciences (1988), Siegel,S. Castellan Jr.,N. - Mc Graw Hill Int..

4.  Excel 2007 - Data Analysis and Business Modelling (2007), Winston,W - Microsoft Press

Método de ensino

As aulas desta disciplina decorrem em laboratório computacional.   É utilizada a plataforma Moodle.

Em cada aula, os alunos recebem um enunciado de um "Problema Formativo" (PF) - um pequeno "Case Study" - , geralmente acompanhados de ficheiro(s) de dados disponibilizados nos computadores.

Quando necessário, é feita uma pequena apresentação do tema do PF.   Os alunos são distribuídos em grupos de 2 ou 3 alunos por computador e dsiporão de 60 a 90 minutos para analisar o PF proposto.   Cada grupo apresenta um pequeno Relatório sobre os resultados a que chegou.   Cada grupo envia o respectivo Relatório ao docente, recorrendo à palataforma Moodle. 

Em seguida, os vários grupos apresentam oralmente as suas estratégias para resolução do PF, seguindo-se uma discussão sobre as várias estratégias, suas limitações e potencialidades.  O docente apresenta, em seguida, uma (ou mais) resolução(ões) para o PF, enquadrando o respectivo tema no contexto da Investigação Operacional.

Finalmente, são sugeridas extensões do PF estudado, sendo os alunos encorajados a fazer "Trabalhos de Casa", que enviarão ao docente, via Moodle.

A meio do semestre, os alunos terão de fazer um Trabalho de Grupo, que lhes permitirá sedimentar conceitos apresentados.   O referido Trabalho será objecto de discussão escrita.

Cada aluno deve ainda ser avaliado em 2 Testes individuais.

Método de avaliação

                              I – Aspectos Gerais 
 
1 - Qualquer fraude no processo de avaliação de conhecimentos implica a reprovação no corrente ano lectivo (incluindo a Época Especial) e será participada ao Conselho Directivo para procedimento disciplinar.
 
2 -   Para se submeter a exame, um aluno terá entregar na Secretaria do Departamento de Matemática, com uma semana de antecedência sobre a data da  avaliação, o correspondente Caderno de Exame sem ser preenchido.   O não cumprimento da regra anterior poderá impedir o aluno de ser avaliado.
 
3 -   Todo o aluno sem “estatuto especial” deverá obter Frequência para poder aceder a Exame.  
 
 
                II – Avaliação de conhecimentos 
 
A avaliação de conhecimentos em “modelação de Sistemas” tem três componentes: Problemas Formativos, Trabalho de Grupo e Avaliação escrita individual.
 
1 -  Problemas Formativos (PF):
Para efeitos de classificação, serão escolhidas as n melhores classificações obtidas nos diferentes PF, sendo a sua média a classificação  atribuída à parcela "Problemas Formativos" - n
será o maior número inteiro que não excede 3/4 do número total de PF apresentados.
 
Nota:   Os alunos com “Estatuto de Trabalhador-Estudante” devidamente reconhecido pela Divisão Académica da FCT-UNL, caso estejam impossibilitados de realizar os Problemas Formativos, serão avaliados por escrito com um Problema Formativo único a realizar imediatamente após a discussão escrita do Trabalho de Grupo (ver ponto seguinte).
 
2 -   Trabalho de Grupo 

O enunciado e os dados são facultados aos alunos durante o mês de Abril, devendo os grupos entregar os seus relatórios no prazo de quatro semanas.
 
O relatório de cada grupo será posteriormente objecto de discussão obrigatória e por escrito, sendo os alunos classificados a partir do relatório entregue e do seu desempenho na discussão.
 
3 -   Frequência – Os alunos sem “Estatuto Especial” terão de estar presentes em, pelo menos, dois terços das aulas leccionadas para poderem ter Frequência na disciplina.    Adicionalmente, exigir-se-á a todos os alunos que obtenham uma classificação media não inferior a 9,5 valores nos Problemas Formativos e Trabalho de Grupo para obtenção de Frequência.
 
4 -   Classificação Final A avaliação escrita individual será feita por Teste/Exame escrito, com 180 minutos de duração.  Na Época Normal decorrerá o Teste.
 
Na Época de Recurso decorrerá uma chamada de Exame para alunos com Frequência inscritos nesta Época de Avaliações - sem aprovação na Época Normal, ou com aprovação e a fazer "melhoria".
 
Seja  CE  a classificação obtida pelo aluno no Teste/Exame escrito.
 
Se CE for inferior a 9,5 valores, o aluno estará Reprovado
; caso contrário, estará Aprovado, sendo a sua classificação final (CFin) o valor inteiro obtido por arredondamento simétrico de (  0,2 . CPF  +  0,4 . CTrab + 0,4 . CE  ), designando CPF a classificação obtida nos Problemas Formativos e CTrab a classficação obtida no Trabalho de Grupo (inc. discussão).
 
5 - Melhoria de Nota   -
Um aluno já aprovado na disciplina poderá, de acordo com as normas legais (e fazendo a correspondente inscrição na Divisão Académica) submeter-se a "Melhoria de Nota".   Para tal, é dada a possibilidade de o aluno melhorar a sua Classificação do Trabalho de Grupo  e / ou  a sua Classificação no Teste/Exame.   A Classificação nos Problemas Formativos não poderá ser alterada.
 
A melhoria da classificação no Exame obtém-se com a prestação de nova prova de Exame, sendo considerada a melhor das classificações obtidas pelo aluno no Exame.   Assim, se CEmelh for a classificação obtida no Exame para melhoria de nota, a classificação final no Exame CEfin será dada por:
 
            CEfin  =  Máx ( CE , CEmelh )
 
A melhoria de classificação do Trabalho de Grupo faz-se com a realização de um trabalho individual, cujo relatório deverá ser entregue para classificação quatro semanas após a recepção do enunciado.   A classificação obtida por um aluno no referido trabalho, CTmelh, será considerada para determinação da Classificação Final, mesmo que seja inferior à anterior classificação obtida no Trabalho de Grupo.
 
A classificação final de um aluno que se submeta a Melhoria de Nota será dada por  máx [  CFin anterior ; CFinMelh  ] .
 
A classificação Final de Melhoria será dada por  0,2 . CPF  +  0,4 . CTrab + 0,4 CE   se o aluno só tiver feito exame de melhoria, ou por  0,2 . CPF  +  0,4 . CTmelh + 0,4 . CE se o aluno tiver feito apenas melhoria do Trabalho de Grupo, ou por  0,2 . CPF  +  0,4 . CTmelh + 0,4 . CEXfin  se o aluno tiver feito melhoria das duas componentes.

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