Faculdade de Ciências e Tecnologia

Química Orgânica (CR)

Código

10867

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Departamento

Departamento de Química

Créditos

6.0

Professor responsável

Ana Maria Ferreira da Costa Lourenço, Ana Maria Félix Trindade Lobo

Horas semanais

6

Total de horas

72

Língua de ensino

Português

Objectivos

Pretende-se que o aluno adquira a capacidade de entender o comportamento de um conjunto de compostos orgânicos naturais e sintéticos utilizados ao longo dos anos na produção de diferentes objectos e obras de arte. Para tal é necessário apreender inicialmente a estrutura e  propriedades dos compostos,  e a reactividade dos grupos funcionais envolvidos nas estruturas dos compostos em causa – carbo-hidratos e polissacáridos, aminoácidos e proteínas, triglicéridos, ácidos gordos, óleos e ceras, compostos com cor de origem natural e sintética.

Os alunos são preparados para a realização de ensaios qualitativos que se utilizam em laboratório para separar,  identificar a presença e o comportamento das moléculas monoméricas e poliméricas acima descritas.

 

Pré-requisitos

Não tem.

Conteúdo

1. Compostos de carbono: ligação e estrutura – Ligação química – o átomo e a sua estrutura; a ligação química; electronegatividade; ligação covalente do carbono. Compostos orgânicos – fórmulas em química orgânica; características e classificação de compostos orgânicos. Reacções – ácido base; electrófilos e nucleófilos; introdução a mecanismos de reacções.

2. Compostos orgânicos – Hidrocarbonetos – estrutura e propriedades; isomerismo constitucional, isomerismo cis-trans, isomerismo conformacional, introdução à isomeria óptica. Outros grupos funcionais – estrutura e propriedades. Determinação da estrutura – breve referência a métodos de separação e espectrocópicos.

3. Triglicéridos: Óleos e Gorduras – Estrutura e propriedades. Grau de insaturação e estado físico; número de iodo. Reacções de hidrogenação, saponificação e oxidação. O papel dos óleos na secagem de tintas e vernizes; mecanismo do processo de secagem e factores que o afectam. Amarelecimento de filmes de óleo. Aplicações em conservação e restauro.

4. Ceras naturais – Estrutura e propriedades. Aplicações em conservação e restauro.

5. Polímeros naturais, semi-sintéticos e sintéticos – Diferentes tipos de polímeros. Breve história do desenvolvimentos de polímeros sintéticos. Diferentes tipos de ligação entre os monómeros. Poliolefinas, poliésteres e poliamidas. Péptidos e proteínas– ocorrências, exemplos e propriedades. Amino-ácidos – características estruturais e propriedades físicas e químicas; quiralidade e sua consequência nos produtos naturais. Processos mais comuns de degradação de polímeros: hidrólise, fotodegradação e biodegradação. Datação de objectos contendo material proteico. Breve referência ao uso de polímeros em arte, conservação e restauro.

6. Hidratos de carbono – Ocorrência e funções. Características estruturais e propriedades físicas e químicas. Nomenclatura e classificações. Ligação glicosídica – características, formação e hidrólise. Estrutura e propriedades de monossacáridos, dissacáridos e polissacáridos. Estereoquímica de hidratos de carbono. Particular referência a celulose e seus derivados (nitrato de celulose e acetato de celulose); quitina; amido e glicogénio.Problemas da conservação e restauro do papel.

7. Moléculas orgânica com cor - breve referência aos principais tipos de moléculase suas características estruturais.

Bibliografia

- A. M. Lobo, M. M. Pereira, A. M. Lourenço, "Química Orgânica", 2014

- P. Mata, "Notas de Apoio às Aulas Teóricas de Química Orgânica", 2004

- J. S. Mills, R. White, “The Organic Chemistry of Museum Objects”, Butterworth-Heineman, 1994

- A. M. Lobo, S. Prabhakar, “Química – Vol. 3. Química Orgânica”, Instituto Português de Ensino à Distância, 1980

- K. P. C. Vollhardt, N.E. Shore, “Organic Chemistry”, Freeman, 1998

- A. W. Johnson, "Invitation to Organic Chemistry", Jones and Bartlett, 1999

 - S. Prabhakar, "Notas para a Cadeira de Química III", FCT, UNL, 1980

Método de ensino

 Aulas teóricas onde é apresentada a matéria descrita no programa. A exposição da matéria será    será  feita  com o apoio de data-show e sempre procurando estabelecer a interactividade entre a            d  docente e os alunos.

Em duas aulas teóricas serão realizados os testes de avaliação da matéria teórica. O primeiro   a                 ter lugar a meio do semestre e o segundo próximo do seu final.

Aulas práticas onde são realizados trabalhos laboratoriais relacionados com a matéria dada nas aulas  aulas teóricas. Quatro destas aulas terão um cariz teórico-prático e servirão para resolução de  de           problemas sobre a matéria teórica. Na última aula prática realiza-se um teste escrito e                              individual sobre os trabalhos práticos realizados.

Método de avaliação

Regras Gerais

A avaliação é contínua.

A avaliação total da disciplina tem uma componente teórica e uma componente prática. Para a aprovação à disciplina cada uma destas componentes tem que ter individualmente classificação global igual ou superior a 9,5 valores.

Avaliação Teórica

Na parte teórica será tida em consideração a frequência e participação nas aulas. Realizam-se dois testes no decorrer do semestre. Esta avaliação teórica tem peso de 75% para a classificação final.

Os testes teóricos são individuais, escritos, sem consulta e serão classificadas de 0 a 20 valores.

Os alunos que não fizerem testes e os que não tenham obtido média suficiente poderão ir a exame.

Avaliação Prática

Para a nota prática serão considerados a avaliação contínua durante o semestre e um teste prático. A avaliação contínua inclui a preparação dos trabalhos práticos, o desenvolvimento do trabalho laboratorial, a elaboração do caderno de laboratório individual e a resolução de problemas distribuídos. O teste é individual, escrito, sem consulta e tem um peso de 50% para a nota prática.

A nota prática global tem peso de 25% para a nota final à disciplina.

Alunos com Frequência de Anos Anteriores

Os alunos que realizaram as práticas em anos anteriores e obtiveram uma classificação igual ou superior a 10 valores não necessitarão de realizar trabalhos práticos.

Caso desejem melhorar a nota prática poderão repetir os trabalhos práticos e ficarão com a melhor das duas notas.

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