
Arte e Experiência
Código
722031033
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento
Filosofia
Créditos
10
Horas semanais
3 letivas + 1 tutorial
Língua de ensino
Português
Objectivos
a) Compreender, por um lado, a especificidade filosófica do questionamento estético e, por outro, a amplitude do campo disciplinar da Estética, o qual não se confunde mas se cruza com o da Filosofia da Arte;
b) Circunscrever a noção de “experiência estética”, a partir dos sentidos paradigmáticos que a palavra “experiência” assume em Filosofia e do seu uso nos domínios da Arte, distinguindo as várias perspectivas acerca da definição e do conteúdo da “experiência estética” na sua dinâmica histórica;
c) Problematizar o sentido e a pertinência desta noção na compreensão e análise das várias modalidades artísticas contemporâneas e na recepção crítica das suas expressões.
Pré-requisitos
Não aplicável.
Conteúdo
A noção central deste seminário é a de “experiência estética”, pensada em particular no âmbito da criação e da recepção das obras de arte. O seu lugar, outrora determinante para a definição do campo disciplinar da Estética, parece ter-se tornado problemático, sobretudo, a partir da segunda metade do século XX, no confronto com algumas vanguardas do modernismo tardio (nomeadamente, da Pop Art e da Arte Conceptual) e com aquilo a que começou a chamar-se de “arte contemporânea”. De modo a tornar mais concreta a investigação, especificar-se-á a noção de “experiência estética” no âmbito de algumas formas artísticas particulares e no confronto directo (experiencial) com as obras de arte contemporâneas e com os artistas.
Bibliografia
- Dewey, J. (1980) [1934]. Art as Experience. New York: Perigee Books.
-Kant, I. (1998) [1790]. Crítica da Faculdade do Juízo, trad. A. Marques & V. Rohden. Lisboa: Imprensa Nacional.
- Jimenez, M. (2005). La Querelle de l’art contemporain, Paris: Folio-Essais/ Gallimard.
- Mèredieu, F. (2008). Histoire matérielle et immatérielle de l’art moderne & contemporain. Paris: Larousse.
- Rousseau, J.-J. (1972). Les Rêveries du promeneur solitaire. Paris: Gallimard.
- Shusterman, R. (1997). The End of Aesthetic Experience. The Journal of Aesthetics and Art Criticism Vol. 55, Nº 1, 29-41.
- Shusterman, R., & Tomlin, A. (Eds.) (2008). Aesthetic Experience. New York: Routledge.
Método de ensino
(a) A maior parte das aulas são aulas de exposição dialogada, isto é, de exposição teórica mas com espaço para perguntas e intervenção dos alunos, bem como para a leitura de passagens relevantes dos textos em análise.
(b) Algumas aulas são leccionadas no chamado “regime de seminário”, i.e., consistem em leitura, comentário e análise de texto.
(c) Por fim, algumas aulas consistem na discussão — com os alunos — de matérias já expostas e dos problemas que elas levantam.
Método de avaliação
(d) O principal elemento de avaliação é um trabalho escrito com cerca de 12 páginas (70%);
(e) O segundo elemento de avaliação consiste numa breve apresentação e discussão oral; (f) assiduidade e a participação.