NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Imunologia

Código

11155

Unidade Orgânica

NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas

Departamento

MCM

Créditos

4

Professor responsável

Prof. Doutor António Sousa Guerreiro

Língua de ensino

Português

Objectivos

Os objectivos do ensino da disciplina de Imunologia no 3º ano do currículo médico, são os seguintes:

 

-          Que os alunos no final do semestre tenham conhecimentos sobre a constituição do Sistema Imunitário e sobre a Resposta Imunitária como mecanismo de defesa.

 

-          Que os alunos no final saibam os mecanismos imunitários indutores de patologia bem como a forma como a Resposta Imunitária pode ser modulada.

 

-          Que os alunos compreendam a dinâmica dos conhecimentos contidos numa ciência de desenvolvimento rápido que se integra em todas outras ciências médicas.

 

-          Que os alunos fiquem com apetência para o estudo futuro da Imunologia através duma introdução sumária à compreensão das grandes áreas da Patologia Imunológica, designadamente Deficiências Imunitárias, Hipersensibilidade, Auto-imunidade, Doenças Linfoproliferativas, Imunologia Tumoral e Imunologia da Transplantação.

 

Pré-requisitos

 

Conteúdo

Aulas teóricas:
- Introdução
- O SI: Conceitos Gerais da sua constituição e funcionamento.
- Sistema do Complemento
- RI Inata.
- Anticorpos e Antigénios
- Células do SI e sua identificação por citometria de fluxo
Maturação da célula B e T
- Complexo Major de Histocompatibilidade
- RI Mediada por Células T e B
- Regulação da RI
- Hipersensibilidade
- Imunodeficiências Primárias
- Imunologia da Transplantação
- Imunohematologia
- Doenças Linfoproliferativas
- Imunologia Tumoral
- Autoimunidade
- Doenças Emergentes
- Imunologia das Doenças Infecciosas
- Imunopatogenia da Infecção pelo VIH
- Imunoterapia. Perspectivas Futuras.

Aulas Práticas:
- Meios Complementares de Diagnóstico em Imunologia
- Casos Clínicos
- Transplantação
- Imunofenotipagem de Células Hematopoiéticas
- Auto-Imunidade

Bibliografia

Arosa, F., Caetano, E., Pacheco, F. (2012) 2ª ed. “Fundamentos de Imunologia”. Lidel. ISBN 978-972-757-856-6.

Owen, J. A, Punt, J., Stranford, S. A, Jones, P. P, & Kuby, J. (2013). Kuby immunology. 7th ed. New York: W.H. Freeman.

Murphy, K. (2011) 8th ed. “Janeway’s Immunobiology”. Garland Science. ISBN 978-081-534-243-4.

BIBLIOGRAFIA ACONSELHADA

Alegretti A et al. 2009. O papel das proteínas reguladoras do complemento CD55/CD59 em células de sangue periférico de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. Rev Bras Reumatol, 49(3):276-87.

Antunes A et al. 2003. Sindrome de anticorpos antifosfolipidos, revisitado a propósito de dois casos clínicos. Acta Reum Port, 28:107-113.

Bacchetta R et al. 2007. Role of regulatory T cells and FOXP3 in human diseases. J Allergy Clin Immunol, 120:227-35. doi: 10.1016/j.jaci.2007.06.023

Baecher-Allan C et al. 2001. CD4+CD25 high regulatory cells in human peripheral blood. J Immunol, 167:1245-53.

Bluestone JA and Abbas AK. 2003. Natural versus adaptive regulatory T cells. Nat Rev Immunol, 3:253-7. doi: 10.1038/nri1032

Bruce AL. 2003. Autoimmune hepatitis. Making sense of all those antibodies. Postgrad Med, Jul;114(1):79-82, 85-8. doi: 10.3810/pgm.2003.07.1455

Carneiro-Sampaio M and Coutinho A. 2007. Immunity to Microbes: Lessons from Primary Immunodeficiencies. Infect Immun, 75(4): 1545–1555. doi: 10.1128/IAI.00787-06

Casanova JL et al. 2008. Revisiting human primary immunodeficiencies. J Intern Med, 264; 115–127. doi: 10.1111/j.1365-2796.2008.01971.x

Cohen et al. 2010. Diagnosis and management of the antiphospholipid syndrome. BMJ, 340: c2541. doi: 10.1136/bmj.c2541

Danke NA et al. 2004. Autoreactive T cells in healthy individuals. J Immunol, 172:5967-72.
Danowski A et al. 2006. Anti-beta2-glycoprotein I: prevalence, clinical correlations, and importance of persistent positivity in patients with antiphospholipid syndrome and systemic lupus erythematosus. J Rheumatol, 33(9):1775-9.

Fontenot JD et al. 2003. Foxp3 programs the development and function of CD4+CD25+ regulatory T cells. Nat Immunol, 4:330-6. doi: 10.1038/ni904

Geha R et al. 2007. Primary immunodeficiency diseases: an update from the International Union of Immunological Societies Primary Immunodeficiency Diseases Classification Committee. J Allergy Clin Immunol, 120:776-94. doi: 10.1016/j.jaci.2007.08.053

Iturry-Yamamoto GR and Portinho C. 2001. Sistema do Complemento: Activação, Regulação e Deficiências Congénitas e adquiridas. Rev Ass Med Brasil, 47(1):41-51.

Johansson S et al. 2001. A revised nomenclature for allergy. An EAACI position statement from the EAACI nomenclature task force. Allergy, 56:813-24. doi: 10.1111/j.1398-9995.2001.00002.x-i1

Klein J and Sato A. 2000. The HLA System, First of Two Parts. N Engl J Med, 343: 702-709. doi: 10.1056/NEJM200009073431006

Lederman H et al, for the AIDS Clinical Trials Group 889 Study Team. 2003. Incomplete Immune Reconstitution after Initiation of Highly Active Antiretroviral Therapy in Human Immunodeficiency Virus-Infected Patients with Severe CD4+ Cell Depletion. J Infect Dis, 188:1794-803. doi: 10.1086/379900

Lima J. 2006. Trombofilias e Gravidez. Boletim da Sociedade Portugues de Hemorreologia e Microcirculação (SPHM), 21: 6-23.

Ling EM et al. 2004. Relation of CD4+CD25+ regulatory T-cell suppression of allergen-driven T-cell activation to atopic status and expression of allergic disease. Lancet, 363:608-15. doi: 10.1016/S0140-6736(04)15592-X

Liu W et al. 2006. CD127 expression inversely correlates with FoxP3 and suppressive function of human CD4+ T reg cells. J Exp Med, 10:1701-10. doi: 10.1084/jem.20060772

Maggi E et al. 2005. Thymic regulatory T cells. Autoimmun Rev, 4:579-86. doi: 10.1016/j.autrev.2005.04.010

Mohammed A and Stanley SL. 2000. Understanding and Identifying Monoclonal Gammopathies. Clin Chem, 46:8(B) 1230-1238.

Mottet C and Golshayan D. 2007. CD4+CD25+Foxp3+ regulatory T cells: from basic research to potential therapeutic use. Swiss Med Wkly,137:625-34.

Notarangelo L et al for the International Union of Immunological Societies Expert Committee on Primary Immunodeficiencies. 2009. Primary immunodeficiencies: 2009 update. J Allergy Clin Immunol, 124:1161-78. doi: 10.1016/j.jaci.2009.10.013

Oliveira J and Gupta S. 2008. Disorders of Apoptosis: Mechanisms for Autoimmunity in Primary Immunodeficiency Diseases. J Clin Immunol, 28:S20-S28. doi: 10.1007/s10875-007-9161-4

Palucka K and Banchereau J. 2002. How Dendritic cells and microbes interact to elicit or subvert protective immune responses. Current Opinion in Immunology, 14:420-431. doi: 10.1016/S0952-7915(02)00365-5

Sakaguchi S et al. 1995. Immunologic self-tolerance maintained by activated T cells expressing IL-2 receptor alpha-chains (CD25). Breakdown of a single mechanism of self-tolerance causes various autoimmune diseases. J Immunol, 155:1151-64.

Sakaguchi S et al. 2006. Foxp3+ CD25+ CD4+ natural regulatory T cells in dominant self-tolerance and autoimmune disease. Immunol Rev, 212:8-27. doi: 10.1111/j.0105-2896.2006.00427.x

Tuthill JI and Khamashta MA. 2009. Management of antiphospholipid syndrome. J Autoimmun, 33: 92-98. doi: 10.1016/j.jaut.2009.05.002

van Lochem EG et al. 2004. Immunophenotypic differentiation patterns of normal hematopoiesis in human bone marrow: Reference patterns for age-related changes and disease-induced shifts. Cytometry B Clin Cytom, 60B: 1–13. doi: 10.1002/cyto.b.20008

Vries E. 2012. Patient-centred screening for primary immunodeficiency, a multi-stage diagnostic protocol designed for non-immunologists: 2011 update. Clin Exp Immunol, 167(1):108-19. doi: 10.1111/j.1365-2249.2011.04461.x

Wood P et al. 2007. Recognition, clinical diagnosis and management of patients with primary antibody deficiencies: a systematic review. Clin Exp Immunol, 149:410-423. doi: 10.1111/j.1365-2249.2007.03432.x

Zhu J and Paul WE. 2008. CD4 T cells: fates, functions, and faults. Blood, 112:1557-1569. doi: 10.1182/blood-2008-05-078154

(Independentemente de outros artigos que venham a ser sugeridos para determinados conteúdos durante as aulas).

Método de ensino

O curso encontra-se organizado por duas semanas iniciais de aulas teóricas de Imunologia Básica e um período posterior de 12 semanas de aulas téoricas e 6 semanas de aulas teórico práticas. As aulas teóricas serão ministradas com o apoio de métodos de suporte informático, e decorrerão no Edifício Sede FCM.

As aulas teórico-práticas serão leccionadas com o auxílio de meios audiovisuais, bem como pela exemplificação de técnicas laboratorias e eventual execução pelos alunos. Estas aulas decorrerão no Laboratório de Ensino de Imunologia/Microbiologia.

 

É obrigatória a presença em pelo menos 2/3 das aulas teórico-práticas. Todos os alunos que excedam 1/3 das faltas permitidas estarão automaticamente reprovados à disciplina. Esta regra não se aplica a alunos com estatuto especial (ex: estatuto de trabalhador-estudante).

 

No final do curso será efetuada uma prova escrita de avaliação.

 

Método de avaliação

No final do curso de Imunologia será efetuada a segunda prova escrita, no final das, constituída por um teste de escolha múltipla com 80 perguntas, 5 alíneas por pergunta. Em cada pergunta há apenas uma alínea correta, tendo cada uma a cotação de 0,25 valores. O teste terá a duração de 90 minutos, sendo apenas corrigidas as questões assinaladas numa grelha de respostas e a esferográfica. Desta prova constaram perguntas de toda a matéria leccionada no curso teórico e no curso teórico-prática.

Os alunos apenas terão aprovação à disciplina se obtiverem a classificação final, de 9,5 valores.

As provas poderão ser consultadas pelos alunos interessados, mediante inscrição prévia, na manhã seguinte ao exame escrito.

Apenas poderão fazer exame oral os alunos que, pontualmente, possam ter suscitado dúvidas ao corpo docente da classificação obtida, os quais serão previamente avisados durante a prova escrita e pela afixação em pauta. Poderão ainda fazer exame oral todos os alunos aprovados no exame escrito, e que não queiram aceitar a classificação obtida, sendo automaticamente eliminada a classificação das provas escritas e procedendo-se ao exame oral como forma de classificação, que será vinculativa, podendo determinar desde a reprovação do aluno até à obtenção de uma nota positiva de 10 a 20 valores.

Todos os alunos que não obtenham aprovação durante a época normal, ou que pretendam candidatar-se a melhoria de nota em época posterior, efetuarão um exame final, com toda a matéria lecionada, sendo a nota final apenas respeitante à classificação obtida neste exame, perdendo a classificação obtida em qualquer das provas efetuadas anteriormente.

 

Cursos