NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Cuidados paliativos pediátricos

Código

11219

Unidade Orgânica

NOVA Medical School|Faculdade de Ciências Médicas

Departamento

MMIA

Créditos

3

Professor responsável

Dra. Ana Forjaz Lacerda

Língua de ensino

Português

Objectivos

Os cuidados paliativos pediátricos constituem um direito humano básico para todas as crianças portadoras de doenças crónicas complexas, limitantes ou ameaçadoras da vida. Há muitas barreiras à sua prestação, destacando-se os mitos relacionados com o seu âmbito, os recursos necessários e as intervenções possíveis.

Tem havido um reconhecimento crescente da necessidade de desenvolvimento  destes cuidados - não só tem aumentado a sobrevivência de patologias antes rapidamente letais, mas também para os profissionais urge uma reorganização que permita servir as necessidades sentidas (e não satisfeitas) pelas populações.

Portugal é o país menos desenvolvido da Europa Ocidental nesta área, sendo urgente formar os profissionais de saúde (com destaque para a Pediatria Médica e Cirúrgica) motivando-os para a humanização dos cuidados, a sua reestruturação e a cooperação a vários níveis (interdisciplinar e interinstitucional).

Pretende-se providenciar conhecimentos sobre o âmbito e as necessidades paliativas em Pediatria, a organização e planificação de serviços / criação de equipas, e a relação / comunicação com a criança e família.

 

Pré-requisitos

 

Conteúdo

1.      Princípios dos cuidados paliativos pediátricos;

2.      Necessidades paliativas em Pediatria;

3.      Panorama nacional e internacional;

4.      Organização de serviços;

5.      Planeamento de cuidados;

6.      Questões éticas em cuidados paliativos pediátricos;

7.      Comunicação com a criança e família;

8.      Conceitos de saúde e doença na criança;

9.      Luto;

10.   Apoio social;

11.   Papel da escolaridade;

12.   Papel da intervenção lúdica;

13.   Articulação interdisciplinar;

14.   Articulação interinstitucional;

15.   Experiência do Departamento de Pediatria do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE;

16.   Experiência do Serviço de Neurologia do Hospital de Dona Estefânia, CHLC

17.   Experiência da Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Hospital S. Francisco Xavier, CHLO;

18.   Experiência das Unidades Móveis de Apoio Domiciliário;

19.   Discussão de casos clínicos.

 

 

Bibliografia

A core care pathway for children with life-limiting and life-threatening conditions. Together for Short Lives; 2013.

FACTS. Cuidados paliativos para recém nascidos, crianças e jovens. Fondazione LeFebvre D'Onlus. 2009.

American Academy of Pediatrics. Pediatric palliative care and hospice care commitments, guidelines, and recommendations. Pediatrics 2013;132(5):966.

American Academy of Pediatrics. Palliative care for children. Pediatrics 2000;106 (2(pt 1)):351.

Doug M et al. Transition to adult services for children and young people with palliative care needs: a systematic review. Arch Dis Child 2011;96(1):78.

IMPaCCT - standards for pediatric palliative care in Europe. Eur J Palliat Care 2007; 14 (3): 109.

Larcher V et al, on behalf of the Royal College of Paediatrics and Child Health. Making decisions to limit treatment in life-limiting and life-threatening conditions in children: a framework for practice. Arch Dis Child 2015; 100 (suppl 2): s1.

Wender E. Committee on psychosocial aspects of child and family health. Supporting the family after the death of a child. Pediatrics 2012; 130 (6): 1164.

Método de ensino

Organização pedagógica:

aulas teóricas

aulas teórico-práticas

aulas práticas clínicas (consultas, eventualmente se possível acompanhamento de apoio domiciliário)

aulas práticas não clínicas (treino de comunicação)

 

Método de avaliação

Formas de avaliação:

Assiduidade;

Elaboração de um estudo de caso (sendo os alunos divididos em grupos), a ser discutido em reunião multidisciplinar e apresentado em formato de poster para posteriormente ser exposto nas instalações da FCML.

Critérios de avaliação:

assiduidade: presença em pelo menos 90% da componente letiva presencial (excetuando-se situações devidamente justificadas);

estudo de caso: clareza e capacidade de integração dos conhecimentos adquiridos.

 

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