
Antropologia Filosófica - 1. semestre
Código
711031051
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento
Filosofia
Créditos
6
Professor responsável
Mário Jorge Carvalho
Horas semanais
4
Língua de ensino
Português
Objectivos
a). Adquirir conhecimentos básicos, do ponto de vista histórico-filosófico, no âmbito da antropologia.
b). Adquirir a capacidade de identificar e compreender as principais linhas de força da tradição filosófica europeia no que diz respeito à concepção do sujeito humano.
c). Desenvolver uma atitude crítica e a capacidade de reflectir autonomamente sobre as principais questões da antropologia filosófica na actualidade.
d). Adquirir um conhecimento básico da complexidade de problemas e de áreas disciplinares que se cruzam no âmbito da antropologia filosófica.
Pré-requisitos
Não aplicável.
Conteúdo
Antropologia, anthropologia transcendentalis e anthropologia existentialis
A anthropologia transcendentalis põe em causa todas as demais formas de antropologia. E a anthropologia existentialis põe em causa a antropologia não-existencial. Mas por que é que a antropologia tem de ser transcendental e existencial?
Estas questões são centrais para a Antropologia Filosófica, que tem de decidir este conflito. Pretende-se discutir tudo isto e em especial:
a) a estrutura daquilo a que Kant chamaria anthropologia naturalis
b) o nexo entre a anthropologia naturalis e a anthropologia artificialis
c) os principais pontos de viragem da anthropologia artificialis
d) um denominador comum entre a anthropologia naturalis e a anthropologia artificialis: a scala naturae
e) os passos decisivos da fundação da anthropologia transcendentalis no pensamento de Kant
f) Os passos decisivos da fundação da anthropologia existentialis na analítica existencial do Dasein de Heidegger
Bibliografia
Kant, I. (1902-). Kant´s gesammelte Schriften, Berlin-Brandenburgische Akademie der Wissenschaften/Akademie der Wissenschaften zu Göttingen. Berlin: Reimer/de Gruyter
Idem (1983). Werke in zehn Bänden. ed. W. Weischedel, Darmsatdt: Wiss. Buchgesellschaft, suc. reed.
Idem, (1995-). The Cambridge edition of the works of Immanuel Kant. Cambridge: C.U.P.
Heidegger, M. (1975-). Gesamtausgabe. Ausgabe letzter Hand. Frankfurt a. M.: Klostermann, Heidegger, M., Sein und Zeit. Tübingen, Niemeyer, 1977, Frankfurt a. M.: Klostermann, 1977, 17ª ed.
Idem (1962). Being and Time, tr. J. Macquarrie, E. Robinson. NY: Harper & Row
Idem (1996). Being and Time: A Translation of Sein und Zeit, tr. J. Stambough. Albany (N.Y.): State University of N.Y. Press
Idem (1986). Être et temps, tr. F. Vezin. Paris: Gallimard
Idem (2005). Essere e tempo, tr. P. Chiodi. Milano: Longanesi
Idem (2003). Ser y tiempo, tr. J. Rivera. Madrid: Trotta
A bibliografia completa será fornecida no início do curso
Método de ensino
Curso de natureza teórico-prática.
A metodologia usada combina
a) o exame teórico de problemas e conceitos
b) uma aturada análise e comentário dos textos em causa (que presta especial atenção ao nexo entre eles e os problemas e conceitos focados, mas também a questões de interpretação etc.)
c) a discussão de concepções alternativas, de objecções, contra-exemplos, etc.
O programa está concebido para proporcionar aos estudantes a experiência de trabalharem, se assim se pode dizer, no laboratório do pensamento filosófico. Dá-se especial importância ao horário de atendimento, que pode ser usado para discutir problemas, objecções, matérias afins, etc.
Método de avaliação
Avaliação individual. Prova escrita obrigatória. Cada aluno deve apresentar um trabalho escrito e discuti-lo com o professor. O trabalho escrito tem um peso de 1/3 na classificação final.