Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Modelos, imagens e poderes na arte medieval, do reino Suevo à transição para o gótico

Código

722061097

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

História da Arte

Créditos

10

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Português

Objectivos

Compreender a importância da arte medieval, do século V com os Suevos à origem do Gótico, através de um conjunto de casos de estudo temáticos que irão dos modelos da Antiguidade à transformação – artística, cultural, filosófica, económica, social e política – operada entre os séculos XII e XIV;
Conhecer factos e casos de estudo, de vários contextos europeus, que permitam situar os parâmetros da evolução da arte medieval peninsular na sua diversidade, abordando de forma crítica e detalhada a produção artística medieval em Portugal;
Analisar criticamente a bibliografia fundamental do tema, incluindo alguns dos mais recentes contributos científicos nacionais e internacionais;
Abordar alguns recursos actuais no campo da investigação em história da arte, incluindo temas como a evolução das estruturas funerárias, o significado das plantas centralizadas, as relações entre permanências “clássicas” e aportações “bárbaras”, ou o contacto/influências entre Ocidente e Oriente.

Pré-requisitos

Conteúdo

1 – A arte na Alta Idade Média:
1.1 - Bizâncio, de Constantino à influência do Oriente;
1.2 - O norte irlandês e anglo-saxónico;
1.3 – Merovíngios e Carolíngios entre a tradição Antiga e a “medievalidade”;
1.4 – A Península Ibérica: suevos, visigodos e asturianos;
2 - Os panteões, mausoléus e outras estruturas arquitectónicas funerárias e/ou centralizadas:
2.1 – A planta centralizada: dos mausoléus de Augusto, Adriano e Diocleciano, passando pelo Santo Sepulcro, Cúpula do Rochedo e Santo Stefano Rotondo de Roma às rotundas românicas;
2.2 – A evolução da planta centralizada nos reinos peninsulares: Bande, Montélios, Segóvia, Eunate, Torres del Rio ou Tomar;
3 – A relação entre os espaços de enterramento privilegiado, os templos e os “monumentos” funerários, e a sua ligação à evolução da sociedade entre os séculos XI e XIV:
3.1 - Galilés, panteões adossados, capelas privativas e igrejas-panteão;
3.2 – Arcas, jacentes e brasões.

Bibliografia

- A.A.V.V. (2002), Avant-nefs & espaces d’accueil dans l´église entre le IVe et le XIIe siècle, Paris : Éd. CTHS
- A.A.V.V. (2002), Decorations for the Holy Dead, Turnhout : Brepols
- A.A.V.V. (2003), The White Mantle of Churches. Architecture, Liturgy, and Art around the Millennium, Turnhout : Brepols
- ALMEIDA, C.A.F. (1986), Hist. Arte em Portugal. Arte da Alta Idade Média, Lisboa: Alfa, vol. 2
- GONÇALVES, António Nogueira (1980), Estudos de História da Arte Medieval, Coimbra: Epartur
- KRAUTHEIMER, Richard (1971), Studies in Early Christian, Medieval and Renaissance Art, Londres: London University Press
- MONTEIRO, Manuel (1980), Dispersos, Braga: ASPA
- RODRIGUES, Jorge (2011), Galilea, locus e memória. Panteões, estruturas funerárias e espaços religiosos associados em Portugal, do início do século XII a meados do século XIV: da formação do Reino à vitória no Salado (tese de doutoramento)
- SILVA, José Custódio Vieira da (1997), O fascínio do fim, Lisboa: Horizonte

Método de ensino

Os seminários serão teórico-práticos, contando com a análise e discussão de exemplos artísticos mostrados em aula e visitas de estudo relacionadas. Cada aluno elaborará o seu projecto pessoal de participação no seminário e o modelo de avaliação seleccionado, dentro dos parâmetros propostos.

Método de avaliação

A avaliação far-se-á através da elaboração de um trabalho/projecto de investigação específico sobre um tema proposto e aceite pelo docente (75%), com apresentação final e discussão em aula (25%).

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