
Ecologia Terrestre
Código
10364
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Departamento
Departamento de Ciências e Engenharia do Ambiente
Créditos
3.0
Professor responsável
Maria Teresa Calvão Rodrigues
Horas semanais
5
Total de horas
44
Língua de ensino
Português
Objectivos
A disciplina de Ecologia Terrestre tem como objectivo disponibilizar recursos e proporcionar uma exploração articulada dos conhecimentos anteriormente adquiridos, a fim de que os alunos obtenham noções essenciais sobre os diferentes biomas da Terra e sobre o coberto vegetal de Portugal. Procurar-se-á que os alunos compreendam o papel dos factores ecológicos nas suas interacções com os seres vivos, que vão determinar a sua distribuição à superfície da Terra. Será realçada a diversidade de estratégias que os seres vivos desenvolveram para se adaptarem aos vários meios terrestres.
Nesta disciplina pretende-se desenvolver Competências Transversais no âmbito da Licenciatura e Competências Específicas no âmbito da Disciplina. Os processos de ensino e de aprendizagem serão orientados no sentido de haver uma integração e aplicação dos conceitos apreendidos noutras disciplinas.
Na parte prática serão realizados vários trabalhos sobre comunidades vegetais, através da manipulação de informação com auxílio de Sistemas de Informação Geográfica, a diferentes escalas. Os alunos deverão organizar e interpretar dados, discutir resultados e delinear metodologias para a procura de soluções de problemas propostos.
Pré-requisitos
Não é necessário nenhum requesito
Conteúdo
Programa da parte teórica
1. A vegetação e os factores ambientais - o mosaico bioclimático do globo. Classificação dos biomas segundo Whittaker e Holdridge. Principais biomas da Terra
2. Vegetação de tipo mediterrânico
3. Panorama do coberto vegetal em Portugal. Coberto potencial e coberto actual. Evolução da paisagem.
4. Fauna de Portugal
5. Classificação dos biomas segundo Whittaker e Holdridge. Principais biomas da Terra:
- Tundra
- Floresta boreal de coníferas
- Estepes e Pradarias
- Florestas temperadas caducifólias
- Laurisilva
- Vegetação de tipo mediterrânico
- Regiões áridas e semi-áridas
- Savanas
- Florestas tropicais secas
- Florestas equatoriais e tropicais húmidas
5.1. Localização
5.2. Caracterização climática
5.3. Solos e paisagem
5.4. História evolutiva
5.4. Estratégias adaptativas da vegetação, estrutura espacial e temporal
5.5. Produtividade, fluxos de matéria e de energia
5.6. Fauna
5.7. Impacte das actividades humanas
Programa da parte prática
Os trabalhos desenvolvidos durante as aulas práticas pretendem evidenciar as potencialidades dos SIGs (ArcGis10) enquanto ferramenta de trabalho em estudos de ecologia a várias escalas espaciais.
Bibliografia
O MOSAICO BIOCLIMÁTICO DO GLOBO
DEMANGEOT, J. 1984. Les milieux "naturels" du globe. Masson S.A., Paris, 250 pp.
BIOMAS
ARCHIBOLD, O. W. 1995. Ecology of world vegetation. Chapman & Hall, 510 pp.
BARBOUR, M. G., BURK, J. H. & PITTS, W. D. 1987. Terrestrial plant ecology, second edition. The Benjamin/Cummings Publishing Company, Inc., Menlo Park, California, 634 pp.
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GODRON, M. 1984. Écologie de la végétation terrestre. Masson S.A, Paris,196 pp.
LEMPS, H. de. 1970. La végétation de la terre. Masson et Cie, Éditeurs, Paris, 143 pp.
WALTER, H. 1985. Vegetation of the Earth and ecological systems of the geo-biosphere, third edition. Springer-Verlag, 318 pp.
VEGETAÇÃO MEDITERRÂNICA
ARCHIBOLD, O. W. 1995. Ecology of world vegetation. Chapman & Hall, 510 pp.
CASTRI, F. Di. 1981. Mediterranean-type shrublands of the world. In: Mediterranean-type shrublands. (F. Di Castri, D. W. Goodall e R. L. Specht, Eds.), Elsevier Scientific Publishing Company, pp. 1-52.
CORREIA, O. C. A. 1988. Contribuição da fenologia e ecofisiologia em estudos de sucessão e dinâmica da vegetação mediterrânica. Dissertação apresentada para obtenção do grau de Doutor em Biologia (Ecologia e Biossistemática). Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Lisboa, 196 pp.
DELL, B., HOPKINS, A. J. M. & LAMONT, B. B. (editors). 1986. Resilience in mediterranean-type ecosystems. Dr W. Junk Publishers, 168 pp. Tasks for Vegetation Science, 16.
DI CASTRI, F. & MOONEY, H. A. (editors). 1973. Mediterranean type ecosystems: origin and structure. Springer-Verlag, 405 pp. Ecological Studies, 7.
GÓMEZ-CAMPO, C. (editor). 1985. Plant conservation in the Mediterranean area. Dr W. Junk Publishers, 269 pp.
IBÁÑEZ, J. J., VALERO GARCÉS, B. L. & MACHADO, C. (eds.). 1997. El paisaje mediterráneo a través del espacio y del tiempo. Implicaciones en la desertificación. Geoforma Ediciones, Logroño, 478 pp.
MILLER, P. C. (Editor). 1981. Resource use by chaparral and matorral. A comparison of vegetation function in two mediterranean type ecosystems. Springer-Verlag, 455 pp. Ecological Studies 39.
OVINGTON, J. D. (editor) 1983. Temperate broad-leaved evergreen forests. Elsevier, 241 pp. Ecosystems of the World, 10.
SPECHT, R. L. (editor) 1988. Mediterranean-type ecosystems. A data source book. Kluwer Academic Publishers, 248 pp.
TENHUNEN, J. D., CATARINO, F. M., LANGE, O. L. & OECHEL, W. C. (editors). 1987. Plant response to stress. Functional analysis in mediterranean ecosystems. Springer-Verlag.
VEGETAÇÃO DE PORTUGAL
ALVES, J. M. S., ESPÍRITO SANTO, M. D., COSTA, J. C., GONÇALVES, J. H. C. e LOUSÃ, M. F. 1998. Habitats naturais e seminaturais de Portugal continental. Tipos de habitats mais significativos e agrupamentos vegetais característicos. Instituto da Conservação da Natureza, Lisboa, 167 pp.
COSTA, J. C., AGUIAR, C, CAPELO, J. H., LOUSÃ, M. & NETO, C. 1998. Biogeografia de Portugal Continental. Quercetea, 0: 1-56.
Método de ensino
A estratégia pedagógica adoptada baseia-se no princípio da separação entre aulas teóricas (2 horas/semana) e práticas (1h/semana).
Nas aulas teóricas serão explicados os sucessivos tópicos do programa da unidade curricular, recorrendo, sempre que possível, a conhecimentos adquiridos noutras unidades curriculares tal como Climatologia e Solos, entre outras, numa visão integradora. Sempre que houver oportunidade serão referidos factos/notícias actuais (perda de biodiversidade, alterações climáticas) que permitam consolidar os conteúdos.
Nas aulas práticas os alunos irão trabalhar com um Sistema de Informação Geográfica na procura de soluções para problemas propostos, tanto quanto possível casos reais: organizar, manipular e interpretar dados, discutir resultados e propor soluções. Os estudantes trabalharão em grupos de dois.
Método de avaliação
Para ter frequência o aluno deverá ter nota não inferior a 9.5 valores na componente prática. Ainda, deve ter presença em pelo menos 2/3 das aulas práticas, excepto se for trabalhador estudante ou já tiver obtido frequência no ano anterior.
A componente teórica da matéria contribuirá com 55% para a nota final da unidade curricular e a componente prática com 45%. Cada parcela tem nota mínima de 9.5 valores.
A avaliação da componente teórica será contínua, com a realização de 4 testes. Pretende-se não só uma avaliação contínua, mas mais importante, uma aprendizagem contínua. Assim, o elevado número de testes ao longo do semestre permitirá aos estudantes corrigir erros, identificar lacunas, ou seja, reorganizar a o processo de aprendizagem, caso se tal se revelar necessário.
A avaliação da componente prática será efectuada com base na média ponderada de trabalhos de grupo fundamentados em exercícios realizados durante as aulas.
O exame final abordará a totalidade da componente teórica. Será realizado pelos estudantes que não efectuaram os testes ou tiveram menos de 9.5 valores na sua média ou ainda pelos estudantes que pretenderem efectuar melhoria.