Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Arte e Experiência

Código

722031033

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Filosofia

Créditos

10

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Português

Objectivos

a) Compreender, por um lado, a especificidade filosófica do questionamento estético e, por outro, a amplitude do campo disciplinar da Estética, o qual não se confunde mas se cruza com o da Filosofia da Arte;
b) Circunscrever a noção de “experiência estética”, a partir dos sentidos paradigmáticos que a palavra “experiência” assume em Filosofia e do seu uso nos domínios da Arte, distinguindo as várias perspectivas acerca da definição e do conteúdo da “experiência estética” na sua dinâmica histórica;
c) Problematizar o sentido e a pertinência desta noção na compreensão e análise das várias modalidades artísticas contemporâneas e na recepção crítica das suas expressões.

Pré-requisitos

Não aplicável.

Conteúdo

O curso incidirá sobre seis peças de teatro modernas e procurará pensar de que modo se revela nelas a relação entre a filosofia e o teatro na modernidade, isto é, como a filosofia desde Descartes a Kierkegaard e a Nietzsche e, mais tarde, ao Existencialismo pode ajudar a pensar essas peças, mas também como elas são importantes para se compreenderem os problemas da filosofia na modernidade e até aos nossos dias. São estas as seis peças em causa:
Heinrich von Kleist – O Príncipe de Homburg (1821)
Henrik Ibsen – Hedda Gabler (1891)
Fernando Pessoa – O Marinheiro (1913)
Luigi Pirandello – Seis personagens à procura de um autor (1922)
Bertolt Brecht – Mãe Coragem (1939)
Samuel Beckett – À espera de Godot (1953)


Bibliografia

BENJAMIN, W., “O que é o teatro épico” in: Iluminações
BENJAMIN, W., “Destino e carácter
KIERKEGAARD, S.; “A crise e a crise na vida de uma actriz”
KLEIST, H. v.; Obras Completas
LUKÁCS, G., “A Metafísica da Tragédia” in: Alma e forma
NIETZSCHE, F., Kritische Studienausgabe, Colli, G./ Montinari, M. (ed.), Berlin, Walter de Gruyter, 1980, 15 vols.

BENJAMIN, W.;
-. “What is Epic Theatre?” in Illuminations
-. “Fate and Character” in Selected Writings I
KIERKEGAARD, S.; “The Crisis and a Crisis in the Life of an Actress”
KLEIST, H. v.; “The Marionette Theatre”. Online: http://www.southerncrossreview.org/9/kleist.htm
LUKÁCS, G.; “The Metaphysics of Tragedy”, in Soul and Form
NIETZSCHE, F., Kritische Studienausgabe, Colli, G./ Montinari, M. (ed.), Berlin, Walter de Gruyter, 1980, 15 vols.
RYAN, Ba.; “Kierkegaard’s Experimental Theatre of the Self”
Published in the e-book \"From Hamann to Kierkegaard\" - Experimentation & Dissidence Workshop 1, 2017: http://experimentation-dissidence.umadesign.com/wp-content/uploads/2016/11/From-Hamann-to-Kierkegaard_e-book.pdf

Método de ensino

(a) A maior parte das aulas são aulas de exposição dialogada, isto é, de exposição teórica mas com espaço para perguntas e intervenção dos alunos, bem como para a leitura de passagens relevantes dos textos em análise.
(b) Algumas aulas são leccionadas no chamado “regime de seminário”, i.e., consistem em leitura, comentário e análise de texto.
(c) Por fim, algumas aulas consistem na discussão — com os alunos — de matérias já expostas e dos problemas que elas levantam.

Método de avaliação

(d) O principal elemento de avaliação é um trabalho escrito com cerca de 12 páginas (70%);
(e) O segundo elemento de avaliação consiste numa breve apresentação e discussão oral; (f) assiduidade e a participação.

Cursos