
Teorias da Justiça - 2. semestre
Código
711071042
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento
Estudos Políticos
Créditos
6
Professor responsável
Diogo Ramada Curto
Horas semanais
4
Língua de ensino
Português com apoio tutorial em LE
Objectivos
a) Compreender os grandes temas das teorias da justiça que historicamente configuraram a experiência ética e política contemporâneas.
b) Adquirir capacidades de análise e interpretação que permitam compreender as opções sobre modelos de justiça alternativos.
c) Aplicar os instrumentos conceptuais adquiridos a problemas da sociedade contemporânea.
Pré-requisitos
Não aplicável
Conteúdo
As teorias da justiça de que esta cadeira se ocupa são aquelas que, na tradição histórica e cultural da antiguidade grega, separaram definitivamente a justiça de concepções cosmológicas, religiosas ou tradicionalistas. Esse é um legado dos grandes autores gregos clássicos como Platão ou Aristóteles, que desenvolveram teorias da justiça de grande sofisticação conceptual, criando assim um quadro teórico amplo que condicionou até hoje as discussões e opções sobre esta temática. Num segundo momento, estudar-se-á a alternativa em termos de teoria da justiça da modernidade entre o apriorismo contratualista de Kant e o naturalismo utilitarista de Hume e Stuart Mill. Num terceiro momento, abordar-se-á a concepção relativista de Hans Kelsen e a sua crítica às teorias clássicas da justiça (antigas e modernas). Por último, comentar-se-á excertos da Teoria da Justiça de John Rawls.
Bibliografia
1. PLATÃO, A República, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
2. ARISTÓTELES, Política, Lisboa, Vega, 1999.
3. HUME, David, Tratado da Natureza Humana, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2003.
4. KANT, Immanuel, A Paz Perpétua e Outros Opúsculos, Lisboa, Presença, 1997.
5. MILL, John Stuart, Utilitarismo, Porto, Porto Editora, 2005.
6. KELSEN, Hans, What is Justice?, Berkeley, Los Angeles e Londres, University of California Press, 1981.
7. RAWLS, John, Uma Teoria da Justiça, Lisboa, Presença, 1993.
Método de ensino
Exposição da matéria referente aos conteúdos acima expostos. A exposição seguirá de perto os textos clássicos que compõem a bibliografia. Pretende-se que os alunos tenham um conhecimento prévio dos textos, pelo que serão indicados os principais capítulos, secções ou passagens que serão objeto de tratamento na aula seguinte. Divisão da turma em grupos temáticos que deverão preparar um tema para a aula seguinte.
Ensino presencial.
Método de avaliação
A avaliação consiste num ensaio entre 1500-2000 palavras sobre um dos autores abordados (25%) e num exame de frequência final (75%).