Faculdade de Ciências e Tecnologia

Geologia de Engenharia

Código

7719

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências e Tecnologia

Departamento

Departamento de Ciências da Terra

Créditos

6.0

Professor responsável

Ana Paula Fernandes da Silva, Pedro Calé da Cunha Lamas

Horas semanais

4

Total de horas

60

Língua de ensino

Português

Objectivos

Os alunos com aprovação nas matérias leccionadas deverão dominar conceitos básicos de Geologia de Engenharia, as classificações geotécnicas de solos, de rochas e de maciços rochosos, bem como serem capazes de realizar uma primeira abordagem à condução dos estudos geotécnicos para os principais tipos de obras.

Pré-requisitos

Aconselha-se a frequência prévia de Geofísica e de Prospecção Mecânica.

É obrigatória a presença dos alunos em dois terços das aulas práticas, no mínimo, salvo se estiverem inscritos ao abrigo de estatuto especial.

Conteúdo

Geologia de Engenharia (GE), Mecânica dos Solos e Mecânica das Rochas - sua evolução histórica e inter-relações. Alguns exemplos históricos de eventos que fizeram evoluir o conhecimento no âmbito da Geotecnia. Conceitos de solo e rocha - a importância da respectiva identificação e previsão de comportamento.

Solos- caracterização para fins de engenharia. Granulometria e plasticidade. Limites de Atterberg. Classificações de solos: textural, Unificada e AASHTO. Tipos de solos e respectivo comportamento geomecânico.

Rochas - caracterização para fins de engenharia. Classificações litológicas simplificadas. Descontinuidades e maciços rochosos (MR) - tipos de descontinuidades e sua influência no comportamento do MR. Diaclases: métodos de estudo. Descrição Geotécnica Básica (BGD) da Sociedade Internacional de Mecânica das Rochas.

Classificações geotécnicas de MR para fins de engenharia civil e mineira - sua evolução histórica. Principais classificações geomecânicas de maciços rochosos - índice RMR e sistema Q e respectivas actualizações - SMR, MRMR, RME, Qtbm. O índice GSI e sua aplicação em função do tipo de maciço rochoso. Correlações entre classificações e estimativa de parâmetros geomecânicos.

Os geossintéticos como geomateriais - tipos e funções. Alguns exemplos de aplicações para fins de engenharia.

Estruturas e infraestruras de engenharia civil e mineiras - breve caraterização e terminologia associada. Estudos de sítios. Fases dos estudos e dos projectos - objectivos, IGNOREes de informação, métodos de estudo e conteúdo dos relatórios. Zonamento geotécnico dos terrenos em estudo - sua cartografia. Principais métodos de caracterização - no campo e em laboratório. Registos de ensaios de laboratório e de campo - respetiva interpretação.

Controlo de qualidade - alguns exemplos. O papel do engenheiro geólogo na construção de aterros.

Bibliografia

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA de GEOLOGIA DE ENGENHARIA (1998) - Geologia de Engenharia. Páginas e Letras, Editora Gráfica, São Paulo.

HOEK E., KAISER P. K. & BAWDEN W. F. (1995) - Support of underground excavations in hard rock, A. A. Balkema, Rotterdam, pp. 27-56 e 127-164.

INTERNATIONAL SOCIETY FOR ROCK MECHANICS (1977) - Suggested methods for the quantitative description of discontinuities in rock masses. Commission on Standardization of Laboratory and Field Tests, Lisbon.

INTERNATIONAL SOCIETY FOR ROCK MECHANICS (1981) - Basic geotechnical description of rock masses. Commission on Classification of Rock and Rock Masses, Document n. 1, Lisbon.

 JOHNSON, R.B. & De GRAFF, J.V. (1988) – Principles of Engineering Geology, John Wiley & Sons, New York.

VALLEJO L. I. G. (ed.), (2002) - Ingenieria geologica. Prentice Hall, Madrid.

Método de ensino

Sessões teóricas com apoio de meios audiovisuais.

Sessões práticas incluindo trabalhos de laboratório, resolução de problemas e visitas de estudo.

Método de avaliação

A nota final será dada pela soma dos resultados das seguintes componentes de avaliação:

1 - Avaliação Teórico-Prática (total de 80% da nota final): Dois testes, ambos com o peso de 40% da nota final. Classificação mínima de 9,0 valores em 20 (sem arredondamentos) para a totalidade dos testes; alternativamente, será realizado exame de recurso.

2 - Avaliação Laboratorial: relatório dos trabalhos práticos realizados em laboratório (10% da nota final); a realização e entrega do trabalho obriga à presença nas aulas respetivas dos alunos que assinarem o relatório. Cada relatório deverá ser realizado por dois alunos no máximo podendo, em alternativa, ser individual.

3 - Componente Sumativa (10% da nota final): é constituída pelo conjunto de respostas escritas a n questões colocadas no fim de cada aula prática, sem aviso prévio. As questões serão classificadas de 0 a 20 valores, sendo avaliadas as n-1 melhores questões e tendo cada uma destas igual peso na nota da componente. 

Assim, a nota final será dada com base na seguinte expressão: (1)*0,80 + (2)*0,10 + (3)*0,10

Aprovação à UC no caso de nota final igual ou superior a 9,5 valores.

Exige-se a presença em pelo menos 2/3 das aulas práticas, sem os quais os alunos não obtêm frequência.

Nos casos dos alunos inscritos ao abrigo de estatuto especial, os mesmos são dispensados ​​da componente de Avaliação Sumativa, a avaliação Teórico-Prática (e correspondente recurso) passa a valer 90% da nota final e o Relatório Laboratorial (para o qual se mantem a presença obrigatória em aula) 10%. A classificação final da UC passará a ser: (1)*0,90 + (2)*0,10

Cursos