NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Medicina Geral e Familiar

Código

11209

Unidade Orgânica

Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Departamento

AEI - Saúde das Populações

Créditos

8

Professor responsável

Prof. Doutor Bruno Heleno

Língua de ensino

Português

Objectivos

1)     Descrever como se organizam os cuidados de saúde primários em Portugal

2)     Descrever as características da medicina geral e familiar

3)     Explicar as estratégias para resolução de problemas de saúde em cuidados de saúde primários.

4)     Traduzir os conceitos de prevenção primária, secundária, terciária e quaternária para a prática clínica

5)     Explicar as características dos cuidados de saúde prestados a diferentes grupos populacionais, incluindo planeamento familiar, gravidez, saúde infantil e saúde do idoso.

6)     Demonstrar como fazer a abordagem diagnóstica de sintomas comuns em medicina geral e familiar.

7)     Enunciar quais os critérios diagnósticos, opções de tratamento e critérios de referenciação para problemas de saúde comuns em medicina geral e familiar.

Procedimentos

1)     Comunicar com utentes de forma supervisionada

2)     Comunicar com profissionais de saúde de forma supervisionada

3)     Executar autonomamente procedimentos simples

 

Pré-requisitos

 

Conteúdo

1)     Organização dos cuidados de saúde primários em Portugal

a)     O papel dos diferentes profissionais de saúde em cuidados de saúde primários.

b)     Planos para a melhoria da qualidade em saúde.

2)     As características da medicina geral e familiar

a)     O que distingue esta disciplina das demais

b)     Continuidade de cuidados

c)      Conhecimento cumulativo dos doentes

d)     O papel do generalista

e)     Motivos de consulta e seus determinantes

3)     Fundamentos do raciocínio clínico em cuidados de saúde primários:

a)     O raciocínio clínico em medicina geral e familiar.

b)     Impacto de fatores somáticos, psicológicos e sociais na doença e na saúde;

c)      A funcionalidade e disfuncionalidade familiares

d)     Fases do ciclo familiar e as suas implicações na prática clínica.

e)     Interpretação de resultados de estudos sobre tratamento e prevenção.

4)     Prevenção primária, secundária, terciária e quaternária

5)     Estratégias de prevenção em medicina geral e familiar

a)     Planeamento familiar

b)     Saúde materna

c)      Saúde infantil e juvenil

d)     Saúde do idoso

e)     Rastreios

6)     Sintomas comuns em medicina geral e familiar, incluindo:

a)     Ardor urinário

b)     Cansaço

c)      Cefaleia

d)     Cervicalgia

e)     Dispepsia

f)       Gonalgia

g)     Insónia

h)     Leucorreia

i)       Lombalgia

j)       Omalgia

k)     Perda de peso não intencional

l)       Tonturas

m)   Toracalgia

n)     Tosse, rinorreia e outros sintomas respiratórios altos

7)     Problemas de saúde comuns em medicina geral e familiar:

a)     Cefaleias (cefaleia de tensão e enxaqueca)

b)     Diabetes

c)      Doenças respiratórias crónicas comuns (asma e DPOC)

d)      Infeções comuns:

i)       Conjuntivite bacteriana

ii)     Erisipela

iii)   Gastroenterite aguda

iv)   Infeções dentárias

v)     Infeções respiratórias altas (amigdalite aguda, constipação, gripe, sinusite aguda, otite média aguda)

vi)   Infeções respiratórias baixas (bronquite aguda, pneumonia adquirida na comunidade)

vii) Infeções urinárias (cistite e pielonefrite)

viii)          IST: trichomoníase, Chlamydia, gonorreia

ix)   Vulvovaginais: candidíase e vaginose

 

e)     Problemas de saúde mental comuns (depressão, ansiedade, sintomas somatoformes)

f)       Problemas ligados aos estilos de vida (tabagismo, abuso de álcool, sedentarismo, excesso de peso e obesidade)

g)     Problemas musculo-esqueléticos degenerativos (lombalgia mecânica, cervicalgia mecânica, artrose do joelho, síndroma da coifa dos rotadores)

Risco cardiovascular (hipertensão, dislipidémia)

Procedimentos

1)     Comunicação com utentes de forma supervisionada

a)     Como identificar as expectativas das pessoas que consultam o médico.

b)     Como aplicar estratégias para uma abordagem centrada na pessoa.

c)      Como promover comportamentos próprios de estilos de vida saudável atendendo à situação de cada pessoa e doente.

2)     Comunicação com profissionais de saúde de forma supervisionada

a)     Como fazer registos clínicos adequados ao contexto de MGF.

b)     Como escrever cartas de referenciação.

3)     Procedimentos simples

a)     Medição da pressão arterial com esfigmomanómetro aneroide.

b)     Avaliação do pé da pessoa com diabetes.

c)      Ensinar utentes e seus familiares como utilizar e canetas de insulina.

 

Bibliografia

Existem três fontes principais:

1)     Murtagh J, Rosenblatt J. Murtagh’s General Practice. 6.ª Edição. North Ryde. McGraw-Hill Education. 2015.

2)     UpToDate, Post TW (Ed), UpToDate, Waltham, MA.

3)     Freeman TR, editor. McWhinney’s Textbook of Family Medicine.4 edition. Oxford ; New York: Oxford University Press; 2016.

 

A bibliografia detalhada encontra-se no anexo.

 

Método de ensino

O estágio divide-se em cinco semanas. Na primeira semana, os alunos terão 5 aulas teórico-práticas e 3 aulas práticas não clínicas. Da segunda à quarta semanas, os alunos terão práticas clínicas numa UCSP ou USF. Terão que cumprir um mínimo de 60h de contato clínico com os seus tutores. Durante este componente da UC, os alunos terão que preencher fichas de observação de consulta, relativas a problemas de saúde comuns em medicina geral e familiar. Na quinta semana, os alunos terão 6 aulas teórico-práticas e 1 aula prática não clínica. No anexo, descreve-se o calendário detalhado das aulas.

 

As aulas teórico-práticas destinam-se a grupos de cerca de 20 alunos e poderão ter um ou mais docentes. Os dois métodos pedagógicos dominantes são a orientação/supervisão e a aprendizagem invertida. Os docentes orientam o estudo, fornecendo uma lista detalhada com bibliografia ou outros recursos de aprendizagem (por exemplo, textos, fichas de trabalho e vídeos) por cada um dos conteúdos programáticos. Na “aprendizagem invertida” estimula-se que a aquisição de conteúdos teóricos seja feita antes da aula, respeitando o ritmo de cada estudante. Desta forma, os alunos poderão utilizar as aulas teórico-práticas para exercitar o raciocínio crítico e a aplicação de conhecimentos. Nas aulas teórico-práticas os docentes supervisionam o raciocínio clínico dos alunos.

 

As aulas práticas não clínicas destinam-se a grupos de cerca de 20 alunos e poderão ter um ou mais docentes. Estas permitirão que os alunos treinem, em ambiente protegido, técnica de consulta, aconselhamento de estilos de vida saudável e procedimentos clínicos simples. Os docentes fornecerão a necessária orientação e supervisão à realização destas técnicas.

 

As práticas clínicas em UCSP/USF decorre numa relação máxima de 1 docente para três discentes. Os principais métodos pedagógicos são a aprendizagem em contexto de trabalho e a orientação e supervisão. Durante a aprendizagem em contexto de trabalho há um processo de “participação periférica legítima” em que os alunos são levados da observação do trabalho dos seus tutores, à execução de procedimentos simples ou à condução de parte de consultas. No contexto de trabalho os alunos verão a aplicação dos conteúdos programáticos da UC nos cuidados de saúde prestados aos utentes das UCSP/USF. Os seus tutores servirão de modelos, o que permitirá adquirir competências comunicacionais e a execução de procedimentos. Os alunos terão também a possibilidade de praticar procedimentos durante este período sob orientação e supervisão dos seus tutores.

 

 

Não existirão aulas teóricas.

 

A língua de ensino é o Português. O material de estudo poderá estar em Português ou Inglês.

 

Método de avaliação

Avaliação

A aprovação da unidade curricular pressupõe três condições:

1.      Participação em pelo menos 2/3 do estágio, não existindo regime supletivo para alunos sem assiduidade mínima (ver anexo).

2.      Classificação de apto na dimensão de profissionalismo médico.

3.      Teste escrito individual com pelo menos 50% de respostas certas.

 

A avaliação final resulta de quatro componentes.

1 – Teste escrito individual, cotado para 15 valores, composto por 60 perguntas de resposta múltipla simples, perguntas de resposta curta, verdadeiro/falso, blocos de correspondência.

2 – Participação nas aulas práticas não clínicas, cotadas com 0,25 valores (1 valor no total).

3 – 6 fichas de trabalho, cada uma cotada com 0,5 valores (3 valores no total). As fichas são individuais, sendo que fichas de diferentes alunos sobre o mesmo utente serão classificadas com zero valores.

 

4 – Avaliação de profissionalismo médico feita pelo tutor clínico, com apoio dos docentes da unidade curricular (1 valor).

 

 

O teste escrito poderá incluir perguntas de qualquer um dos conteúdos pedagógicos. Dito de outra forma, o teste escrito incluirá conteúdos que não serão abordados nas aulas teórico-práticas ou na discussão de casos.

 

Os procedimentos para revisão e melhoria de nota estão descritos no anexo. A avaliação das aulas práticas não clínicas, fichas e de profissionalismo é válida até o final do ano letivo.

 

 

 

 

Calendarização dos exames escritos

Primeiro semestre

·         1.ª Época: 19/01/2018

·         2.ª Época: 02/02/2018

Segundo semestre

·         1.ª Época: 22/06/2018

·         2.ª Época: 06/07/2018

Época especial: 19/07/2018

 

Situações especiais:

1.      Aos alunos que legalmente estejam isentos do mínimo de presenças, a avaliação consistirá num exame oral (0 a 16 valores), avaliação das fichas de trabalho (0 a 3 valores) e avaliação de profissionalismo (0 a 1 valores). A aprovação da unidade curricular está condicionada à aprovação de apto, pelo tutor clínico.

2.      Tendo existido mudança de programa e de regente, os alunos repetentes terão que repetir a avaliação as fichas, aulas práticas não clínicas e avaliação de profissionalismo.

3.      Existe a possibilidade de melhoria de classificação do exame escrito, de acordo com o artigo 34 do Regulamento Pedagógico do Mestrado Integrado de Medicina.

 

Cursos