NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Pediatria

Código

11211

Unidade Orgânica

Nova Medical school | Faculdade de Ciências Médicas

Departamento

AEI - Medicina da Mulher, Infância e Adolescência

Créditos

8

Professor responsável

Prof.ª Doutora Maria Teresa Neto

Língua de ensino

Português

Objectivos

Definidos em termos de produtos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes) e que serão objecto de avaliação.

·         Diagnosticar, saber orientar e tratar as doenças e situações patológicas mais frequentes e graves em Pediatria do ambulatório e do internamento nomeadamente: patologia respiratória, neurológica, nefro-urológica, gastrointestinal, hematológica, infecciosa, cardíaca, endocrinológica, perinatal, neonatal e patologia cirúrgica corrente.

·         Reconhecer e saber orientar situações de urgência/ emergência como choque, coma, traumatismos, emergências cirúrgicas, falência respiratória, desidratação.

·         Saber prescrever antibióticos e outros medicamentos, solutos orais e endovenosos;

·         Conhecer e saber utilizar as diferentes vias de administração de medicamentos: oral, endovenosa, intraóssea.

·         Conhecer e ter praticado procedimentos na área da reanimação pediátrica e neonatal.

·         Conhecer as bases dos cuidados paliativos pediátricos.

·         Saber preparar e apresentar um estudo em público e responder a questões

 

Pré-requisitos

 

Conteúdo

Os conteúdos das aulas teóricas abrangem a patologia corrente e as situações clínicas mais frequentes e mais graves da pediatria nomeadamente: Introdução à Patologia - conceitos; A prescrição em Pediatria; Simulação no ensino da Pediatria - Técnicas, Cenários e Debriefing; Infeções das vias aéreas superiores; Infeções das vias aéreas inferiores; Patologia do tracto gastrointestinal; Patologia hepatobiliar ;gastroenterites agudas; Equilíbrio hídrico e electrolítico;  Doença febril aguda; Febre sem foco; Síndrome febril prolongado; Doenças exantemáticas virais e bacterianas; Infecções bacterianas: pele,  tecidos moles e osteoarticulares; sépsis, choque séptico, meningite, meningoencefalite;  convulsões, cefaleias, epilepsia;  bases embriológicas das cardiopatias congénitas; principais quadros fisiopatológicos das cardiopatias congénitas, arritmias e cardiopatias adquiridas em idade pediátrica; Hematúria/Síndroma nefrítico; Proteinúria /Síndroma nefrótico, infecção urinária; diabetes,  patologia da supra renal, hipófise e tiróide; Princípios para o diagnóstico de doenças metabólicas; patologia respiratória neonatal, perturbações do crescimento intrauterino, infecções congénitas e perinatais; anemias, alterações da coagulação;  DPN em urologia pediátrica, síndrome de junção pielo-ureteral, mega bexiga, refluxo vesicoureteral, complexo bexiga extrofia-epispádias, hipospádias; disfunções miccionais, bexiga  e intestino neurogénicos, litíase urinária; obstrução esofágica, obstrução intestinal alta e obstrução funcional intestinal  baixa; malformação anorectal; onfalocelo, gastrosquisis, hérnia diafragmática congénita, enterocolite necrosante; hérnia inguinal e hidrocelo, hérnia umbilical e da linhabranca; fimose e parafimose; apendicite aguda; estenose hipertrófica do piloro; fendas lábio-alvéolo- palatinas; malformação das mãos e pés;  noções básicas de estomatologia; cuidados paliativos pediátricos.

Bibliografia

Os diapositivos das aulas que são disponibilizado aos alunos através do Moodle, são um guia para o Professor dar a aula e não constituem, só por si, material de estudo. Os alunos devem ler os capítulos do principal livro de texto, o Tratado de Pediatria de JM Videira Amaral.  Outras obras são aconselhadas para aprofundar alguns temas, presentes abaixo. Os Docentes podem ainda indicar artigos de interesse para o tema em estudo.

  • Tratado de Clínica Pediátrica. João M. Videira Amaral. Lisboa, 2013

·         Orientação Diagnóstica em Pediatria (JM Palminha, Em Carrilho). Lidel Lisboa, 2003.

·         Terapêutica Pediátrica em Ambulatório (MA Costa, MC Lemos, F. Durão, JM Palminha; Editora Lidel, 2ª Ed Lisboa, 2008.

·         Cirurgia Pediátrica – José Luis Martins.  Manole, 2007

·         Essential Pediatrics (David Hull, Derek I Johnston. Eds.). Churchill Livingstone. Edinburgh, 1999

·         Illustrated Textbook of Paediatrics (Tom Lissauer, Graham Clayden). Ed. Mosby. London, 2002

·         Nelson Textbook of Pediatrics (Richard E Behrman, Robert M Kliegman, Eds.). WB Saunders Company. Philadelphia, 2004

·         Paediatric Clinical Examination (Dennis Gill, Niall O’Brien). Ed. Churchill Livingstone. Edinburgh, 2003

·         Manual of Neonatal Care (JP Cloherty, EC Eichenwald, AR Stark Lippincot Williams & Wilkins – Philadelphia, 2004.

Pediatric Surgery Handbook ( download gratuito ) – http://home.coqui.net/titolugo/handbook.htm

Método de ensino

·         Aulas teóricas – em cada semestre haverá 42 aulas teóricas de 50 minutos, abrangendo a principal patologia pediátrica. Será oferecido aos Docentes a possibilidade de disponibilizarem aulas em sistema de e-learning caso entendam que o tempo é curto para a matéria que deve ser dada.  Neste caso, o tempo destinado a cada especialidade será mantido e destinado a tirar dúvidas e a discutir problemas e casos clínicos.

·         Aulas teórico-práticas – serão aplicadas sobretudo na área da cardiologia pediátrica a grupos de cerca de 10 a 12 alunos. É de admitir aulas semelhantes noutras áreas.

·         Aulas práticas clínicas – decorrerão das 9 às 13h em enfermaria ou em contexto de serviço de urgência/consulta.

·         Aulas práticas não clínicas – aulas de simulação e técnicas a grupos de cerca de 7 a 8 alunos para revisão de situações clínicas com treino de técnicas e procedimentos.

·         Seminários – o grupo de alunos afetos a um Assistente deve apresentar um trabalho original da sua escolha no final do período de estágio. O melhor trabalho de cada grupo poderá ser selecionado para comunicação livre no Congresso Nacional de Pediatria.

 

Método de avaliação

A avaliação dos alunos é baseada na avaliação distribuída ao longo do período de estágio e num exame final.  Cada uma destas formas de avaliação contribui para 50% do total e cada uma delas é eliminatória. Um aluno com classificação inferior a 9,5 na prática não poderá ir ao exame escrito. Um aluno com aprovação na prática e nota inferior a 9,5 no exame escrito também reprova.

 

Avaliação distribuída

Os critérios de avaliação distribuída são os seguintes:

Caderno de estágio  (avaliado pelo assistente) - 0 a 20 (50%)    

Avaliação global do assistente, considerando – 0 a 20 (50%)                                 

·         Realização e discussão de uma história clínica: 0-3 valores

·         Elaboração de um relatório de alta: 0-3 valores

·         Modo de execução de manobras do exame objectivo/registo de procedimentos: 0-3 valores

·         Metodologia de abordagem diagnóstica e terapêutica: 0-3 valores

·         Conhecimentos teórico-práticos: 0-3 valores

·         Capacidade de exposição: 0-2 valores

·         Interesse pelas actividades do estágio: 0-3 valores (assiduidade; pontualidade; participação em reuniões; relações humanas, integração na equipa). 

·         No estágio em Cirurgia Pediátrica e Neonatologia o aluno será classificado numa escala de 1 a 5 servindo estas notas de ponderação à classificação do Assistente. Pretende-se deste modo facilitar a classificação dos estágios curtos sem introduzir factores de enviesamento.

Assiduidade – o aluno não pode faltar a mais do que 1/3 das presenças esperadas na prática clínica. Nas situações em que apenas é dada uma aula prática –  simulação de técnicas e aulas práticas de cardiologia pediátrica - o aluno não pode faltar. Se for de todo impossível a um aluno estar presente numa daquelas aulas deve providenciar uma troca prévia com colega. O Assistente deve assinalar diariamente as presenças dos seus alunos.

Nas situações limite, em que o aproveitamento prático do aluno é inferior a 9,5 valores, será discutida em reunião entre Regente, Aluno e Assistente, a adequação da admissão do aluno a exame escrito. 

Os alunos que, por razões excepcionais, não tenham conseguido cumprir tempos de prática clínica adequados a uma aquisição de conhecimentos considerada aceitável pelo assistente, de modo a poder classificá-lo, poderão repetir o estágio em tempo de férias se para isso houver Assistente disponível que concorde em aceitar o aluno.

Um aluno que tenha cumprido o estágio prático com aproveitamento e que não tenha conseguido fazer exame escrito no mesmo ano lectivo, poderá beneficiar dessa classificação no ano lectivo seguinte e apenas nesse, caso se proponha fazer exame escrito e não possa repetir o estágio. 

 

Prova escrita

A prova escrita será realizada em plataforma MedQuizz em qualquer um dos exames – 1ª e 2ª épocas e época especial. O exame é constituído por 50 questões. A duração do exame é determinada pelo Conselho Pedagógico e dela será dada conta ao aluno em tempo útil. O exame consta de casos clínicos com  4 ou 5 alíneas no que respeita a diagnóstico, terapêutica ou orientação da situação clínica. O objectivo é assinalar a resposta mais adequada. Cada pergunta vale 0,4 valores. As respostas erradas não descontam na classificação. 

No exame, a pontuação inferior a 10 significa reprovação. O aluno pode repetir o exame na 2ª época. Se a classificação da prova escrita for superior a 19 valores o aluno deve submeter-se uma prova oral em data a combinar entre aluno, Assistente e Regente, na mesma época de exame.  Se o aluno não quiser fazer exame oral ficará com nota de 19 valores.

A revisão de prova obedece a pedido formal na Divisão Académica. Em hora a combinar com o Regente, o aluno poderá ter acesso às perguntas que errou, à resposta que deu e à resposta correcta. Se houver lugar a anulação de perguntas, essa decisão afectará todos os alunos e as classificações serão automaticamente corrigidas.

As provas para melhoria de classificação serão realizadas na 2ª época e plataforma Medquizz. A melhoria de classificação só pode ser conseguida por repetição do exame escrito (de outro modo o estágio teria que ser repetido) que continuará a contar com 50% para a classificação final.

 Prova oral

Esta prova será realizada na presença do regente e do respectivo assistente.

O aluno será confrontado com problemas práticos concretos a resolver (incluindo, por exemplo, interpretação de resultados de exames complementares), na base da experiência do estágio e/ou a correcção do ponto de exame. Tal metodologia permitirá ajuizar, de modo mais pragmático, não só os conhecimentos, mas igualmente atitudes e, eventualmente, aptidões.

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