NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Importância Médica das Espiroquetas Zoonóticas: Leptospira e Borrelia

Código

21223

Unidade Orgânica

NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Departamento

Bacteriologia Médica

Créditos

6

Professor responsável

Doutora Maria Luísa Jorge Vieira

Língua de ensino

Português

Objectivos

No fim desta UC os alunos devem estar aptos a:

- Compreender o carácter (re)emergente da Leptospirose e Borreliose de Lyme, como doenças zoonóticas de grande impacte na saúde pública, também em Portugal;

- Conhecer os reservatórios naturais (roedores) com as espécies patogénicas de Leptospira spp., e as espécies de ixodídeos vetores (carraças) implicados na transmissão de borrélias do complexo B. burgdorferi s.l.;

- Identificar morfologicamente os principais géneros de carraças vectoras do complexo B. burgdorferi s.l. ;

- Conhecer as principais manifestações clínicas na leptospirose e na borreliose de Lyme e saber relacionálas com as diferentes espécies de leptospiras ou de borrélias, respetivamente;

- Executar técnicas (imunológicas e moleculares) de diagnóstico laboratorial;

- Analisar de modo crítico os resultados obtidos.

 

Pré-requisitos

n/a

Conteúdo

Aulas Teóricas

- Leptospiras e Borrélias vs. leptospirose e borreliose de Lyme. Os agentes: taxonomia, classificação, distribuição; reservatórios (roedores) e vetores (carraças), ciclos zoonóticos; evolução das diferentes espécies de leptospiras e borrélias;

- Carraças: vetores de agentes patogénicos (ex. borrélias);

- A leptospirose e borreliose de Lyme –perspetiva clínica,diagnóstico e terapêutica;

Aulas TeóricoPráticas

- Observação de espiroquetas em microscopia (fundo escuro) e em cultura;

- Roedores vs epidemiologia da leptospirose;

- Relações vetorespiroquetas;

intervenientes na transmissão.Principais géneros de carraças e a transmissão de Borrelia spp.

Prática Laboratorial

- Identificação morfológica de carraças vetoras de B. burgdorferi s.l. Observação e identificação (géneros e espécies) com chaves dicotómicas;

- Técnicas de rastreio, referência e confirmação para diagnóstico de leptospirose e borreliose de Lyme.Testes moleculares/diagnóstico, identificação genómica.

 

Bibliografia

Marchiori, E., Lourenço, S., Setúbal, S., Zanetti, G., Gasparetto, T. D., Hochhegger, B. (2011). Clinical and Imaging Manifestations of Hemorrhagic Pulmonary Leptospirosis: A StateoftheArt Review. Lung, 189(1), 19 doi: 10.1007/s0040801092730;

Peacock, B. N., Gherezghiher T. B., Hilario, J. D., Kellermann, G. H. (2015). New insights into Lyme disease. Redox Biology, 5, 6670. doi:10.1016/j.redox.2015.03.002;

Picardeau, M. (2015). Leptospirosis: Updating the Global Picture of an Emerging Neglected Disease, PLoS Neglected Tropical Diseases, 9(9): e0004039. doi:10.1371/journal.pntd.0004039;

Varma, M.R.G. (1993). Ticks and mites (Acari). Medical Insects and Arachnids. (Lane, R.P. & Crosskey, R.W. eds.,  pp.597658). Chapman & Hall, London, UK.

 

Método de ensino

É dada particular importância à prática laboratorial de modo a que os estudantes possam apreender, aplicando os conteúdos que são lecionados nas componentes teóricas e teórico-práticas da UC, permitindo-lhes relacionar a biologia e patogenia das duas espiroquetas zoonóticas (Leptospira e Borrelia) e seus impactes na saúde das populações (humana e animal), de acordo com o conceito atual de “Uma só Saúde”.

A aula sobre “Ixodídeos (carraças) como vetores de …….” Consiste numa aula teórico prática, com exposição e interação com os estudantes Está alinhada com o objetivo a que se destina de permitir aos alunos conhecer e descrever o papel destes vetores nesta patologia, e das relações vetorparasita.

A aula de Identificação morfológica de carraças, é uma aula prática laboratorial em que o estudante treinará o desenvolvimento de competências técnicas, nomeadamente o do uso de chaves dicotómicas para a identificação destes artrópodes.

A aula sobre os aspetos clínicos das duas espiroquetoses, permitirá que os estudantes possam relacionar a epidemiologia, o laboratório e a clínica, numa perspetiva integrada face aos diferentes tropismos e patogéneo dos dois agentes bacterianos.

A aquisição de competências para interpretação e fundamentação de uma discussão crítica dos resultados obtidos nas unidades de aprendizagem de âmbito laboratorial, é estimulada pela participação ativa de todos, numa mesa redonda, onde participam também os docentes envolvidos nas referidas unidades de aprendizagem. A participação nas apresentações orais e a realização de um teste escrito permitem demonstrar os conhecimentos adquiridos e a capacidade de compreensão dos mesmos, assim como a aplicação de conhecimentos também a novas situações.

 

Método de avaliação

Aulas teóricas (T), Aulas Teórico-práticas (TP) e Prática Laboratorial (PL) e uma mesa redonda (para discussão de resultados laboratoriais), esta última, devidamente enquadrada com orientação tutorial (OT).

Os estudantes, com pelo menos 2/3 de frequência, são sujeitos a avaliação contínua (assiduidade e participação ativa nas aulas (em particular nas componentes práticas), desempenho na discussão do trabalho laboratorial mesa redonda) 20%; apresentações orais – 30%; Exame escrito final (teste de escolha múltipla) 50%; Escala de classificação de 0 a 20. Aprovação com classificação igual ou superior a 10.

 

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