Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Arte e Experiência - 2. semestre

Código

722031033

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Filosofia

Créditos

10

Professor responsável

Bartholomew Ryan

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Português

Objectivos

a) Compreender, por um lado, a especificidade filosófica do questionamento estético e, por outro, a amplitude do campo disciplinar da Estética, o qual não se confunde mas se cruza com o da Filosofia da Arte;
b) Circunscrever a noção de “experiência estética”, a partir dos sentidos paradigmáticos que a palavra “experiência” assume em Filosofia e do seu uso nos domínios da Arte, distinguindo as várias perspectivas acerca da definição e do conteúdo da “experiência estética” na sua dinâmica histórica;
c) Problematizar o sentido e a pertinência desta noção na compreensão e análise das várias modalidades artísticas contemporâneas e na recepção crítica das suas expressões.

Pré-requisitos

Não aplicável.

Conteúdo

Neste curso serão analisadas cinco peças de teatro modernas, que são em si mesmas filosóficas e que permitem questionar a relação entre teatro e filosofia na modernidade. O curso reflectirá também sobre a forma como a filosofia moderna experimental, de Kierkegaard a Nietzsche e Deleuze, Benjamin e Adorno, nos pode ajudar a compreender estas peças particulares, ao mesmo tempo que, por sua vez, estas podem ajudar a filosofia a explorar a pluralidade da existência humana no nosso conturbado mundo moderno. Tomando como inspiração a expressão de Nietzsche \"abre o teu olho teatral\", o objectivo do curso é explorar aspectos do niilismo, da paralisia, das máscaras, da subversão do herói, da pluralidade e da revolução política directa e indirecta no elusivo si próprio moderno.

As Cinco Peças
Heinrich von Kleist. Penthesilea (1808)
Henrik Ibsen. Peer Gynt (1867)
Fernando Pessoa. O Marinheiro (1913)
Bertolt Brecht. Mãe Coragem (1939)
Samuel Beckett. Fim de Partida (1957)



Bibliografia

ADORNO, T. “Trying to understand Endgame”, Notes to Literature, Vol. 1, New York: Colombia Press, 1991
BENJAMIN, W. “O que é o teatro épico”, Ensaios sobre Literatura, trad. João Barrento, Lisboa: Assírio & Alvim.
DELEUZE, G. trechos de Mil Platôs
KIERKEGAARD, S. “Uma crise e a crise na vida de uma atriz”, e trechos de Ou/Ou; Temor e Tremor, Repetição, O Desespero Humano
KLEIST, H. v. Sobre o Teatro de Marionetas e Outros Escritos, trad. José Mirando Justo, Lisboa: Antígona, 2009

Método de ensino

(a) A maior parte das aulas são aulas de exposição dialogada, isto é, de exposição teórica mas com espaço para perguntas e intervenção dos alunos, bem como para a leitura de passagens relevantes dos textos em análise.
(b) Algumas aulas são leccionadas no chamado “regime de seminário”, i.e., consistem em leitura, comentário e análise de texto.
(c) Por fim, algumas aulas consistem na discussão — com os alunos — de matérias já expostas e dos problemas que elas levantam.

Método de avaliação

(d) O principal elemento de avaliação é um trabalho escrito com cerca de 12 páginas (70%);
(e) O segundo elemento de avaliação consiste numa breve apresentação e discussão oral; (f) assiduidade e a participação.

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