Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Questões de Filosofia do Conhecimento - 2. semestre

Código

722031046

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Filosofia

Créditos

10

Professor responsável

Nuno Carlos Venturinha

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Português

Objectivos

- Reflectir e aprofundar a compreensão dos problemas da filosofia do conhecimento;
- Adquirir informação sobre as principais orientações de algumas das teorias da epistemologia contemporânea;
- Confrontar a problemática actual com os tópicos tradicionais da filosofia do conhecimento;
- Equacionar e formular uma resposta reflectida e coerente à questão filosófica sobre a natureza e possibilidade do conhecimento.

Pré-requisitos

não se aplica

Conteúdo

Descrição de situações

Desde a altura de Aristóteles que o homem tem sido caracterizado como um ser situado. Cada momento nas nossas vidas é dado já no âmbito de uma contextualização específica através da qual nos compreendemos a nós mesmos e compreendemos aquilo que nos rodeia. O contextualismo epistémico tem recebido muita atenção na epistemologia contemporânea, prometendo resolver um número de questões com as quais abordagens epistemológicas clássicas não têm sido capazes de lidar. Em particular, uma focagem contextualista abre caminho para um entendimento daqueles processos cognitivos que requerem informação situacional para serem completamente apreendidos. Contudo, o contextualismo põe sérias dificuldades em relação à invariância epistémica, exigindo uma compreensão sofisticada daquilo que pode e não pode variar, tanto de um ponto de vista pessoal como interpessoal. O seminário explorará vários temas, discutidos por diferentes autores contemporâneos.

Bibliografia

BRADY, M. & PRITCHARD, D. (2005). Epistemological Contextualism: Problems and Prospects. The Philosophical Quarterly 55(219): 161-71.
COHEN, S. (1986). Knowledge and Context. The Journal of Philosophy 83(10): 574-83.
COHEN, S. (1987). Knowledge, Context, and Social Standards. Synthese 73(1): 3-26.
DeROSE, K. (2009). The Case for Contextualism: Knowledge, Skepticism, and Context, Vol. 1. Oxford: OUP.
GRECO, J. (2008). What’s Wrong with Contextualism? The Philosophical Quarterly 58(232), 416-36.
ICHIKAWA, J. J. (ed.) (2017). The Routledge Handbook of Epistemic Contextualism. Abingdon: Routledge.
LEWIS, D. (1979). Scorekeeping in a Language Game. Journal of Philosophical Logic 8(1): 339-59.
LEWIS, D. (1996). Elusive Knowledge. Australasian Journal of Philosophy 74(4): 549-67.
PRITCHARD, D. (2002). Two Forms of Epistemological Contextualism. Grazer Philosophische Studien 64: 19-55
SOSA, E. (2004). Relevant Alternatives, Contextualism Included. Philosophical Studies 119(1-2): 35-65.



Método de ensino

O método de ensino adotado combina leituras e comentários de textos em seminário com a discussão de trabalhos apresentados pelos alunos.


Método de avaliação

Para além de uma memória descritiva do seminário (60%), cada aluno deve escrever uma recensão de um artigo ou capítulo de livro contemporâneo, a escolher de uma lista de textos selecionados pelo docente, que será apresentada e discutida em aula (40%).

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