
Políticas Públicas e Património - 1. semestre
Código
722051413
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Departamento
História
Créditos
10
Professor responsável
Carlos dos Santos Vargas
Horas semanais
3 letivas + 1 tutorial
Língua de ensino
Objectivos
Adquirir e analisar informação com a utilização de referentes teóricos que permitam compreender e criticar as problemáticas inerentes ao património enquanto meio de poder consolidado em políticas públicas.
Adquirir/desenvolver competências para a identificação e a delimitação de campos de saber e investigação conducentes a leituras transdisciplinares do património inserido no território e concretizado em políticas públicas.
Conhecer manifestações de utilização do património como factor de poder ao longo da história de Portugal (estudos de caso).
Incentivar uma exigência de rigor e de pesquisa, aliados a uma atitude crítica na construção de conhecimento em suporte oral e escrito.
Pré-requisitos
n.a.
Conteúdo
A cultura constitui um património inalienável das sociedades contemporâneas. É, por isso, necessária a
consolidação de um pensamento político que, em democracia, confronte e questione perspetivas distintas do fenómeno cultural, a partir, nomeadamente, da história e da geografia, da sociologia e da ciência política, da economia e das artes, considerando sempre as dimensões de criação, produção, receção, mediação, financiamento, sem esquecer as delicadas e muitas vezes invisíveis relações de poder que se estabelecem entre os diversos atores.
No contexto português, o Estado, nas suas diversas configurações, ocupa uma posição central na relação com todos os intervenientes e o contexto democrático acentuou certas posições dominantes de alguns atores, sendo que a academia tardou a encontrar o seu próprio espaço de leitor e mediador natural (leia-se científico).
Bibliografia
BABELON, J.-P., CHASTEL, André (1994). La notion de patrimoine. Paris : Éditions Liana Levi.
BAUBY, Pierre (2011). L’européanisation des services publics. Paris: Presses de Sciences Po.
BÉGHAIN, Patrice (2012). Patrimoine, politique et société. Paris: Presses de Sciences Po.
CUSTÓDIO, Jorge (coord.) (2010). 100 anos de património. Memória e identidade. Lisboa: IGESPAR.
GILLMAN, Derek (2006). The idea of cultural heritage. Cambridge University Press.
O’BRIEN, Dave (2013). Cultural policy. Management, value and modernity in the creative industries. Routledge.
REIS, António (coord.) (2007). Retrato de Portugal. Lisboa: Temas e Debates.
Método de ensino
A metodologia de ensino assenta em duas dimensões. Primeira, um discurso do docente em cada aula,
permitindo uma síntese do tema e suas consequências historiográficas, com chamadas de atenção para as
grandes bases documentais. Neste âmbito conduz-se à intervenção dos discentes por meio de exercícios
como as apresentações de citações ou a remissão para os métodos e conteúdos do trabalho de investigação.
Método de avaliação
Segunda, o andamento do processo de avaliação, concebendo-se a avaliação como um percurso de
aprendizagem que permite a utilização de competências transversais ao fazer das ciências sociais. Por essa
razão a avaliação encontra-se estruturada de acordo com três áreas: consolidação (20%), englobando uma
prova presencial escrita seguida de uma oral e a apresentação justificada de um conjunto de citações;
construção (10%), constituída pela presença em aula e pela participação em actividades de cultura próximas
dos temas do Programa; investigação (70%), percurso acompanhado de elaboração de um trabalho de pesquisa.