Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Ensaio Audiovisual - Teoria e Prática - 1. semestre

Código

7220911670

Unidade Orgânica

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas

Departamento

Ciências da Comunicação

Créditos

10

Professor responsável

Docente a definir

Horas semanais

3 letivas + 1 tutorial

Língua de ensino

Objectivos

a)Conhecer maneiras alternativas de análise e transmissão do conhecimento do cinema.
b)Conhecer casos de estudo paradigmáticos da imbricação da crítica com a criação artística.
c)Ser capaz de articular teoria, crítica e prática artísticas para a compreensão do cinema como fenómeno estético.
d)Conhecer a história do cinema a partir do conceito de ensaio audiovisual.
e)Entender as possibilidades estéticas e críticas do “fotofilme” para a problematização da relação entre o cinema e a fotografia.
f)Ter a capacidade de produzir objectos, em texto ou/e em vídeo, que veiculem artisticamente uma ideia ou uma argumentação
crítica/teórica sobre o cinema e o mundo.

Pré-requisitos

Conteúdo

Desenha-se, na presente cadeira, um percurso pela história do cinema, entre os filmes e os textos críticos (em papel, no digital,
com imagens e/ou palavras). À luz da recente emergência do ensaio audiovisual digital, promove-se o questionamento do
conceito do “ensaio como forma” (Adorno) ao longa da história do cinema, de Joseph Cornell a Ken Jacobs, de Peter Kubelka a
Peter Tscherkassky, de Chris Marker a Jean-Luc Godard, de Mark Rappaport a Adrian Martin e Cristina Álvarez López. Atenção
especial é dada às experimentações, entre o cinema e a fotografia, levadas a cabo pelo casal germano-húngaro Katja Pratschke
e Gusztáv Hámos.
Viaja-se por entre as imagens destes cineastas que usam a crítica como ferramenta estética tal como por entre textos que
propõem um “cinematismo” (Eisenstein) da palavra escrita, tendo-se como casos de estudo – lidos e relidos à luz do ensaio
audiovisual enquanto modus crítico – os trabalhos de autores das escolas americana.

Bibliografia

Brenez, Nicole, «La Critique comme concept, exigence et praxis», La Furia Umana (edição online), número 17, Outubro 2013:
http://www.lafuriaumana.it/index.php/29-archive/lfu-17/1-la-critique-comme-concept-exigence-et-praxis;
Douchet, Jean, L’art d’aimer, Paris, Cahiers du cinéma, 2003;
Godard, Jean-Luc, Introduction to a True History of Cinema and Television, Montreal, Caboose, 2014;
Mendonça, Luís, «Para lá do problema da linguagem: Manny Farber e a escrita cinema como boa prática», in Rowland, Clara, e
Bértolo, José (orgs.), A Escrita Cinema: Ensaios, Lisboa,Documenta, 2015;
Rosenbaum, Jonathan, Martin, Adrian, Movie Mutations: The Changing Face of World Cinephilia, Londres, British Film Institute,
2003;
Scott, A.O., Better Living Through Criticism, Londres, Jonathan Cape, 2016;
Tscherkassky, Peter, Film Unframed: A History of Austrian Avant-Garde Cinema, Viena, sixpackfilm, 2012.

Método de ensino

As aulas oscilam entre um componente reflexivo e outro prático. Transmitem-se as ferramentas teóricas e os conhecimentos
históricos necessários para a produção do trabalho final. Ao mesmo tempo, em tutoriais simples, e com vista a uma “crítica da
imanência” (Benjamin), formam-se os alunos com vista à criação de uma gama alargada de objectos – ensaios escritos
“cinemáticos”, que provenham da observação plano a plano de determinado(s) filme(s), ou ensaios audiovisuais digitais que
nasçam de um exercício escrito.

Método de avaliação

A avaliação consta da participação dos alunos durante as aulas e da produção de ensaios, em vídeo ou em texto, que
evidenciem a assimilação crítica dos pontos do programa.

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