
Ergonomia
Código
10588
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Departamento
Departamento de Engenharia Mecânica e Industrial
Créditos
3.0
Professor responsável
Isabel Maria Nascimento Lopes Nunes, José Martin Miquel Cabeças
Horas semanais
4
Total de horas
56
Língua de ensino
Português
Objectivos
Aprender a conceber contextos de trabalho adequados às capacidades e limitações das pessoas, na perspectiva da actividade física-motora. Saber realizar uma análise crítica às posturas de trabalho, e entender os danos para o operador e para as operações. Saber dimensionar o contexto de trabalho atendendo às dimensões antropométricas dos utilizadores. Aprender a estruturas ciclos de trabalho, prevenindo a ocorrência de patologia profissional do tipo músculo-esquelética. Saber conceber actividades profissionais prevenindo da ocorrência de fadiga, localizada ou generalizada, por actividade estática ou dinâmica. Saber estruturar ciclos de trabalho envolvendo movimentação manual de cargas, por forma a prevenir a ocorrência de fadiga e lombalgias. Aprender a seleccionar ferramentas portáteis e a estruturar o seu contexto de utilização, por forma a reduzir o risco para fadiga e lesões profissionais.
Conteúdo
1. Introdução ao sistema musculoesquelético. Principais grupos musculares e articulações anatómicas. O impacto da inadequação ergonómica na actividade profissional.2. Introdução à antropometria. O dimensionamento antropométrico de contextos de trabalho. Consequências da inadequação antropométrica, para o operador e para a actividade.3. As posturas de trabalho. Identificação das principais articulações. Os segmentos anatómicos. Os planos de referência. A severidade das posturas: ângulos de referência. Os métodos para avaliação das posturas de trabalho (ênfase nas articulações do ombro, do pescoço, do punho e do tronco)4. O processo de fadiga em actividades estáticas prolongadas: análise do tempo máximo de sustentação voluntária para diferentes posturas de referência; a curva do tempo de sustentação em função da % MVC. As curvas representativas do tempo de repouso para recuperação da fadiga em actividades estáticas prolongadas.5. Os questionários para diagnóstico dos sintomas de fadiga: o mapa com regiões anatómicas, a escala para medição da intensidade da dor ou desconforto, a frequência de aplicação do questionário, a folha de registo das respostas dos operadores/as, a quantificação e consistência das respostas. Os questionários CR10 e RPE de Borg. Sua correlação com MVC e valores do ritmo cardíaco.6. Introdução à electromiografia. Os grupos musculares particularmente considerados na avaliação dos esforços por electromiografia. O tratamento do sinal. Os conceitos de MVC, MVE e RVE (Relative Voluntary Electromyographic Contraction).7. As lesões músculo-esqueléticas por actividade repetitiva nos postos de trabalho, na região distal dos membros superiores. Discussão acerca dos factores de risco. Os sintomas correlacionados com lesões. Sintomas temporários e persistentes. As metodologias Strain Index e ACGIH-TLV.8. As formas de fornecimento de energia às células musculares. As diferentes formas para expressar o consumo energético individual. Introdução do conceito de capacidade aeróbia máxima. Os diferentes níveis de severidade das tarefas com características dinâmicas. A percentagem da capacidade aeróbia máxima e a duração da actividade, para ausência de fadiga.
9. A frequência cardíaca como forma de avaliação da exigência cardiovascular em postos de trabalho: a frequência cardíaca em repouso, a frequência cardíaca média durante a realização da actividade, os picos de frequência e a frequência máxima do operador/a. Apresentação de indicadores de medição. Os valores de referência e a classificação da severidade das tarefas. A estimativa da capacidade aeróbia máxima pela medição do ritmo cardíaco
10. Introdução à biomecânica. Aspectos biomecânicos da região lombar: as forças, momentos e o seu equilíbrio na região lombar. Cálculo da força de compressão e da força tangencial ao disco L5-S1, através de modelo de cálculo estático. O efeito da pressão abdominal na movimentação de cargas; a sua contribuição para o cálculo da força de compressão e tangencial. O método biomecânico para avaliação do risco na movimentação manual de cargas (MMC).11. A metodologia ISO 11228-1:2003 para avaliação do risco na MMC (operações de elevação e transporte de cargas). Definição dos ciclos de trabalhos adequados á prevenção de lombalgias / lesões dorso-lombares. Os procedimentos correctos para movimentar cargas.12. As actividades transportar e puxar-empurrar cargas. Os valores de referência preconizados por Snook e Ciriello. As recomendações do HSE (Health and Safety Executive).13. As ferramentas portáteis e os riscos para fadiga e patologia profissional associados à sua utilização. Caracterização das principais patologias osteo-articulares, neurológicas e neurovasculares associadas à sua utilização. Princípios para selecção de ferramentas e para concepção de contextos de trabalho para utilização de ferramentas. O modelo do Cubo para avaliação do risco para fadiga e lesões profissionais associado à utilização de ferramentas portáteis.
Bibliografia
Work practices guide for manual lifting. Ohio, US : U.S. Department of Health and Human Service, 1981. XV, 183 p. : il. ; 28 cm. CG. Colocação: Ext. Bib. MI
(Encadernado) : oferta
ISBN 0-7484-0060-5 (encadernado)
ISBN 0-471-95235-4
ISBN 0-7484-0083-4 (encadernado)
ISBN 0-7484-0326-4 (brochado)
ISBN 0-7484-0322-1 (brochado)
Work related musculoskeletal disorders (WMSDs) : a reference book for prevention. London : Taylor & Francis, cop. 1995. VII, 421 p. : il. ; 24 cm. CG. Colocação: BG. Adquirido pelo DEMI
ISBN 0-7484-0132-6 (brochado)
ISBN 0-471-41863-3 (encadernado)
ISBN 0-8493-1801-7 (encadernado)
ISBN 0-13-693649-0 (encadernado)
ISBN 0-7484-0060-5 (encadernado)
ISBN 0-471-95235-4 (brochado)
ISBN 07484-0084-2 (brochado)
ISBN 07484-0122-9 (brochado)
ISBN 0-471-11690-4 (encadernado)
ISBN 0-942280-65-2 (encadernado)
ISBN 0-8493-2641-9 (encadernado)
ISBN 07484-0130-X (encadernado)
ISBN 0-7484-0703-0 (brochado)
ISBN 0-8342-1006-1 (brochado)
ISBN 0-7484-0326-4 (brochado)
ISBN 0-415-25159-1 (encadernado)
ISBN 0-415-23852-8 (encadernado)
(Brochado)
Método de ensino
O método de ensino consta de aulas presenciais durante as quais são apresentados os conteúdos fundamentais da disciplina. São realizadas aulas práticas para demonstração de equipamento de medição e metodologias de trabalho. Em algumas aulas práticas são simuladas actividades, com base nas quais são realizados diversos trabalhos práticos.
Método de avaliação
(1) São realizados dois testes; (2) A média das classificações dos dois testes deve ser superior a 9,5 valores; (3) Se a média dos testes for inferior a 9,5 valores o aluno deverá realizar exame de recurso; (4) É realizado um trabalho prático (TP) para avaliação; a realização e aprovação do TP confere frequência à disciplina; (5) A frequência é válida para anos consecutivos; (6) O trabalho prático é realizado em grupos de 3-4 alunos; (7) Classificação inferior a 9,5 valores no TP não confere frequência à disciplina, devendo o aluno inscrever-se no próximo ano letivo; (8) Para o cálculo da classificação final na disciplina, a média dos testes tem uma ponderação de 70% e do trabalho prático de 30%; (9) No caso do aluno realizar exame de recurso, a classificação mínima para aprovação é de 9,5 valores. Neste caso, para cálculo da classificação final, o exame de recurso terá uma ponderação de 70% e o trabalho prático de 30%; (8) A frequência às aulas é facultativa, sem controlo de presenças.
Fórmula de cálculo: Média dos testes x 0,7 + Classificação do TP x 0,3
ou
Fórmula de cálculo: Exame de recurso x 0,7 + Classificação do TP x 0,3
Arredondamento à centésima.
Sem necessidade de pré-inscrição nos elementos de avaliação.