
História e Técnicas de Produção Artística I
Código
7498
Unidade Orgânica
Faculdade de Ciências e Tecnologia
Departamento
Departamento de Conservação e Restauro
Créditos
6.0
Professor responsável
Maria João Seixas de Melo
Horas semanais
6
Total de horas
80
Língua de ensino
Português
Objectivos
Os programas, de HTPA I e II, restringem-se à arte ocidental, com algumas incursões pontuais em épocas e civilizações anteriores. HTPA, ainda que leccionada semestralmente, é concebida como uma única cadeira; é uma cadeira do MCR onde se pratica o cruzamento de saberes de áreas como a História da Arte e a Química, com o objectivo de criar um olhar interdisciplinar, útil à área da Conservação e Restauro.
O arcaboiço conceptual (formal e estético), construído nas cadeiras de História da Arte, relativo aos sistemas de representação, bem como conhecimentos relacionados com a inerente circunstancialidade ideológica e social, nomeadamente aquela que se refere ao estatuto social dos artistas, dialoga com a matéria de que é feita a Obra. Esse cruzamento, e como o efectuar, é um dos objectivos do saber fazer de HTPA.
A literatura artística e a crítica contemporânea das IGNOREes escritas usadas para estudar as técnicas artísticas é o fértil terreno que permite, entre outras, acordar rapidamente no aluno a ideia de que a construção da história e da matéria de que é feita a Obra é coisa complexa. Tratados, receituários e outras IGNOREes escritas são analisados criticamente, e o resultado utilizado na reconstrução histórica de materiais e técnicas artísticas do passado, saber fazer.
Nas aulas práticas, os trabalhos são escolhidos pelo estudante e são levados a cabo individualmente. Ou seja, o protocolo experimental é em grande medida concebido pelo aluno, em articulação com os docentes.
Pré-requisitos
Preparação base em química e história da arte
Conteúdo
Em HTPA1, após uma apresentação das formas de transmissão de conhecimento na antiguidade e idade média, com ênfase, para a filosofia grega, são apresentados e discutidos tratados dessas épocas. As aulas práticas iniciam-se com a obtenção de um pigmento inorgânico, de um corante e de um ligante, descritos nesses tratados. Os protocolos experimentais são construídos pelo aluno, com o apoio do responsável da UC e de tutores, apresentados em público, discutidos e postos em prática. As receitas são racionalizadas com base no actual conhecimento científico. Após o processamento dos materiais e obtenção de tintas (cores), o aluno usa-as na produção de uma iluminura medieval. A que se segue, uma sessão dedicada ao vitral, terminando com a produção de um mural. Esta incursão na idade média, salienta o codex, na monumental encenação gótica, mergulhada num mundo de luz e cor, onde vitrais e murais criavam o espaço para a expressão da espiritualidade medieval.
Ver programa completo em Anexo (Documentos de Apoio /Outros)
Método de avaliação
O ensino baseia-se em aulas teórico-práticas (TP), que incluem seminários, aulas práticas de laboratório (P) e apoio tutorial.
Nas aulas TP são leccionadas as matérias da UC de acordo com o seu programa e nas aulas laboratoriais são realizados trabalhos práticos que materializam e exemplificam os conteúdos teóricos. São ainda organizados seminários temáticos, sendo um deles, dedicado aos tratados da antiguidade e idade média, sujeito a avaliação (20% da componente teórica)
O trabalho levado a cabo nas aulas práticas é avaliado através de mini-relatórios entregues até uma semana após conclusão do trabalho, contribuindo para 50% da nota final.
A componente teórica é aferida através das apresentações do seminário dedicado aos tratados e de um teste global, com ou sem consulta (de acordo com a escolha dos alunos), valendo 50% da nota final. Em alternativa a componente teórica poderá ser avaliada em exame (seguindo o calendário proposto pela FCT)
Assim NF=0,50xNT+0,50xNP.